Um núcleo central nas doutrinas e nas orientações que os seres humanos receberam das grandes figuras religiosas e dos filósofos sempre tratou de um ensinamento a respeito do sentido da presença, no mundo enquanto totalidade, da dor e do sofrimento. O objetivo, contudo, foi sempre o de oferecer uma indicação e um convite para encontrar realmente o sofrimento e senti-lo do modo correto — ou anulá-lo.
Nenhuma dessas opções, porém, teria sentido se a vida emotiva fosse exclusivamente e (…)
Página inicial > Existencialismo
Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard
Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855)
, Dostoiévski
Dostoiévski
, Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
e outros
-
Scheler (1923/2023) – Dor e Sofrimento
3 de novembro, por Cardoso de Castro -
Paul Gilbert (2004) – Fenomenologias
3 de novembro, por Cardoso de CastroA análise blondeliana se desenvolve pondo em evidência a potência da “vontade querente”, que tende para o cumprimento de seu desejo aberto indefinidamente, enquanto a “vontade querida” encarna esse élan na particularidade de nossas existências. A relação entre a vontade querente e a vontade querida é precisa: essa última alimenta-se daquela que lhe dá seu élan e da qual é a expressão e a correia de transmissão, sem nunca lhe esgotar a amplidão inteira.
* A metafísica recente não (…) -
Fink (1977) – A filosofia de Nietzsche por trás das máscaras.
3 de novembro, por Cardoso de Castro* Friedrich Nietzsche é concebido como uma das figuras monumentais do destino da história do espírito ocidental, um homem do destino que exige decisões extremas e se apresenta como um terrível ponto de interrogação no caminho percorrido até então pelo homem europeu, caminho esse determinado pela herança da Antiguidade e de dois mil anos de Cristianismo. * Nietzsche representa a suspeita de que esse percurso tenha sido um caminho errado, uma indicação de que o homem se perdeu, sendo (…)
-
Solomon (2008) – Nossos sentimentos
3 de novembro, por Cardoso de CastroIntrodução ao propósito duplo do livro: contestar o preconceito antigo que considera as emoções como irracionais e perturbadoras, e, ao mesmo tempo, abordar criticamente o novo entusiasmo científico que busca compreendê-las exclusivamente através de métodos como a neurociência, sem considerar sua dimensão ética e humanística. Defesa de uma perspectiva ética distintiva sobre as emoções, que se diferencia tanto de uma análise estritamente científica quanto de uma abordagem moralista que as (…)
-
Solomon (2003) – Emoções e escolha
3 de novembro, por Cardoso de Castro* A interrogação inicial sobre a escolha das emoções (como raiva, ciúme, amor, ressentimento ou ódio) e a consequente responsabilidade por elas parece insólita devido à concepção tradicional de que as emoções são ocorrências que acontecem ao (ou "no") indivíduo, sendo vistas como a marca do irracional e do perturbador. * O controle emocional é metaforicamente equiparado ao enjaulamento e domesticação de uma besta selvagem, ou à supressão e sublimação de um "isso" freudiano. * (…)
-
Solomon (2012) – Nietzsche, força e fraqueza
3 de novembro, por Cardoso de CastroO que Nietzsche despreza no ressentimento é sua patética impotência, sua fraqueza. Contudo, os critérios de força e fraqueza estão longe de ser óbvios ou consistentes em Nietzsche, e nem sequer é evidente, por exemplo, que fraqueza seja ausência de força. Por vezes, as descrições em Genealogia da moral sugerem que o status social e a classe, por si sós, determinam força e fraqueza; os aristocratas, em virtude de seu nascimento e educação, são fortes. Devido a seu papel servil, os escravos (…)
-
Solomon (2012) – Nietzsche, ressentimento
3 de novembro, por Cardoso de Castro* A ênfase de Nietzsche na nobreza e no ressentimento, presente na sua descrição da moralidade de senhor e de servo, constitui uma tentativa de priorizar o caráter, a motivação e a virtude (e com eles, a tradição e a cultura) acima de todos os outros elementos da ética. * A moralidade de senhor, pautada na nobreza, é uma expressão de um caráter bom e forte, enquanto uma ética baseada no ressentimento é a manifestação de um caráter mau, independentemente dos seus princípios e (…)
-
Solomon (2012) – Nietzsche, moralidade mestre-servo
3 de novembro, por Cardoso de Castro* Aquilo que Nietzsche ocasionalmente condena como "moralidade de rebanho" é também classificado por ele como "moralidade de escravo," uma ética considerada adequada para escravos e servos. * Embora existam fortes indícios desse ponto de vista em algumas obras iniciais de Nietzsche, como *Aurora* e *Humano, Demasiado Humano*, a sua formulação completa aparece primeiramente em *Para Além do Bem e do Mal*, e é posteriormente desenvolvida de forma mais exaustiva em *Genealogia da Moral*. (…)
-
Solomon (2012) – Nietzsche, confronto com a moralismo
3 de novembro, por Cardoso de Castro* Na obra cinematográfica singular de Liliana Cavani, intitulada "Para Além do Bem e do Mal", a personagem central, dotada de um charmoso bigode e interpretando Nietzsche, irrompe em gargalhadas durante uma conversa à mesa, proferindo de forma descartável, mas com profundidade crítica: "A Moralidade—há, há!", o que encapsula o ponto de vista frequentemente depreciativo de Nietzsche sobre a Moralidade, embora ele a considerasse a suprema e mais bem-sucedida manifestação do declinismo e do (…)
-
Solomon (2012) – Nietzsche, "Assim Falou Zaratustra"
3 de novembro, por Cardoso de CastroA abertura de Assim Falou Zaratustra descreve seu herói, o inovador religioso persa Zaratustra (ou Zoroastro, 628–551 A.C.) deixando sua caverna na montanha para trazer boas novas à sua sociedade; Zaratustra havia deixado sua casa para refletir em solidão aos trinta anos, a idade em que Jesus foi para o deserto, e detalhes que associam Zaratustra a Jesus e ao filósofo de Platão começam a se acumular, mas também alguns pontos de contraste, pois Jesus deixa seu deserto após quarenta dias para (…)