FSHK
Tal apelo a um ser supremo e ao que inequivocamente tem o caráter de um fundamento deve, pelo menos da perspectiva de Heidegger, lançar suspeita sobre o quão bem-sucedido Scheler é em desvendar a raiz da busca do homem por fundamentos. Por outro lado, o caráter concreto da fenomenologia de Scheler proíbe invocar Deus arbitrariamente, exceto na medida em que tal ser é o corolário da totalidade que a pessoa busca para si. Assim, não é simplesmente a culminação da transcendência (…)
Página inicial > Fenomenologia
Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
-
Schalow (FSHK) – Heidegger e Scheler, e a questão religiosa
11 de junho, por Cardoso de Castro -
Schalow (FSHK) – Diferença básica Heidegger e Scheler
11 de junho, por Cardoso de CastroFSHK
A diferença básica entre Heidegger e Scheler reside no fato de que Scheler adota um modelo microcosmo/macrocosmo para definir a relação entre o homem e o mundo, permitindo assim que a totalidade se apresente como um reflexo da unidade da pessoa com Deus. Heidegger, por outro lado, procede de forma muito mais radical para evitar essa visão anômala do mundo como tendo uma dupla ancestralidade, tanto no infinito quanto no finito. Em última análise, Heidegger redefine mundo como o (…) -
Stolorow (RSCB) – O mito da mente isolada
11 de junho, por Cardoso de CastroRSCB
O mito da mente isolada atribui ao homem um modo de ser no qual o indivíduo existe separadamente do mundo da natureza física e também do envolvimento com os outros. Esse mito, além disso, nega a imaterialidade essencial da experiência humana ao retratar a vida subjetiva em termos reificados e substancializados. Vista como um símbolo da experiência cultural, a imagem da mente isolada representa a alienação do homem moderno em relação à natureza, à vida social e à própria (…) -
Schalow (FSIB) – Identidade
11 de junho, por Cardoso de CastroFSIB
Quando Heidegger aborda a possibilidade da identidade do si-mesmo, não pergunta o que há de único nos seres humanos que manifestam tal potencial — questão que pertenceria à antropologia filosófica, como na Wertphilosophie de Scheler. Desde Ser e Tempo, ele subverte a visão cartesiana do eu ao apelar para o cuidado (Sorge) como ser do Dasein, base para reabrir a questão do si-mesmo. A reflexividade cartesiana da certeza cede lugar a uma dupla relação do si-mesmo, onde a identidade (…) -
Schalow (FSIB) – Subjetividade do sujeito
11 de junho, por Cardoso de CastroFSIB
O questionamento heideggeriano da tecnologia caminha lado a lado com uma crítica à subjetividade do sujeito. A vontade de dominação e controle exige a interposição do homem como sujeito no centro dos entes; através dessa centralidade do sujeito, a humanidade encontra em sua própria capacidade de representar os entes como objetos um padrão para determinar seu valor (utilidade, sobrevivência, conveniência). Ironicamente, quanto mais abrangente se torna essa tendência à objetificação, (…) -
Schalow (FSPA) – Stimmung
11 de junho, por Cardoso de CastroFSPA
Uma das principais formas pelas quais nos encontramos já situados no mundo são os estados de ânimo (moods, Stimmung), vinculados a um conjunto específico de circunstâncias. Os estados de ânimo não se limitam a condições subjetivas ou mesmo a emoções, mas são um modo fundamental de revelação pelo qual o eu se torna consciente do seu "ser", do seu lugar no mundo. Essa maneira de desvelamento precede o chamado caráter "afetivo" dos estados de ânimo, incluindo o desconforto que possam nos (…) -
Schalow (FSPA) – Corpo vivido (Leib)
11 de junho, por Cardoso de CastroFSPA
O que queremos dizer com o corpo e como nossa compreensão dele se desdobra de maneira diferente dentro de uma perspectiva fenomenológica? A esse respeito, precisamos fazer a observação inicial de que a fenomenologia coloca ênfase no "corpo vivido", em contraste com outros modelos científicos, clínicos e fisiológicos. Mas o que é o corpo vivido e que luz Heidegger, em particular, lança sobre esse fenômeno? Ironicamente, ao longo de seus escritos, Heidegger raramente aborda a (…) -
Schalow (FSIE) – Heidegger entre Kant e Scheler
11 de junho, por Cardoso de CastroFSIE
A questão de por que Heidegger negligenciou um aspecto importante do pensamento de Scheler pode a princípio parecer trivial. No entanto, deve-se lembrar que Heidegger delineia o limite do pensamento de Scheler ao reinterpretar Kant. Se for o caso de que o pensamento de Kant emerge ao lado da ontologia fundamental, então seria esperado que Heidegger defendesse Kant contra as críticas de Scheler. No entanto, Heidegger não o faz no livro sobre Kant (GA3). Implícita em sua discussão está (…) -
Schalow (FSIE) – Crítica de Scheler a Kant
11 de junho, por Cardoso de CastroFSIE
A crítica mais concentrada de Scheler a Kant vem de um livro intitulado Formalismo em Ética e a Ética Material do Valor. O título do livro já é uma indicação de que Kant está sob escrutínio; e Heidegger indica, ao mesmo tempo, a abordagem da filosofia que Scheler oferecerá como alternativa. A expressão "abordagem da filosofia" é uma forma vaga de caracterizar como o terreno é preparado para desenvolver uma investigação sobre a natureza humana que seja suficientemente concreta para (…) -
Schalow (FSIE) – Avaliação de Scheler por Heidegger
11 de junho, por Cardoso de CastroFSIE
Heidegger rastreia a origem da pergunta “O que é o homem?”, a preocupação básica da antropologia filosófica, de volta a Kant. Numa série de palestras compiladas após sua morte e publicadas posteriormente em inglês sob o título Logic (GA21), Kant delineou toda a estrutura da filosofia Crítica de acordo com três perguntas básicas. Cada uma delas corresponde a uma das três Críticas: O que posso saber, O que devo fazer e O que me é permitido esperar? Kant também levantou uma quarta (…)