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Auslegung / Deutung / Interpretation …
Auslegung / Deutung / Interpretation / explicitation / interprétation / explicitação / interpretação / interpretación / explicitación / Auslegungsart / mode d’explicitation / modo-de-interpretação / manner of interpretation
Interpretar é mediar, o interpres é o negociador, o tradutor. Ele aproxima de um outro o ponto de vista de um e ratifica, assim, o fato de os pontos de vista serem diversos; ele formula de tal modo aquilo que foi dito por alguém, que esse algo se torna compreensível para um outro. No entanto, ele nem sempre carece do terceiro; de maneira bastante frequente, nós assumimos a nossa própria tarefa. Neste caso, então, a mediação não é a prestação de um auxílio, mas um conhecimento. E essa é a questão diretriz para as discussões seguintes: que tipo de conhecimento é o interpretar. [Figal , 2007, p. 67]
AUSLEGUNG E DERIVADOS
auslegen (V.): GA2 GA3 GA4 GA6T1 GA6T2 GA7 GA8 GA9 GA11 GA12 GA15 GA16 GA17 GA18 GA19 GA20 GA21 GA22 GA23 GA24 GA27 GA28 GA33 GA34 GA35 GA39 GA40 GA42 GA43 GA44 GA45 GA46 GA47 GA48 GA51 GA52 GA53 GA54 GA55 GA62 GA63 GA64 GA65 GA69 GA70 147- GA71 GA74 GA75 GA76 GA77 GA78 GA79 GA86 GA87 GA88 GA90
Auslegung, die: GA2 GA3 GA4 GA5 GA6T1 GA6T2 GA7 GA8 GA9 GA10 GA11 GA12 GA13 GA14 GA15 GA16 GA17 GA18 GA19 GA20 GA21 GA22 GA23 GA24 GA25 GA26 GA27 GA28 GA29-30 GA31 GA32 GA33 GA34 GA35 GA36-37 GA38 GA39 GA40 GA41 GA42 GA43 GA44 GA45 GA46 GA47 GA48 GA49 GA50 GA51 GA52 GA53 GA54 GA55 GA61 GA62 GA63 GA64 GA65 GA66 GA67 GA68 GA69 GA70 GA71 GA7458, GA75 GA76 GA77 GA78 GA79 GA85 GA86 GA87 GA88 GA89 GA90
Auslegung der Hymnen, die: GA53 GA70
Auslegung der Wahrheit, die: GA5 GA6T1 GA6T2 GA15 GA43 GA45 GA46 GA47
Auslegung des Daseins, die: GA2 GA3 GA6T2 GA17 GA18 GA19 GA27 GA36-37 GA42 GA46 GA49 GA63 GA64 GA89
Auslegung des ersten Anfangs, die: GA70 GA71
Auslegung des Höhlengleichnisses, die: GA9 GA16 GA34 GA36-37 GA65 GA66 GA67 GA88
Auslegung des Seins, die: GA2 GA3 GA5 GA6T1 GA6T2 GA7 GA8 GA9 GA10 GA14 GA15 GA17 GA19 GA22 GA24 GA27 GA28 GA31 GA33 GA34 GA36-37 GA39 GA40 GA41 GA43 GA46 GA47 GA48 GA49 GA50 GA51 GA52 GA55 GA62 GA65 GA66 GA67 GA68 GA69 GA70 GA71 GA74 GA76 GA78 GA79 GA86 GA87 GA90
Auslegungshorizont, der: GA2 GA19 GA24 GA86
Auslegungstendenz, die: GA2 GA62 GA63
Matérias
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Figal (2007:150-152) – a composição estrutural da apresentação
14 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
A interpretação, a compreensão e o caráter daquilo que se encontra contraposto se co-pertencem. E somente o elemento próprio às coisas contrapostas que precisa ser interpretado; é só por meio da interpretação que ele se descerra como aquilo que ele é porque somente o conhecimento apresentador preserva a exterioridade de sua coisa. Ele conta com ela e a expõe; nisto reside a sua distinção em relação à abordagem ligada ao objeto. E se uma apresentação é compreendida, a diferença entre (…)
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Salanskis (1997b:58-60) – realização hermenêutica
29 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Do ponto de vista da nossa reflexão sobre Heidegger, a Ciência e o pensamento, duas observações são naturais.
Por um lado, a identificação da origem da hermenêutica como uma prescrição deveria ter aproximado a ideia que Heidegger tinha dela da ciência formal: esta, na altura em que ele escrevia, abraçava cada vez com menos reserva uma modalidade axiomática, segundo a qual toda a elucidação era secundária em relação ao “lançar dos dados” prescritivo inaugural dos axiomas, uma espécie de (…)
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Ernildo Stein (2012b:158-160) – interpretação em Heidegger e na psicanálise
17 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Aqui, eu gostaria de iniciar o terceiro item da minha exposição, que é o enigma da interpretação . A hermenêutica reconhece que eu não posso despedaçar o mundo e recompô-lo a partir de critérios de racionalidade, como se faz no campo das ciências empírico-matemáticas. No paradigma hermenêutico, somos obrigados a reconhecer que somente podemos conquistar certas “fatias” da realidade para interpretá-las, mas o todo disso tudo permanece enigmático. Do mesmo modo, em relação ao sujeito, nós (…)
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Gelven (1972:172-175) – fenomenologia hermenêutica
21 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
A insistência de Heidegger em um método adequado para esclarecer a questão do que significa ser é consistente com sua insistência na distinção crucial entre tipos de entes (Seiende) e o próprio sentido de Ser (Sinn von Sein). Os procedimentos e regras que constituem a ciência e que os homens descobriram e refinaram ao longo dos séculos não estão sendo negados ou desacreditados aqui; estão apenas sendo limitados à sua esfera apropriada. A investigação sobre a questão do Ser, entretanto, não (…)
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Polt (2013:11-12) – Sachlichkeit - devoção às Sachen, as coisas em si
1º de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Heidegger afirma que a busca de seu único “caminho” filosófico exige uma mudança de pontos de vista (GA65:84). Se a filosofia é uma doutrina — um sistema de asserções — então essa asserção é um paradoxo: uma mudança nas asserções é uma mudança na filosofia. Mas Heidegger sempre insiste que a verdade não é uma questão de asserções. As asserções se baseiam em um desvelamento mais primordial, uma abertura para os entes e o ser. Um texto ponderado deve permitir que suas asserções surjam sempre (…)
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Ricoeur (1977) – Schleiermacher
22 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Talvez toda hermenêutica fique sempre marcada por essa dupla filiação romântica e crítica, crítica e romântica. Crítica é o propósito de lutar contra a não-compreensão em nome do famoso adágio: "há hermenêutica, onde houver não-compreensão"; romântica é o intuito de "compreender um autor tão bem, e mesmo melhor do que ele mesmo se compreendeu".
Japiassu
O verdadeiro movimento de desregionalização começa com o esforço para se extrair um problema geral da atividade de interpretação cada (…)
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Salanskis (1997b:57-58) – hermenêutica e palavra
29 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
A explicação da recusa a priori de Heidegger do caminho formal da hermenêutica, quer esta recusa seja “consequente”, “justa” ou não, encontra-se mais precisamente na acentuação, pelo segundo Heidegger, da dimensão de pertença ao Ser, na sua descrição posterior daquilo a que chama então a relação hermenêutica.
Para compreender isto, temos à nossa disposição um texto muito útil, “De uma conversa sobre a linguagem…” [GA12:87-140], no qual Heidegger retraça, por assim dizer, a totalidade do (…)
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Polt (2013:14, 17-18) – Esoterismo das Contribuições [GA65]
1º de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Quando nos voltamos para as Contribuições [GA65] em si, não importa o quanto conheçamos as palestras [de Heidegger], descobrimos que o estilo do livro reforça seu esoterismo — tanto que, embora o texto tenha sido publicado, seu significado dificilmente pode ser considerado público. Considere o segundo parágrafo do §I. Ele nos adverte desde o início de que o texto “ainda não é capaz de juntar [fügen] a livre junctura [Fuge] da verdade de seer do próprio seer”; seu centro de gravidade ainda (…)
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Salanskis (1997b:60-62) – relação hermenêutica
29 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
[…] No discurso formal, a relação seria a moeda ou algo do gênero [do comércio]. Mas não é com a duplicidade que o homem se relaciona como fonte de abastecimento, mas com o requisitador, a requisição, o Bezug afirma a pertença do homem. Isto repete e agrava o que acabamos de ver, que excluía a “economia” formal. Significa que a duplicidade não é verdadeiramente voz , e que a ligação obrigatória à duplicidade nunca pode ser traduzida ou medida no comércio ansioso entre os atores discursivos (…)
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Figal (2007:69-72) – transposição em Nietzsche
13 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
[…] algo também poderia ser de tal modo transformado no interior da transposição, que não poderíamos mais reconhecê-lo como aquilo que ele é. O único ponto de apoio para o fato de termos neste caso algo em comum com uma transposição seria o próprio processo de transposição. Sob esta pressuposição, Nietzsche generalizou o conceito de transposição e procurou compreender todo conhecimento e, para além do conhecimento, toda pretensa relação objetiva como uma transposição ou, como se diz em (…)
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Braver (2014:56-57) – interpretação [Auslegung]
6 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
É porque estou em meu mundo por meio da projeção de meu para-quê que considero o mundo inteligível, compreensível, significativo (192/151). É por meio da significância — as linhas de ordens que pressiono quando realizo minhas tarefas — que os entes são significativos — entendo o que eles podem fazer, para que servem. Não encontramos coisas sem sentido, exceto quando a observação desvinculada as torna mudas e inertes (190/149). Normalmente, as coisas aparecem como coisas específicas — como um (…)
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Zarader (2000:129-131) – Erklärung - Erläuterung - Erörterung
29 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Primeiro a definição. É balizada por três vocábulos chave, que só encontram a sua ressonância no alemão: die (a explicação), die (a elucidação ou o esclarecimento), die (a situação).
A explicação é o modo de pensamento dominado pelo princípio da razão, modo de pensamento que encontra o seu pleno desenvolvimento na ciência moderna, mas que já reina secretamente na metafísica. Na medida em que está como onto-teo-logia, funde o sendo no seu ser, e o ser num sendo supremo, é toda a procura (…)
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Zarader (2000:131-134) – Erörterung
30 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
O Erörterung apresenta várias características paralelas às do Ort. Já notámos na anterioridade do local, em relação a tudo aquilo que concede: o local e a origem, o aquilo a partir de onde. De facto, o primeiro traço da situação, será que ela se orienta para a condição de possibilidade. Essa linguagem — marcada pelo léxico do transcendental — é o do Princípio da Razão. Apresentando «o princípio», Heidegger escreve: «Devemos considerá-lo a bem dizer, no sentido oposto: não no sentido das suas (…)
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Figal (2007:67-69) – apropriação e transposição
13 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
De início, voltemos uma vez mais à apropriação: o lápis que se encontra sobre aquela mesa e que alguém segura para anotar um pensamento é apropriado — não no sentido de tomarmos posse dele, mas no sentido de que o usamos para fazer algo. Ele é reconhecido de uma maneira determinada: como algo para escrever. Este “algo como algo” — Heidegger o denomina em sua análise do utensílio o “como hermenêutico” — indica uma compreensão que, em verdade, é uma mediação, mas não uma transposição. Em (…)
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Didier Franck (2005) – explicitação [Auslegung]
9 de março de 2024, por Cardoso de Castro
destaque
Qual é a estrutura desta explicitação [Auslegung] da compreensão [Verständnis]? Esta estrutura pode ser analisada em três momentos. Muitas vezes, Heidegger analisa os fenômenos fazendo emergir neles uma estrutura tripla. Existe frequentemente um caráter formal de triplicidade. Isto porque, no fim de contas, tudo o que tem a ver com o Dasein deriva o seu significado da temporalidade, e a temporalidade articula três ekstases. […] Só se pode compreender o martelo como martelo se já (…)
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Ricoeur (1977) – H. G. Gadamer
22 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Essa aporia torna-se o problema central da filosofia hermenêutica de Hans Georg Gadamer, em Wahrheit und Methode. O filósofo de Heidelberg se propõe expressamente a reavivar o debate das ciências do espírito a partir da ontologia heideggeriana e, mais precisamente, de sua inflexão nas últimas obras de poética filosófica. A experiência nuclear, em torno da qual se organiza toda a obra, e a partir da qual a hermenêutica erige sua reivindicação de universalidade, é a do escândalo provocado, na (…)
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Vattimo (2007:I.1) – interpretação
14 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Vamos começar com uma observação que pode nos ajudar a entender qual é o significado da interpretação e o papel que ela tem a desempenhar no que chamamos de conhecimento. De uma perspectiva hermenêutica, devemos dizer que o conhecimento requer uma perspectiva, que, ao conhecer qualquer coisa, devo escolher uma perspectiva. Mas alguns podem objetar: e no caso do conhecimento científico? O conhecimento científico também é perspectivista? Minha resposta é que, como os cientistas optaram por não (…)