(Zambrano1937)
A inteligência está ligada a resíduos de crenças descompostas do passado, a limitações impostas pela falta de coragem para romper laços sociais e, o mais decisivo: à falta de uma intuição modelo, à ausência de uma realidade que exerça pressão. Mas essa ausência de intuição, essa falta de sentir a realidade, transforma-se no fascismo, em uma evasão da intuição e da realidade, em uma fuga sistemática e encoberta da realidade. No entanto, como a realidade continua existindo, é (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard
Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855)
, Dostoiévski
Dostoiévski
, Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
e outros
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Evasão da intuição e da realidade
25 de março, por Cardoso de Castro -
Édipo
25 de março, por Cardoso de Castro(Zambrano1958)
Há um protagonista trágico entre todos, um homem, Édipo, em quem se concentra a desventura da condição humana; pois é culpado sendo inocente; comete o pior dos delitos ao tentar fugir dele, porque não sabe quem é. […] Ele havia decifrado o enigma proposto pela Esfinge. Ironicamente, a resposta era "o homem". Mas, depois de ter acertado, não sabia o que era o homem, nem quem ele era, esse homem, Édipo. -
Nietzsche sobre o mito
25 de março, por Cardoso de Castro(Blumenberg1979)
Na visão de Nietzsche sobre o mito, o ponto decisivo é que superar ou, pelo menos, lidar com o estrato subjacente de terror e sofrimento é tanto necessário, para que se possa existir de fato, quanto não deve nunca ser definitivo, para que o homem ainda seja capaz de sentir o poder da vida. -
Kierkegaard
25 de março, por Cardoso de Castro(CamusMS)
O que é sensível em Lev Chestov o será talvez ainda mais em Kierkegaard. Certamente, não é fácil assimilar num autor tão esquivo a enunciados claros. Mas, apesar dos escritos aparentemente opostos, por cima dos pseudônimos, dos jogos e dos sorrisos, sente-se aparecer em toda a extensão dessa obra como que o pressentimento (ao mesmo tempo que a assimilação) de uma verdade que acaba explodindo nos últimos trabalhos: também ele, Kierkegaard, dá o salto. O cristianismo com que tanto (…) -
Adorno e Horkheimer (1947) – Nietzsche e o Aufklärung
21 de março, por Cardoso de CastroEmbora a relação de Nietzsche com o Aufklärung (…) se mantivesse, apesar de tudo, dividida entre duas tendências, embora ele percebesse no Aufklärung tanto o movimento universal do espírito soberano, que lhe parecia representar a realização integral, quanto a força inimiga da vida, “niilista”, foi apenas este segundo elemento que permaneceu em seus sucessores pré-fascistas e foi pervertido em uma ideologia. (MHTA)
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Henry (1963) – Sartre
7 de março, por Cardoso de Castro(MHEM)
Toute « présence à », dit Sartre, implique dualité, donc séparation. » 10
Avec cette dissociation le concept d’être sort de son indétermination pré-philosophique, il cesse de désigner indistinctement, comme il le fait trop souvent dans l’histoire de la philosophie et encore chez Sartre, l’étant et son fondement ontologique pour se référer explicitement et exclusivement à ce dernier. 11
C’est parce que Sartre confond la conscience avec le sujet abstrait (comme il confond l’être (…) -
Kierkegaard (CA:Caput III) – O possível corresponde com o porvir
1º de fevereiro, por Cardoso de CastroO possível corresponde perfeitamente com o porvir. Para a liberdade, o possível é o porvir; para o tempo, o porvir é o possível. Na vida individual, a angústia corresponde a ambos. Um exato e correto uso linguístico vincula, portanto, ambos: angústia e porvir. Costuma-se dizer, é verdade, que a gente se angustia pelo passado, e isso parece opor-se ao que foi dito. Observando-se, todavia, mais demoradamente, mostra-se que quando se diz isso de algum modo se vislumbra o porvir. O passado, pelo (…)
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Nietzsche (GC:341) – O maior dos pesos
1º de fevereiro, por Cardoso de Castro341. O maior dos pesos. — E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse: “Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes; e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo o que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem — e assim também essa aranha e esse luar entre as (…)
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Deleuze (2005:109-110) – Tudo passava por Sartre…
1º de fevereiro, por Cardoso de CastroGerações sem “mestres” são uma tristeza. Nossos mestres não são apenas os professores públicos, ainda que tenhamos uma grande necessidade de professores. No momento em que atingimos a idade adulta, nossos mestres são aqueles que nos tocam com uma novidade radical, aqueles que sabem inventar uma técnica artística ou literária e encontrar as maneiras de pensar que correspondem à nossa modernidade, quer dizer, tanto às nossas dificuldades como aos nossos entusiasmos difusos. Sabemos que existe (…)
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Deleuze (2005:112) – Sartre
1º de fevereiro, por Cardoso de CastroFalamos de Sartre como se ele pertencesse a uma época acabada. Mas ai! Nós é que estamos já acabados na ordem moral e no conformismo atual. Pelo menos Sartre nos permite uma vaga espera dos momentos futuros, de retomadas nas quais o pensamento se reformará e refará suas totalidades, como potência ao mesmo tempo coletiva e privada. E por isso que Sartre continua sendo nosso mestre. O último livro de Sartre, A crítica da razão dialética, é um dos livros mais belos e mais importantes surgidos (…)