* A empresa de ter a consciência – no sentido do alemão Gewissen – como o lugar de uma forma original de dialética entre ipseidade e alteridade, e seus desafios * O primeiro desafio: a metáfora da voz e do apelo adicionando uma dimensão inédita aos conceitos de base da ética e a concretização deste excedente de sentido em noções suspeitas como a "má" e a "boa" consciência * A ocasião de pôr à prova a tese segundo a qual a atestação da ipseidade é inseparável de um exercício de (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Ricoeur (1990) – a consciência
30 de outubro, por Cardoso de Castro -
Ricoeur (1990:369-380) – a alteridade de outro
30 de outubro, por Cardoso de Castro* A segunda significação que reveste a meta-categoria de alteridade – a alteridade de outrem – e sua estreita conexão às modalidades de passividade * A modalidade de passividade que a hermenêutica fenomenológica do si mesmo tem cruzado ao longo dos estudos precedentes quanto ao referir-se do si ao outro que si * A nova dialética do Mesmo e do Outro suscitada por esta hermenêutica que atesta que o Outro não é somente a contrapartida do Mesmo, mas pertence à constituição íntima do (…)
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Ricoeur (1990:369-380) – o corpo próprio ou a carne
29 de outubro, por Cardoso de CastroA facilidade com que a fenomenologia remete para a ontologia é mais evidente quando consideramos a primeira figura da passividade-alteridade, nomeadamente o fenômeno enigmático do corpo próprio, que surgiu em três ocasiões anteriores nos nossos estudos. - A análise de Strawson da pessoa como um particular básico levantou a questão de como predicados psíquicos e físicos díspares podem ser atribuídos a uma única e mesma entidade, se o corpo humano não for, ao mesmo tempo, um dos corpos e (…)
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Marion (1998) – O último princípio
28 de outubro, por Cardoso de Castro**A demonstração metafísica e a mostra fenomenológica** - A oposição fundamental entre a demonstração, que caracteriza as ciências e a metafísica ao fundar a aparência no fundamento para conduzi-la à certeza, e o mostrar, que define a fenomenologia ao deixar a aparência aparecer para realizar a sua plena aparição e recebê-la tal como ela se dá. - A contestação do pretenso privilégio da visão na fenomenologia, argumentando que este cede frequentemente ao primado do toque ou da (…)
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Marion (1998) – "Étant donné" (preliminares)
28 de outubro, por Cardoso de CastroA compreensão espontânea e erudita da expressão "étant donné", que insere um artigo para ler "l’étant donné", interpretando "étant" como um substantivo que se refere ao "ente" dos filósofos, concluindo assim que o que existe se encontra também dado, reduzindo a fórmula à afirmação metafísica de que há ente em vez de nada. - A incoerência exposta por esta leitura comum, que, ao admitir que o ente é dado, não explica a justaposição dos termos "étant" e "donné" sem artigo, cópula ou (…)
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Allard l’Olivier (IC:88-100) – O Indivíduo e a Espécie
28 de outubro, por Cardoso de CastroI. A Noção de Indivíduo e a Composição Hilemórfica * O indivíduo, derivado de *individuum*, é uma unidade ontológica indivisível, um todo completo que vai desde o ser humano complexo até às partículas elementares, distinguindo-se dos aglomerados ou misturas de indivíduos que constituem o seu ambiente. * Todo o indivíduo sensível é um composto de forma e matéria, sendo a forma o princípio inteligível que define a espécie a que pertence, e a matéria (matéria segunda) o princípio de que é (…)
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Allard l’Olivier (IC:59-70) – Os Objetos imaginários
28 de outubro, por Cardoso de CastroI. A Natureza e o Estatuto dos Objetos Imaginários * Os objetos imaginários apresentam-se ao sujeito radical com os mesmos atributos dos objetos sensíveis, sem o serem, pois não resultam da percepção sensorial, mas da memória ou da imaginação, sendo, portanto, objetos de pensamento que se manifestam como imagens fugazes ou persistentes, totais ou parciais, fracas ou fortes. * Estes objetos abrangem desde imagens de experiências passadas, como o rosto de um amigo ou o sabor de uma fruta, (…)
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Allard l’Olivier (IC:53-58) – Os Objetos sensíveis
28 de outubro, por Cardoso de CastroI. A Realidade Sensível e a Constatação Originária * A constatação originária, que ocorre no instante presente e no local concreto onde o sujeito se encontra, envolve a percepção sensorial imediata de um conjunto determinado de coisas, como uma mesa, livros, árvores ou um cão. * Esta constatação caracteriza-se por ser uma consciência e atenção sustentadas, uma suspensão do tempo dentro do tempo, que dura enquanto o sujeito mantém, numa estupefação lúcida, a reunião das suas energias, (…)
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Allard l’Olivier (IC:42-52) – A Expectativa
28 de outubro, por Cardoso de CastroI. A Natureza do Princípio Radical Subjetivo e a Constatação Originária * O sujeito puro não se identifica com os objetos da percepção, imaginação ou pensamento, pois o princípio radical da subjetividade, que profere o "eu", situa-se para além ou aquém de todos os "algo" percebidos, imaginados ou pensados, sendo consequentemente rigorosamente inobjetivável. * Este princípio radical é um ato de ser, não um pensamento sobre a existência, mas a própria existência que possibilita o (…)
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Allard l’Olivier (IC:37-41) – Constatação original
28 de outubro, por Cardoso de CastroI. A Transposição Semântica e Filosófica do Termo "Visão" * A utilização do termo "visão" e seus correlatos serve como imagem inicial para uma discussão mais ampla sobre a percepção e o conhecimento. * A visão pelos olhos do corpo figura qualquer percepção sensorial, sendo que o que é dito sobre a vista pode ser dito, mutatis mutandis, da audição, do tato, do olfato ou do gosto, estabelecendo assim a "visão" sensível na sua generalidade. * É possível e necessário operar uma (…)