GMarcel1951
Mas, em minha opinião, nada mostra mais claramente as profundas diferenças que separam Rilke dos filósofos existencialistas como Heidegger ou Jaspers — que, explícita ou implicitamente, negam a realidade do jenseits ou do Além — do que essa disponibilidade em relação ao oculto.
Poder-se-ia objetar que a declaração de fidelidade à terra encontrada, por exemplo, na Nona Elegia, parece sugerir, como contrapartida, uma negação similar do outro mundo. Mas é preciso ter cuidado (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard
Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855)
, Dostoiévski
Dostoiévski
, Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
e outros
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Há um lado do mundo que não está voltado para nós (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de Castro -
Situações-limite (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1940
Observemos desde já que é nas situações-limite — diante, por exemplo, da morte, do sofrimento, do pecado — que veremos operar-se a misteriosa passagem da existência ao transcendente. E transcrevo aqui, antecipadamente, por serem essenciais para a compreensão do que há de mais vigoroso no pensamento de Jaspers e também da estreita relação que o une a Heidegger, estas poucas linhas que definem o que se deve entender por situações-limite (II, p. 203): "Situações como a de estar (…) -
Abstração (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1940
No entanto, por uma anomalia que se dissipa com a reflexão, quanto mais eu enfatizar essa objetividade das coisas, cortando o cordão umbilical que as liga à minha existência, ao que chamei de minha presença organo-psíquica em mim mesmo — quanto mais eu afirmar a independência do mundo em relação a mim, sua radical indiferença ao meu destino, aos meus próprios fins — mais esse mundo, assim proclamado como o único real, se converterá em um espetáculo sentido como ilusório, um (…) -
Apresentação (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1950
Heidegger, no ensaio ao qual aludi no início desta palestra [Da Essência da Verdade (GA9)], destacou a importância da noção de abertura para qualquer teoria da verdade — ou talvez a noção de estar aberto. Sua palavra em alemão é "Offenständigkeit", e os tradutores franceses cunharam "aperité" como equivalente. O que ele realmente busca é encontrar uma base de possibilidade para aquela adequação entre a mente e a coisa que constitui um juízo verdadeiro em si mesmo.
Eis um (…) -
O mundo fechado, do falatório (Gerede), do cotidiano (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1951
Certamente haveria motivos para enxertar neste comentário outro mais hipotético, do qual só posso esboçar os contornos aqui. Mais uma vez, poderia parecer que Rilke pensava apenas no artista — particularmente no poeta, mas talvez também no pintor, cuja missão consiste em elevar o visível a um plano superior de realidade. Não devemos esquecer o que a descoberta de Cézanne significou para ele. Mas, novamente, a vocação do artista é tomada como a própria vocação do homem quando (…) -
Perecer (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1967
Uma observação preliminar parece impor-se aqui: na verdade, é o espetáculo da caducidade dos seres individuais que pode incitar o pensamento, por uma espécie de extrapolação temerária, a passar ao limite e proclamar que o ser não é, ou seja, que não há nada que possa ser afirmado como indestrutível ou eterno. Nessa perspectiva, não se poderia, portanto, manter a realidade dos seres individuais; é ela, ao contrário, que é primeiramente negada e como que engolida. Mas a questão é (…) -
Ente (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1967
Em francês, a palavra "être" apresenta o grave inconveniente de ser anfibológica, já que é ao mesmo tempo substantivo e verbo. Para dissipar essa ambiguidade, os [32] filósofos que se inspiram na ontologia heideggeriana tentaram introduzir a palavra "étant", usada como substantivo. Atualmente, parece bastante duvidoso que essa palavra "étant" possa se tornar corrente entre os filósofos. No entanto, Gilson observa que um autor do século XVII, Scipion du Pleix, intitulou o (…) -
Razão Vivente e Razão Histórica
25 de março, por Cardoso de Castro(Zambrano2002)
Continuei movendo-me dentro da Razão Vital, que seu autor ou descobridor deixou meio fundada para utilizá-la como Razão Histórica, o que tornou impossível abri-la sequer como Razão Vivente. A R.H. é a forma como Ortega compreendeu e quis usar a R.V., mesmo quando ainda não havia explorado indispensavelmente a vida e, menos ainda, o sujeito vivente. -
Método
25 de março, por Cardoso de Castro(Zambrano1989)
[…] o «Método» se transforma em uma Forma mentis sustentada por uma atitude de desconfiança […] remetendo-se, antes de tudo e acima de tudo, aos resultados, cifrando a condição humana nos modos de dominação sobre a natureza, sobre a sociedade em diferentes níveis; também sobre o tempo e sobre a chamada interioridade, que surge como antagonista, destinada a ser superada pela objetividade ideal ou pela necessidade empírica. -
Ter uma missão
25 de março, por Cardoso de Castro(Zambrano1930)
Não se pode criar história sentindo-se acima dela, a partir do mirante da razão; somente quem está por baixo da história pode, um dia, ser seu agente criador. E nisso acredito que nós, desta geração, nos diferenciamos da sua [Ortega y Gasset], se é que vamos ser algo, o que às vezes eu duvido. Nossa alegria está em nos sentirmos instrumentos e apenas aspiramos a ter uma missão dentro de algo que nos envolve: o momento histórico.