Heidegger deixa claro que não usa a morte ( Tod ) para denotar o evento que encerra a vida do Dasein; o termo reservado para isso é desviver ( ableben, deixar de viver ). Todos os organismos perecem ( verenden ), mas o Dasein perece de uma maneira particular, indicada pelo termo especial “desviver” (demise). Ele desvive em vez de perecer por causa do modo de ser único do Dasein, a saber, a existência, que Heidegger considera distinta do modo de ser dos animais não humanos. Como o Dasein (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Morrer [Tod] e Desviver [Ableben] (Carel)
22 de abril, por Cardoso de Castro -
Caron (2005:104-106) – O si-mesmo é, em si, hermenêutico
19 de abril, por Cardoso de CastroCaron2005
O mais importante na abordagem da origem da subjetividade não é constatar como ela se desdobra e a partir de qual instância, mas ir além dessa própria instância para captar o que torna possível tal comportamento: é preciso retornar à fonte da singularidade dos comportamentos fundamentais da subjetividade e praticar um método de acesso a essa [105] abordagem de retorno que seja ela mesma explicada na estrutura daquilo que está em questão. A orientação da abordagem filosófica deve (…) -
Caron (2005:104) – Descobrir a horizontalidade desse horizonte que todo conhecimento postula consigo mesmo (Caron)
19 de abril, por Cardoso de CastroCaron2005
Em 1922, por exemplo, vemos o desejo muito explícito de estabelecer essa visibilidade, que Husserl afirma ser um princípio impensado da exegese, e a determinação de descobrir o campo de possibilidade de qualquer tentativa de exegese ou interpretação em si mesma: “Toda interpretação tem, dependendo de seu campo de realidade e de sua pretensão de conhecimento, 1) um ponto de vista, mais ou menos expressamente apropriado e fixado, e 2) uma perspectiva subsequente, na qual são (…) -
Caron (2005:100) – O cuidado é a maneira como o eu toma consciência de si
19 de abril, por Cardoso de CastroCaron2005
Heidegger esclarece (SZ:199n) que a primazia dada ao "cuidado" (Sorge) na interpretação da estrutura do eu provém "de suas tentativas para interpretar a antropologia agostiniana—isto é, greco-cristã—em relação aos fundamentos postos na ontologia de Aristóteles". O cuidado é, de fato, a maneira como o eu toma consciência de si mesmo enquanto tendo a si próprio como responsabilidade, ou seja, como sendo capaz de se observar, capacidade cuja origem, para Heidegger, não está no olhar (…) -
Caron (2005:100-102) – Não limitar o eu ao domínio do que está ao alcance do olhar
19 de abril, por Cardoso de CastroCaron2005
Como demonstrado no curso de 1921 sobre Santo Agostinho e o neoplatonismo, e como confirmado por uma nota em Ser e Tempo, que indica uma dupla "influência" de Santo Agostinho e Aristóteles sem mencionar Husserl, Heidegger aprendeu com o que chama em 1926 de "antropologia agostiniana" as exigências pelas quais toda abordagem da essência da subjetividade deve ser tentada, e especialmente a exigência fundamental—sobre a qual repousa todo o seu pensamento e toda a sua interpretação (…) -
A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental (uma análise)
13 de abril, por Cardoso de CastroPARROCHIA, Daniel. La forme des crises: Logique et épistémologie. Seyssel: Champ vallon, 2008.
[…] gostaríamos de demonstrar que Husserl (independentemente da pertinência de seu diagnóstico ou dos erros que possa ter cometido) está plenamente dentro de seu tema, que não poderia estar mais próximo da história do que está, e que A Crise das Ciências Europeias e a Fenomenologia Transcendental é de fato a leitura adequada das questões fundamentais ligadas à ascensão do naturalismo e do (…) -
Valores, segundo Scheler
7 de abril, por Cardoso de CastroBochenski1962
Os objetos intencionais do sentir (intentionale Gegenstände des Fühlens) são ο a priori do emocional: são os valores. O entendimento é cego para eles, mas eles são dados imediatamente ao sentir intencional, como as côres à visão. São a priori.
Scheler leva a cabo uma crítica demolidora, por um lado, de toda espécie de nominalismo axiológico, para o qual os valores nada mais são do que fatos empíricos, e, por outro lado, do formalismo ético. Por esta forma consegue liberar a (…) -
Teoria do conhecimento de Scheler
7 de abril, por Cardoso de CastroBochenski1962
Existem no homem três espécies de saber. A primeira é o saber indutivo das ciências positivas. Baseia-se no instinto de dominação e nunca chega a leis compulsivas. Seu objeto é a realidade. Scheler admite a existência da realidade, mas afirma com Dilthey que um ser puramente cognoscente não teria realidade, porque a realidade é aquilo que opõe resistência a nosso esforço. O choque com essa resistência prova a existência do real.
A segunda espécie de saber é o saber da (…) -
Max Scheler
7 de abril, por Cardoso de CastroBochenski1962
Entre os filósofos que receberam a influência de Husserl, Max Scheler ocupa lugar de destaque, graças a sua originalidade e a seus dotes especulativos. Nascido em Munique, em 1874, foi discípulo de Eucken, ensinou primeiramente nas universidades de lena e de Munique e, desde 1919, na de Colônia. Desta foi chamado para a universidade de Francfort do Meno, onde morreu em 1928, antes de haver dado início a seus cursos.
Scheler era uma personalidade extraordinária, sem dúvida, (…) -
A ideia de fenômeno em Sartre
7 de abril, por Cardoso de CastroJ.-P. Sartre, L’Être et le Néant, Gallimard, 1943, pp. 11-12 et 14. Tr. Paulo Perdigão
VIDE Análise de Florent Gaboriau
Certo é que se eliminou em primeiro lugar esse dualismo que no existente opõe o interior ao exterior. Não há mais um exterior do existente, se por isso entendemos uma pele superficial que dissimulasse ao olhar a verdadeira natureza do objeto. Também não existe, por sua vez, essa verdadeira natureza, caso deva ser a realidade secreta da coisa, que podemos pressentir ou (…)