#### A Vida na Fenomenologia Estática
* Introdução: O "Viver" como Anúncio da Problemática Genética
* As múltiplas ocorrências dos termos "vivente," "vida," "vivacidade," "vivenciado" (*Erlebnis*), etc., no período estático da fenomenologia de Husserl, anunciam a problemática genética de uma elucidação de toda a vida intencional. * Esse uso de terminologia sugere que o desejo de Husserl de "surpreender *in flagranti* a vida da consciência transcendental em sua própria (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Montavont (1999:19-32) – A Vida na Fenomenologia Estática
3 de novembro, por Cardoso de Castro -
Vincent Gérard (1999) – A Krisis de Husserl (4)
3 de novembro, por Cardoso de Castro* C. A Via pela Psicologia Intencional * Husserl empreendeu a via pela psicologia intencional nas lições de Filosofia Primeira em 1923 e, posteriormente, na última parte da terceira seção da Krisis (§§ 56-73), intitulada: "O caminho que conduz à filosofia transcendental fenomenológica partindo da psicologia." * O caminho pela psicologia intencional não implica o abandono total da via cartesiana, sendo que o relatório da Filosofia Primeira, lição 48, estabelece que a redução (…)
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Vincent Gérard (1999) – A Krisis de Husserl (3)
3 de novembro, por Cardoso de Castro* B. A Via pela Ontologia do Mundo da Vida * Iso Kern, em seu célebre artigo sobre os caminhos para a redução transcendental, agrupa sob o título de "via pela ontologia" três percursos que se iniciam em uma ontologia positiva ou lógica. * Os três tipos fundamentais de ontologia que podem ser visados são: 1) a lógica formal e a ontologia formal (*mathesis universalis*), que contém os princípios formais das ciências e atua como uma doutrina universal da ciência; 2) as ontologias (…)
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Vincent Gérard (1999) – A Krisis de Husserl (2)
3 de novembro, por Cardoso de Castro#### A Via Cartesiana
* 1. A Estrutura da Via Cartesiana * A expressão "caminho cartesiano" em Husserl é ambígua, pois sua filosofia surge como um cartesianismo radicalizado e, ao mesmo tempo, um cartesianismo invertido, mas pode ser recapitulada em quatro pontos principais. * O primeiro ponto é a exigência de apoditicidade do ponto de partida, segundo a qual a filosofia deve ser uma ciência absolutamente fundamentada, edificada a partir de um começo absoluto (ou um "ponto de (…) -
Vincent Gérard (1999) – A Krisis de Husserl (1)
3 de novembro, por Cardoso de Castro* Krisis I e II: A História, uma Teleologia Circular * A problemática central das duas primeiras partes de A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental, por Husserl, reside na questão de como o movimento de racionalidade originado na Grécia no século VI a.C. e que se desenvolveu na ciência europeia pôde assumir a figura da irracionalidade, ou seja, a questão de um movimento de racionalidade que culmina no auge da irracionalidade. * A situação política da Alemanha (…)
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Schnell (2004) – Fenômeno e construção (Fink)
3 de novembro, por Cardoso de CastroFink também considera que a fenomenalidade não pode ser tratada sem recorrer a um certo fundamento ontológico do fenômeno. No entanto, ele trilha uma via diversa da de Heidegger porque permanece fiel, em certa medida, à acepção husserliana do fenômeno. A fim de apreender sua contribuição para a compreensão do estatuto do fenômeno em geral, cumpre agora explicar o sentido da “construção” que Fink reivindica para uma fenomenologia radical, isto é, para uma fenomenologia da origem. Para isso, (…)
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Scheler (1926/2021) – Cognição e Trabalho
3 de novembro, por Cardoso de CastroO pathos que o ser humano moderno vincula à palavra “trabalho” exerceu enorme influência sobre a visão filosófica da cognição e sobre o significado do ser humano. Sua intensidade tornou-se tanto maior quanto mais o ser humano moderno procura libertar-se das antigas tradições espirituais cristãs e busca criar para si uma visão de mundo e um ethos a partir de suas próprias condições de vida e de existência. Esse pathos encontra sua expressão mais precisa no Manifesto Comunista: o trabalho é o (…)
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Montavont (1999:15-19) – vida
3 de novembro, por Cardoso de CastroA vida subjetiva, a vida intencional, a vida pura, a vida do eu, a vida na forma do tempo, a vida infinita, a vida universal, a concreção da vida, o presente da vida, a vida constituinte, o fluxo da vida, a gênese da vida, a vida da consciência, a vida desperta, a vida adormecida, a vida pulsional, a vida afetiva, o mundo da vida, etc. — poder-se-ia continuar essa lista de ocorrências da palavra “vida” na obra de Husserl. Contudo, Husserl nem sempre falou de vida. Nas Ideen I, o conceito não (…)
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Montavont (1999:9-14) – fenomenologia da passividade
3 de novembro, por Cardoso de CastroGostaríamos de mostrar que uma filosofia dos atos da consciência não é incompatível com uma fenomenologia da passividade , e [10] talvez ainda mais, que uma reflexão sobre a passividade só pode começar em uma filosofia que remete todo objeto constituído a uma consciência constituinte, ou seja, ao ato de uma instância subjetiva. A passividade não é nem uma qualidade do objeto nem uma propriedade do sujeito, mas uma relação de sentido entre o sujeito e o objeto (seja esse objeto exterior ao (…)
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Schnell (2004) – Fenômeno e construção
31 de outubro, por Cardoso de CastroPontos de convergência entre a filosofia de Fichte e a de Husserl, que permitirão delinear a perspectiva para a qual se orientarão as reflexões aqui desenvolvidas.
* #### Oposição Tradicional Fichte/Husserl e a Necessidade de Relativização
* A oposição (*doxa*) tradicional entre Fichte e Husserl é resumida por D. Wildenburg na oposição entre o que Fichte denuncia como "observação dos seres humanos" (*Menschenbeobachtung*) e o que Husserl nomeia "artifícios especulativos" (…)