O fenômeno não é, antes de mais, um conceito de gênero ou de espécie que definiria um domínio de coisas, uma região determinada do ser. Não há fenômenos como há matéria inerte e seres vivos. Além disso, não há fenômenos isolados nem vários fenômenos agrupados, estando as aparições singulares e os grupos de aparições sempre incluídos numa conexão mais abrangente de aparições. Surge a paisagem e, sobre ela, o vasto céu, com o trajeto do sol e das estrelas, a claridade do dia que tudo articula (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Fink (1994:190-194) – o fenômeno
28 de outubro, por Cardoso de Castro -
Fink (1994:189-206) – Fenomenologia e dialética
27 de outubro, por Cardoso de Castro1. A problematização da relação entre fenomenologia e dialética como direções filosóficas e métodos de reflexão, transcendendo suas representações correntes. - A caracterização da fenomenologia como um movimento de reforma fundado por Edmund Husserl, que se opõe ao positivismo e aos sistemas filosóficos fechados através de um retorno radical à "própria coisa concreta". - A constatação da unidade inicial e da subsequente desunião dos fenomenólogos quanto ao objeto e ao método (…)
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Fink (1994:246-265) – Redução fenomenológica de Husserl
27 de outubro, por Cardoso de CastroA honra e o privilégio de discorrer sobre o pensamento de Edmund Husserl no local onde sua obra é preservada e estudada com honestidade, salvaguardada para edição e progressivamente liberada em suas energias espirituais ainda latentes. - A reflexão sobre a filosofia como uma realização do espírito humano particularmente ameaçada pelo perigo de se petrificar em sua forma de expressão, perecendo ao se tornar documento, contraposta à afirmação hegeliana de que "a força do espírito é (…)
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Fink (1994:129-145) – mundo e história
27 de outubro, por Cardoso de CastroI. A problematização da relação entre os termos "mundo" e "história" e a necessidade de superar as discussões metodológicas tradicionais para formular a questão simples, porém não ingênua, sobre a essência do histórico. - A indeterminação conceitual do termo "o histórico" e a recusa de uma definição precipitada, abrindo espaço para uma investigação fenomenológica. - O questionamento sobre o que constitui o modelo para a pergunta pelo "histórico", interrogando se se trata de uma (…)
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Fink (1994:221-230) – Relação ao mundo e compreensão do ser
27 de outubro, por Cardoso de Castro* A definição do conceito de "compreensão do ser" como um conjunto que engloba conceitos claros e imprecisos, representações gerais, imagens de pensamento e modelos ontológicos. * A enumeração dos elementos pressupostos na experiência: "as estruturas das coisas, a construção dos objetos de conhecimento, o ser-singular e o ser-geral do ente no mundo, a relação da ’essência’ e do ’fato’, da essência e da aparência, as diferenças entre o fato de ser e o ser-verdadeiro, entre o (…)
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Loreau (1989:17-23) – A palavra e a experiência da visão
26 de outubro, por Cardoso de CastroO logos e a palavra como condição de possibilidade do sentido e da experiência do fenômeno * A palavra torna possível a questão do sentido e o próprio sentido, constituindo o fundamento da experiência enquanto tal. * A ausência da palavra implicaria a inexistência de fenômenos, de ser e de pensamento, reduzindo a experiência a uma pura visão sem consciência. * O logos é aquilo que permite que haja fenômenos, pensamento e comunidade do “nós”; é pela palavra que o fenômeno se manifesta e (…)
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Romano (2018) – Uma arqueologia da autenticidade
26 de outubro, por Cardoso de Castro* A constatação de uma revolução nas mentalidades e modos de vida desde o final da Segunda Guerra Mundial, levando ao aparecimento de um novo tipo de relação consigo caracterizado pela aspiração a dar à sua vida uma forma que reflita as suas próprias particularidades individuais. * A democratização desta aspiração, outrora apanágio de uma elite, que se tornou um fenômeno de massa a partir do final dos anos 1960. * A designação desta aspiração como "autenticidade pessoal", (…)
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Romano (2018) – Ser si mesmo
26 de outubro, por Cardoso de Castro#### A Trajetória de Ulisses: Do Anônimo à Existência em Pessoa
* A Condição Inicial de Ulisses no Retorno * O herói que erra, em presa às angústias e aos lamentos, sobre a mar inumerável que apaga toda lembrança. * O último (ou quase) entre os grandes guerreiros da Ilíada a não ter perdido a vida sob os muros de Ilion ou durante seu retorno à pátria. * A cessação de ser o herói glorioso cuja astúcia e sagacidade permitiram aos Aqueus vencerem. * O estar entregue aos (…) -
Romano (1999:69-77) – Tarefa de uma hermenêutica "eventual"
26 de outubro, por Cardoso de Castro#### A Hermenêutica Eventual: Princípios e Desdobramentos
* As Quatro Determinações Fundamentais do Evento * A atribuição unívoca que implica o próprio eu na ipseidade de todo evento. * "em todo evento, eu estou em jogo eu mesmo em minha ipseidade". * O caráter instaurador-de-mundo para o adventício. * Sua an-arquia constitutiva que, sendo inexplicável, faz não obstante sentido na aventura humana. * A impossibilidade de toda datação, segundo a qual o evento não (…) -
Romano (1999:63-69) – Impossibildade de datação do evento
26 de outubro, por Cardoso de Castro#### As Diferenças Fenomenológicas entre o Fato Intramundano e o Evento no Sentido Eventual
* Diferença 1: O Substrato de Atribuição Ôntica * O fato intramundano que aparece desprovido de todo substrato de atribuição ôntica unívoca. * O evento que é sempre suscetível de uma atribuição determinada, sobrevivendo a mim mesmo, a ti mesmo, e nunca chegando sem mais. * Diferença 2: O Horizonte do Mundo e a Reconfiguração do Contexto * O fato intramundano, desprovido de todo substrato (…)