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Caron (2005:104) – Descobrir a horizontalidade desse horizonte que todo conhecimento postula consigo mesmo (Caron)

sábado 19 de abril de 2025, por Cardoso de Castro

Caron2005  

Em 1922, por exemplo, vemos o desejo muito explícito de estabelecer essa visibilidade, que Husserl   afirma ser um princípio impensado da exegese, e a determinação de descobrir o campo de possibilidade de qualquer tentativa de exegese ou interpretação em si mesma: “Toda interpretação tem, dependendo de seu campo de realidade e de sua pretensão de conhecimento, 1) um ponto de vista, mais ou menos expressamente apropriado e fixado, e 2) uma perspectiva subsequente, na qual são determinados o “na medida em que” de acordo com o qual o objeto a ser interpretado é apreendido antecipadamente e o “na direção do que” em relação ao qual ele deve ser explicado, 3) um horizonte definido pelo ponto de vista e pela orientação do olhar ; é dentro desse horizonte que toda interpretação se move, com sua pretensão específica de objetividade” [1], e é, portanto, a partir da horizontalidade do horizonte, de seu próprio ser ou da possibilidade de seu “como” que devemos buscar a raiz. Heidegger assume o papel de descobrir a horizontalidade desse horizonte que todo conhecimento como tal postula consigo mesmo, a essência dessa posição de significado inerente a todo conhecimento, em suma, a possibilidade de todo ato hermenêutico como tal.

 


[1GA61/IPA, p.. 17