Mitchell4
[…] A abordagem teórico-científica dos entes, predominante na história da filosofia, apresenta-se como um olhar imparcial sobre o ente, "quando a preocupação se abstém de qualquer tipo de produção, manipulação e coisas semelhantes" (GA 2: 82/SZ 61). Ao se comportar diante dos entes dessa maneira, o ente é compreendido em termos de presença (Vorhandenheit). Mas essa pretensa objetividade dos entes está ela mesma fundada em uma relação pragmática mais primordial, onde já estamos (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Mitchell (Four-Fold) – Coisas
23 de maio, por Cardoso de Castro -
Krell (EC) – O tempo original é finito
20 de maio, por Cardoso de CastroKrellEC “O tempo original é finito.” A finitude do tempo originário é talvez a mais difícil das quatro teses para afirmarmos, já que Heidegger diz tão pouco sobre ela, falhando em demonstrá-la em sua obra de outra forma notavelmente sistemática. Mas como alguém poderia demonstrar tal coisa? E o que significa mesmo finitude? Heidegger não está teorizando sobre o tempo cósmico, o espaço-tempo da astrofísica. Desde o início, ele considera tal teorização como derivada em relação a um tempo (…)
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Krell (EC) – Primado do futuro na temporalidade
20 de maio, por Cardoso de CastroKrellEC “A temporalidade temporaliza originalmente a partir do futuro.” A respeito do primado do futuro, isto é, da prioridade da existencialidade para o Dasein, permitam-me dizer apenas isto. O primado, a prioridade e talvez até mesmo a “aprioridade” da ecstasis do futuro, o Zu-kunft, está implícito na minha capacidade de confrontar minha própria possibilidade; minha existência é caracterizada principalmente pelo Umwillen, o “por minha própria causa”, de tal forma que meu ser é sempre uma (…)
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Krell (EC) – A temporalidade é essencialmente extática
20 de maio, por Cardoso de CastroKrellEC “A temporalidade é essencialmente extática.” Heidegger agora, em SZ 328-29, usa a palavra Ekstasen para designar o que de outra forma chamaríamos de forma fraca de "dimensões" da temporalidade humana:
Futuro, ter-sido e presente exibem as características fenomenais do "vir-para", "voltar-sobre" e "permitir ser confrontado por" ["Auf-sich-zu", "Zurück auf", "Begegnenlassen von"]. Os fenômenos do para, sobre e com [ou ao lado: bei] revelam a temporalidade como o έκστατικόν sem (…) -
Krell (EC) – Estrutura do cuidado
20 de maio, por Cardoso de CastroKrellEC “O tempo é originalmente a temporalização da temporalidade [die Zeitigung der Zeitlichkeit], que torna possível a constituição da estrutura do cuidado.” A descoberta da estrutura do cuidado é o resultado de toda a primeira divisão de Ser e Tempo. A palavra Sorge abrange todos os aspectos da existência humana, todas as suas ações e omissões. Formalmente definido, o cuidado é “estar à frente de si mesmo já em (um mundo) como estar ao lado de (entes encontrados no mundo)” (SZ 327). Nas (…)
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May (HS) – Clareira [Lichtung]
20 de maio, por Cardoso de CastroMayHS
[…] Desde Ser e Tempo, ele [Heidegger] usa em contextos apropriados a palavra "clareira" [Lichtung] em suas elucidações sobre Ser e Nada. Uma seleção de seis textos relevantes ajudará a esclarecer seu uso desse termo-chave. Seu objetivo é obviamente apresentar uma questão que desempenha um papel em conexão com a palavra "nada" no pensamento chinês antigo, mas em uma constelação pictográfica, cujo significado dificilmente é mais pensado hoje em dia.
No que diz respeito a Ser e (…) -
May (HS) – A problemática da coisa
20 de maio, por Cardoso de CastroMayHS
Uma situação semelhante parece ocorrer em relação à compreensão e apresentação de Heidegger sobre a problemática da coisa, que ele aborda em vários textos diferentes. Uma comparação textual revela uma semelhança entre os padrões de frases que Heidegger emprega para caracterizar o Ser em Ser e Tempo e a caracterização da coisa no chamado "curso sobre a coisa" de 1935–1936 (GA41). Na tradição filosófica ocidental, as coisas (no sentido mais estrito) são entendidas como todas os entes (…) -
May (HS) – O topos ‘Nada’ [das Nichts]
20 de maio, por Cardoso de CastroMayHS
Para perseguir a suposição de correspondências adicionais entre o pensamento de Heidegger e as ideias taoistas, voltamo-nos para três tópicos centrais [Topoi] que são encontrados repetidamente em sua obra. Nossa primeira preocupação é com o topos ‘Nada’ [das Nichts], que percorre significativamente [wegweisend] a obra de Heidegger como um fio vermelho e, em última análise, se distingue de tudo o que foi pensado e dito na filosofia ocidental sobre o tema do Nada.
Traçaremos as (…) -
Vive-se (Gadamer)
19 de maio, por Cardoso de CastroHans-Georg Gadamer, Philosophical Apprenticeships, trans. R. R. Sullivan (1987). Cambridge, Mass.: The MIT Press, p. 10.
Heidegger disse: “Comporto-me” — isso está contido no sentido da experiência? … o que é decisivo é que uma simples inspeção não descobre nada parecido com um ‘eu’. O que vejo é apenas que “vive-se” [es lebt], além disso, que se vive em direção a algo, que se é direcionado para algo por meio de questionamentos, algo que é em si questionável… Não encontro nada parecido com (…) -
Nada, o digno de ser questionado (Morillas)
19 de maio, por Cardoso de CastroMorillas2003