FSIE
Heidegger desenvolve sua crítica devastadora a Scheler na quarta seção do livro sobre Kant (GA3). O texto pivotal em questão vem de uma seção intitulada "Ideia da Antropologia Filosófica." Nessa seção, Heidegger critica Scheler por tentar basear a filosofia em uma compreensão da natureza humana. Uma compreensão da natureza humana, é claro, é classificada como antropologia. Assim, uma tentativa de enraizar a filosofia em uma visão da natureza humana constitui "antropologia filosófica." (…)
Página inicial > Fenomenologia
Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
-
Schalow (FSIE) – Heidegger critica Scheler
11 de junho, por Cardoso de Castro -
Maldiney (Aîtres) – Logos e Koinonia
29 de maio, por Cardoso de CastroMaldiney1975, p. 243-245
Uma dimensão essencial, contudo, é conservada: a da comunidade (koinonia) que também requer a apophansis do discurso filosófico e a epifania do deus. Se "enunciar é estar junto à própria coisa", o culto também se mantém na vizinhança do deus. E um, como o outro, implicam a comunidade de todo o existente. A festa e o grande sacrifício gregos renovam solenemente a comunidade original, não mística, dos deuses e dos homens, que Homero reserva aos povos mais antigos e (…) -
Milet (AT) – Ficções Calculadas
24 de maio, por Cardoso de CastroMiletAT
Há um ethos, um mundo da desvinculação? Tal mundo, se houver, só pode ser dislocado — nele, o possível desvincula ou dissocia os pragmata, os axiomata, os kremata. Esse mundo da dislocação se explicita em uma palavra — através da figura de Antígona, por exemplo. A possibilidade de um mundo anômico também deve ser tentada a ser reconhecida na arte.
Rilke é o poeta, assim como o pensador, do "fazer sem imagem". Heidegger chama de "ficções calculadas" as produções do "fazer sem (…) -
Mitchell (Four-Fold) – Noção de "Mortais" no Geviert
23 de maio, por Cardoso de CastroMitchell4
Os mortais são, sequencialmente, o último membro do quádruplo a ser nomeado nas apresentações de 1949–50. Doravante, o nome "os mortais" (die Sterblichen) substituirá em grande parte, embora não exclusivamente, o de Dasein no pensamento de Heidegger. No entanto, não se deve esquecer que o nome "Dasein" já era, por sua vez, uma substituição ou deslocamento do que antes designava a essência do humano. "Dasein" representava uma ruptura com a ideia de um sujeito autocentrado. Contra (…) -
Mitchell (Four-Fold) – Noção de "Divindades" no Geviert
23 de maio, por Cardoso de CastroMitchell4
A apresentação de Heidegger das divindades (die Göttlichen) dentro da quadruplicidade (Geviert) não é algo que surge sem aviso prévio. Heidegger ocupava-se com questões religiosas e divinas desde cedo. No ano da publicação de Ser e Tempo, 1927, Heidegger lecionava sobre “Fenomenologia e Teologia”. Antes disso, os cursos de 1921 sobre a fenomenologia da religião cristalizaram as preocupações que estavam presentes desde o início da carreira de professor de Heidegger. (…) -
Mitchell (Four-Fold) – Noção de "Céu" no Geviert
23 de maio, por Cardoso de CastroMitchell4
Com o céu (Himmel), Heidegger chega a pensar na vasta extensão da aparência. Enquanto a terra nomeia um suporte sem fundamento que suspende a coisa "no ar", por assim dizer, o céu serve para nomear esse espaço de suspensão. O que a terra sustenta é elevado ao céu. O céu, portanto, possibilita a irrupção sem fundamento e superficial da terra no reino da aparência radiante (do brilho). O céu é o espaço (ou mesmo o "espaçamento") da irrupção da terra. A terra não poderia ser a terra (…) -
Mitchell (Four-Fold) – Noção de "Terra" no Geviert
23 de maio, por Cardoso de CastroMitchell4
Dentro do quádruplo (Geviert), a terra nomeia o que tradicionalmente poderíamos pensar como a "base material" da coisa. Essa afirmação só pode ser mantida se entendermos "material" e "base" de maneiras bastante distintas de seu uso tradicional na história da filosofia. Ou seja, estritamente falando, a terra não é nem "material" nem uma "base". O papel da terra dentro do quádruplo transforma todas as nossas expectativas habituais sobre o que conta como terreno ou mesmo terrestre, (…) -
Mitchell (Four-Fold) – Coisas
23 de maio, por Cardoso de CastroMitchell4
[…] A abordagem teórico-científica dos entes, predominante na história da filosofia, apresenta-se como um olhar imparcial sobre o ente, "quando a preocupação se abstém de qualquer tipo de produção, manipulação e coisas semelhantes" (GA 2: 82/SZ 61). Ao se comportar diante dos entes dessa maneira, o ente é compreendido em termos de presença (Vorhandenheit). Mas essa pretensa objetividade dos entes está ela mesma fundada em uma relação pragmática mais primordial, onde já estamos (…) -
Krell (EC) – O tempo original é finito
20 de maio, por Cardoso de CastroKrellEC “O tempo original é finito.” A finitude do tempo originário é talvez a mais difícil das quatro teses para afirmarmos, já que Heidegger diz tão pouco sobre ela, falhando em demonstrá-la em sua obra de outra forma notavelmente sistemática. Mas como alguém poderia demonstrar tal coisa? E o que significa mesmo finitude? Heidegger não está teorizando sobre o tempo cósmico, o espaço-tempo da astrofísica. Desde o início, ele considera tal teorização como derivada em relação a um tempo (…)
-
Krell (EC) – Primado do futuro na temporalidade
20 de maio, por Cardoso de CastroKrellEC “A temporalidade temporaliza originalmente a partir do futuro.” A respeito do primado do futuro, isto é, da prioridade da existencialidade para o Dasein, permitam-me dizer apenas isto. O primado, a prioridade e talvez até mesmo a “aprioridade” da ecstasis do futuro, o Zu-kunft, está implícito na minha capacidade de confrontar minha própria possibilidade; minha existência é caracterizada principalmente pelo Umwillen, o “por minha própria causa”, de tal forma que meu ser é sempre uma (…)