São pouquíssimos os que têm claro que o ponto de vista da desejabilidade, todo “assim deveria ser, mas não é” ou mesmo um “assim haveria de ter sido”, encerra em si uma condenação do curso integral das coisas. Pois neste não há nada isolado: a menor coisa arrasta o todo, todo o edifício do futuro está de pé sobre a pequena injustiça, e assim se condena conjuntamente o todo em cada crítica ao detalhe mais insignificante. Ora, está estabelecido que a norma moral, como admite o próprio Kant, (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard , Dostoiévski , Sartre e outros
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Nietzsche (VP:331): assim deveria ser…
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro -
Nietzsche (VP:333): vício e virtude são efeitos, não causas
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroHoje, quando todo “o homem deve ser deste e daquele modo” coloca-nos uma pequena ironia nos lábios, quando sustentamos inteiramente que, a despeito de tudo, alguém vem a ser apenas aquilo que é (apesar de tudo quer dizer: educação, instrução, meio, acasos e acidentes), aprendemos a inverter de maneira curiosa, nas coisas da moral, a relação de causa e efeito, — talvez nada nos diferencie mais fundamentalmente dos antigos crentes da moral. Não dizemos mais, por exemplo, que “o vício seja a (…)
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Camus (2018) – o ataque atual contra a razão
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroMas talvez em nenhuma outra época, como na nossa, foi mais vivo o ataque contra a razão. Desde o grande grito de Zaratustra — “Por acaso, é a mais velha nobreza do mundo. Eu a reintegrei em todas as coisas quando disse que não queria nenhuma vontade eterna acima dela” —, desde a doença mortal de Kierkegaard — “esse mal que confina com a morte sem mais nada depois dela” —, os temas significativos e supliciantes do pensamento absurdo se sucederam. Ou, pelo menos, e essa minúcia é fundamental, (…)
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Camus: razão para morrer
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="Mauro Gama"]
Se me pergunto em que julgar se uma questão é mais urgente do que outra, respondo que é com ações a que ela induz. Eu nunca vi ninguém morrer pelo argumento ontológico. Galileu, que detinha uma verdade científica importante, abjurou-a com a maior facilidade desse mundo quando ela lhe pôs a vida em perigo. Em um certo sentido, ele fez bem. Essa verdade não valia a fogueira. Se é a Terra ou o Sol que gira em torno um do outro é algo profundamente irrelevante. (…) -
Camus: suicídio
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="Mauro Gama"]
Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, aparece em seguida. São jogos. É preciso, antes de tudo, responder. E se é verdade, como pretende Nietzsche, que um filósofo, para ser confiável, deve pregar com o exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, já que (…) -
Nietzsche (VP:490) – sujeito como multiplicidade
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="Fernandes & Moraes"]
A suposição de um sujeito não é, talvez, necessária; do mesmo modo, seria talvez permitido supor uma multiplicidade de sujeitos, cujo jogo de conjunto e luta jaz como fundamento do nosso pensar e em geral de nossa consciência? Uma espécie de aristocracia de “células”, nas quais repousa o domínio? Certamente de pares que estão acostumados uns aos outros no governar e são entendidos em dar ordens?
Minha hipótese: o sujeito como multiplicidade.
A (…) -
Nietzsche (VP:674) – nosso organismo em sua perfeita imoralidade
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="Fernandes & Moraes"]
Na imensa multiplicidade do acontecer no interior de um organismo, a parte que se nos torna consciente é um mero cantinho: e o bocadinho de “virtude”, a “abnegação” e ficções semelhantes são desmentidas, de maneira perfeitamente radical, pelo restante total do acontecer. Fazemos bem em estudar nosso organismo em sua perfeita imoralidade…
As funções animais são, por princípio, milhões de vezes mais importantes do que todos os belos estados e alturas (…) -
Buber (Eu-Tu:7-9) – conjuminar o pensar calculativo e o meditativo
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroEu considero uma árvore.
Posso apreendê-la como uma imagem. Coluna rígida sob o impacto da luz, ou o verdor resplandecente repleto de suavidade pelo azul prateado que lhe serve de fundo.
Posso senti-la como movimento: filamento fluente de vasos unidos a um núcleo palpitante, sucção de raízes, respiração das folhas, permuta incessante de terra e ar, e mesmo o próprio desenvolvimento obscuro.
Eu posso classificá-la numa espécie e observá-la como exemplar de um tipo de estrutura e de (…) -
Buber: quem Eu digo Tu
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro[tabby title="nossa tradução"]
Quando Eu confronto um ser humano como meu Tu e falo a palavra básica Eu-Tu para ele, ele não é uma coisa entre as coisas, nem é composto de coisas.
Ele não é mais Ele ou Ela, limitado por outros Eles e Elas, um ponto na grade mundial de espaço e tempo, nem uma condição que pode ser experimentada e descrita, um frouxo agregado de qualidades nomeadas. Sem vizinhos e contínuo, ele é Tu e preenche o firmamento. Não como se não houvesse nada exceto ele; mas (…) -
Buber: Pointing The Way - Collected Essays
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroPointing The Way. Collected Essays. TOWARDS AUTHENTIC EXISTENCE
BOOKS AND MEN
PRODUCTIVITY AND EXISTENCE
THE DEMON IN THE DREAM
THE ALTAR
BROTHER BODY
WITH A MONIST
THE TEACHING OF THE TAO
TO THE CONTEMPORARY
2. DIMENSIONS OF DIALOGUE
DRAMA AND THEATRE
THE SPACE PROBLEM OF THE STAGE
GOETHE’S CONCEPT OF HUMANITY
BERGSON’S CONCEPT OF INTUITION
FRANZ ROSENZWEIG
HEALING THROUGH MEETING
EDUCATION AND WORLD-VIEW
3. POLITICS, COMMUNITY, AND PEACE
WHAT IS TO BE DONE?
THREE (…)