Kyoto2013
A experiência pura é, portanto, a base da metafísica de Nishida, sua explicação mais sistemática da realidade. Já vimos que a experiência pura é sempre uma unidade, que pode ser complexa e que, embora sempre ocorra no presente, pode se estender como uma unidade ao longo de um período de tempo. Ela é anterior à distinção sujeito/objeto e à divisão da consciência nos aspectos de conhecer, sentir e querer. Embora essa unidade seja uma unidade de experiência consciente, ela é, (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard , Dostoiévski , Sartre e outros
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Experiência pura, base da metafísica de Nishida
15 de maio, por Cardoso de Castro -
Formalização e Hiperformalização (Zubiri)
8 de abril, por Cardoso de CastroZubiri1980
Eu já disse que é a formalização o que abre toda a riqueza da vida do animal. Quanto mais formalizada estiver a impressão de estimulidade, tanto mais rica será a unidade interna do estímulo. O próprio conteúdo de “cor” é para o caranguejo signo de uma presa. Mas essa mesma cor, apreendida em constelações mais ricas, constitui uma grande variedade de signos objetivos. O chimpanzé apreende “coisas” muito mais variadas e ricas que as apreendidas por uma estrela-do-mar. Daí que o (…) -
O homem é um animal aberto (Zubiri)
8 de abril, por Cardoso de CastroZubiri1982
Naturalmente, nem toda verdade é científica ou filosófica no sentido mencionado. Mas toda verdade envolve a atualidade campal do real. Por isso o homem é um animal aberto não só a mil modos de saber, mas a algo mais profundo. Em face do puro animal, que é um animal de vida encerrada, o homem é sem dúvida o animal aberto a toda forma de realidade. Mas, como animal de realidades, o homem não é só um animal cuja vida é aberta; é antes de tudo o animal intelectivamente atualizante (…) -
Abertura e Verdade (Zubiri)
8 de abril, por Cardoso de CastroZubiri1982
O âmbito da abertura é o âmbito da verdade inteira. De fato: toda verdade simples está incoativamente aberta a uma verdade dinâmica, e cada momento desta verdade dinâmica é um momento de conformidade estruturalmente aberto para a adequação com “a” realidade, aberto “à” verdade. Mas esta abertura “à” verdade tem diversos aspectos, porque a abertura da verdade não é senão a abertura da atualização do real, e portanto não é senão a abertura do campal do real mesmo como real. Há um (…) -
Há um lado do mundo que não está voltado para nós (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1951
[…] Talvez deva ser acrescentado que aquilo de que nunca se tem certeza de alcançar ou ter alcançado é um objetivo: ora, um objetivo envolve alguma ação ou projeto. No entanto, o autor aqui nos diz claramente que "a experiência interior é o contrário da ação, que por sua vez está inteiramente subordinada ao projeto". Além disso — e isso é importante — o próprio pensamento discursivo está envolvido no modo de existência do projeto. (Aqui o autor usa uma linguagem característica (…) -
Há um lado do mundo que não está voltado para nós (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1951
Mas, em minha opinião, nada mostra mais claramente as profundas diferenças que separam Rilke dos filósofos existencialistas como Heidegger ou Jaspers — que, explícita ou implicitamente, negam a realidade do jenseits ou do Além — do que essa disponibilidade em relação ao oculto.
Poder-se-ia objetar que a declaração de fidelidade à terra encontrada, por exemplo, na Nona Elegia, parece sugerir, como contrapartida, uma negação similar do outro mundo. Mas é preciso ter cuidado (…) -
Situações-limite (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1940
Observemos desde já que é nas situações-limite — diante, por exemplo, da morte, do sofrimento, do pecado — que veremos operar-se a misteriosa passagem da existência ao transcendente. E transcrevo aqui, antecipadamente, por serem essenciais para a compreensão do que há de mais vigoroso no pensamento de Jaspers e também da estreita relação que o une a Heidegger, estas poucas linhas que definem o que se deve entender por situações-limite (II, p. 203): "Situações como a de estar (…) -
Abstração (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1940
No entanto, por uma anomalia que se dissipa com a reflexão, quanto mais eu enfatizar essa objetividade das coisas, cortando o cordão umbilical que as liga à minha existência, ao que chamei de minha presença organo-psíquica em mim mesmo — quanto mais eu afirmar a independência do mundo em relação a mim, sua radical indiferença ao meu destino, aos meus próprios fins — mais esse mundo, assim proclamado como o único real, se converterá em um espetáculo sentido como ilusório, um (…) -
Apresentação (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1950
Heidegger, no ensaio ao qual aludi no início desta palestra [Da Essência da Verdade (GA9)], destacou a importância da noção de abertura para qualquer teoria da verdade — ou talvez a noção de estar aberto. Sua palavra em alemão é "Offenständigkeit", e os tradutores franceses cunharam "aperité" como equivalente. O que ele realmente busca é encontrar uma base de possibilidade para aquela adequação entre a mente e a coisa que constitui um juízo verdadeiro em si mesmo.
Eis um (…) -
O mundo fechado, do falatório (Gerede), do cotidiano (Gabriel Marcel)
4 de abril, por Cardoso de CastroGMarcel1951
Certamente haveria motivos para enxertar neste comentário outro mais hipotético, do qual só posso esboçar os contornos aqui. Mais uma vez, poderia parecer que Rilke pensava apenas no artista — particularmente no poeta, mas talvez também no pintor, cuja missão consiste em elevar o visível a um plano superior de realidade. Não devemos esquecer o que a descoberta de Cézanne significou para ele. Mas, novamente, a vocação do artista é tomada como a própria vocação do homem quando (…)