Este enunciado não é uma frase de efeito, nem uma maneira de dizer, mas a fórmula mais concisa da metafísica orteguiana. Em bom português: a síntese de sua nova visão da realidade. Ortega distingue entre a realidade radical e as realidades radicadas. A realidade radical é a vida humana (em sentido biográfico, não biológico); não “in genere”, mas individualizada. A realidade radical é a minha vida, a tua, a dele. Isto não significa que a vida humana é a única realidade, ou a mais importante; (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard
Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855)
, Dostoiévski
Dostoiévski
, Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
e outros
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Kujawski (1983:33-34) – Eu sou eu e minha circunstância (Ortega y Gasset)
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro -
Nietzsche (CI:VI,8) – invenção da finalidade
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroQual pode ser a nossa doutrina? — Que ninguém dá ao ser humano suas características, nem Deus, nem a sociedade, nem seus pais e ancestrais, nem ele próprio (— o contra-senso dessa última ideia rejeitada foi ensinado, como “liberdade inteligível”, por Kant, e talvez já por Platão). Ninguém é responsável pelo fato de existir, por ser assim ou assado, por se achar nessas circunstâncias, nesse ambiente. A fatalidade do seu ser não pode ser destrinchada da fatalidade de tudo o que foi e será. Ele (…)
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Colette (2009:C1) – Schelling e Kierkegaard, existencialismo
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroChegou-se a reconhecer em Schelling um precursor do pensamento existencial, na medida em que ele leva a seu acabamento a metafísica da subjetividade. Nas Investigações sobre a essência da liberdade humana de 1809, assim como na obra póstuma As idades do mundo (versão de 1815), aparece o tema da angústia, da vertigem que se apodera do homem na experiência da liberdade como poder do bem e do mal. Kierkegaard refere-se a isso, certamente de maneira crítica, quando fala da dor e da melancolia a (…)
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Kierkegaard (Ou:§57) – sou um fio na trama da vida
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="tradução do espanhol"]
Não sou, desde logo, o dono de minha vida, senão um fio a mais que há que entrelaçar na tela da chita que é a vida. Claro que de não ser capaz de tecê-lo, ao menos poderei cortá-lo.
[tabby title="Hong & Hong"]
So I am not the one who is the lord of my life; I am one of the threads to be spun into the calico of life! Well, then, even though I cannot spin, I can still cut the thread.
[tabby title="Gutiérrez"]
Yo no soy, desde luego, el dueño (…) -
Kierkegaard (CA): tempo e eternidade
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroSe se define o tempo corretamente como a sucessão infinita, o próximo passo seria, aparentemente, determiná-lo como presente, passado e futuro. Entretanto esta distinção é incorreta, se com isso se quiser dizer que ela se situa no próprio tempo; pois ela apenas surge em virtude da relação do tempo com a eternidade, e pela reflexão da eternidade nele. Se, com efeito, se pudesse encontrar uma base de apoio na sucessão infinita do tempo, ou seja, um presente que servisse de divisor, essa (…)
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Kierkegaard (CA): instante
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroO instante designa o presente como um tal que não tem pretérito nem futuro; pois é aí que reside justamente, aliás, a imperfeição da vida sensual. O eterno significa igualmente o presente, que não possui nenhum passado e nenhum futuro, e esta é a perfeição do eterno.
Se se quiser usar agora o instante para com ele definir o tempo, e fazer o instante designar a exclusão puramente abstrata do passado e do futuro e, como tal, o presente, então o instante não será exatamente o presente, pois o (…) -
Kierkegaard (CA): temporalidade
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroO que vale para a temporalidade vale para a sensualidade; pois a temporalidade parece ainda mais imperfeita e o instante ainda mais insignificante do que a aparentemente segura persistência da natureza no tempo. E, contudo, é o contrário, pois a segurança da natureza baseia-se no fato de que o tempo não tem absolutamente nenhuma importância para ela. Só com o instante inicia a história. Pelo pecado, a sensualidade humana vem a ser posta como pecaminosidade e, portanto, inferior à do animal (…)
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Kierkegaard (Parábolas) – o filósofo ocupado
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroO que resta para o filósofo fazer quando uma sociedade se prepara para a guerra?
Quando Filipe ameaçou sitiar a cidade de Corinto, e todos os seus habitantes se apressaram em defender, alguns polindo armas, alguns juntando pedras, alguns consertando as paredes, Diógenes vendo tudo isso rapidamente dobrou seu manto e começou a rolar sua banheira zelosamente para frente e para trás pelas ruas. Quando lhe perguntaram por que fazia isso, respondeu que desejava estar ocupado como todos os (…) -
Kierkegaard: significado da vida
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="tradução do espanhol"]
Que significado tem, em geral, esta vida? Se dividirmos os homens em dois grandes grupos, podemos afirmar que um trabalha para viver e que o outro não necessita disto. Mas isto de trabalhar para viver não pode ser de modo algum o significado da vida; pois, sem dúvida, é uma contradição que um problema de tal significado, assim condicionado, seja resolvido com a constante produção das mesmas condições. Por outro lado, a vida de quem não trabalha não tem (…) -
Nietzsche (VP:547) – o “sujeito”, um resultado
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="Fernandes & Moraes"]
História psicológica do conceito “sujeito”. O corpo, a coisa, o “todo” construído pelo olho desperta a diferenciação entre um fazer e um que faz; o que faz, a causa do fazer, cada vez concebido com maior acuidade, deixou, por fim, como resultado, o “sujeito”.
[tabby title="Kaufmann"]
Psychological history of the concept “subject.” The body, the thing, the “whole” construed by the eye, awaken the distinction between a deed and a doer; the doer, the (…)