A liberdade humana já se manifesta na reflexividade do Eu, nessa estrutura complexa da consciência, particularmente emaranhada. No olhar “abstrato” da análise da consciência, tocamos um terreno problemático mais profundo, cuja compreensão “fenomenológica” parece muito duvidosa. Sem dúvida, o Eu pode ser descrito de certa forma, pode ser fixado pela descrição como o “pólo” de todos os atos, de todas as experiências intencionais, como o centro de onde partem os múltiplos raios de atos para se (…)
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Fink / Eugen Fink
EUGEN FINK (1905-1975)
Obra na Internet: Internet Archive; Library Genesis
FINK, Eugen. Studien zur Phänomenologie 1930-1939. The Hague: Martinus Nijhoff, 1966a
FINK, Eugen. Le jeu comme symbole du monde. Tr. Hans Hildenbrand & Alex Lindenberg. Paris: Minuit, 1966b
FINK, Eugen. De la phénoménologie. Traduit de l’allemand par Didier Franck
Franck
Didier Franck
FRANCK, Didier (1947)
. Paris: Minuit, 1974
FINK, Eugen. A Filosofia de Nietzsche
Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
. Tr. Joaquim Lourenço Duarte Peixoto. Lisboa: Presença, 1988
FINK, Eugen. La Filosofía de Nietzsche
Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
. Tr. Andrés Sánchez Pascual. Madrid: Alianza, 2000
FINK, Eugen. Sixième Meditation Cartésienne. Tr. Nathalie Depraz
Depraz
Natalie Depraz
DEPRAZ, Natalie.
. Grenoble: Jérôme Millon, 1994a
FINK, Eugen. Proximité et distance. Tr. Jean Kessler. Grenoble: Jérôme Millon, 1994b
FINK, Eugen Fink. Grundphänomene des menschlichen Daseins (Fenómenos fundamentales de la existencia humana), Edit. Karl Alber, Friburgo, Alemania, 1995. Traducción de Cristóbal Holzapfel, con la asesoría de Diego Sanhueza, Miguel Pefaur, Edgar Barkenmeyer, Carlos Calvo y Gonzalo Parra.
FINK, Eugen. Autres rédactions des Méditations cartésiennes. Traduit de l’allemand par Françoise Dastur
Dastur
Françoise Dastur
DASTUR, Françoise (1942)
et Anne Montavont. Grenoble: Jérôme Millon, 1998
FINK, Eugen. A FILOSOFIA DE NIETZSCHE
Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
. Tr. Joaquim Lourenço Duarte Peixoto. Lisboa: Presença
FINK, E. Play as symbol of the world and other writings. Tr. Ian Alexander Moore; Christopher Turner. Bloomington: Indiana University Press, 2016
Matérias
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Fink (1990) – Reflexões fenomenológicas sobre a teoria do sujeito (2)
31 de outubro, por Cardoso de Castro -
Fink (1994:190-194) – o fenômeno
28 de outubro, por Cardoso de CastroO fenômeno não é, antes de mais, um conceito de gênero ou de espécie que definiria um domínio de coisas, uma região determinada do ser. Não há fenômenos como há matéria inerte e seres vivos. Além disso, não há fenômenos isolados nem vários fenômenos agrupados, estando as aparições singulares e os grupos de aparições sempre incluídos numa conexão mais abrangente de aparições. Surge a paisagem e, sobre ela, o vasto céu, com o trajeto do sol e das estrelas, a claridade do dia que tudo articula (…)
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Schnell (2004) – Fenômeno e construção (Fink)
3 de novembro, por Cardoso de CastroFink também considera que a fenomenalidade não pode ser tratada sem recorrer a um certo fundamento ontológico do fenômeno. No entanto, ele trilha uma via diversa da de Heidegger porque permanece fiel, em certa medida, à acepção husserliana do fenômeno. A fim de apreender sua contribuição para a compreensão do estatuto do fenômeno em geral, cumpre agora explicar o sentido da “construção” que Fink reivindica para uma fenomenologia radical, isto é, para uma fenomenologia da origem. Para isso, (…)
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Fink (1994:189-206) – Fenomenologia e dialética
27 de outubro, por Cardoso de Castro1. A problematização da relação entre fenomenologia e dialética como direções filosóficas e métodos de reflexão, transcendendo suas representações correntes. - A caracterização da fenomenologia como um movimento de reforma fundado por Edmund Husserl, que se opõe ao positivismo e aos sistemas filosóficos fechados através de um retorno radical à "própria coisa concreta". - A constatação da unidade inicial e da subsequente desunião dos fenomenólogos quanto ao objeto e ao método (…)
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Fink (1990) – Reflexões fenomenológicas sobre a teoria do sujeito (3)
31 de outubro, por Cardoso de CastroAo dizer “eu” (Ich-Sagen), estou consciente de mim mesmo. A autoconsciência possui a estrutura de um “saber” surpreendente, de tal forma que, na realidade, não é possível separar nela o saber e o conteúdo da consciência. O Eu não “é” previamente e não alcança intermitentemente um conhecimento de si mesmo. Ele só existe no conhecimento de si mesmo e como conhecimento de si mesmo. Ele só existe como certeza de si mesmo. Isso pode parecer confuso à primeira vista, pois todos vivem com a ideia (…)
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Fink (1977) – A filosofia de Nietzsche por trás das máscaras.
3 de novembro, por Cardoso de Castro* Friedrich Nietzsche é concebido como uma das figuras monumentais do destino da história do espírito ocidental, um homem do destino que exige decisões extremas e se apresenta como um terrível ponto de interrogação no caminho percorrido até então pelo homem europeu, caminho esse determinado pela herança da Antiguidade e de dois mil anos de Cristianismo. * Nietzsche representa a suspeita de que esse percurso tenha sido um caminho errado, uma indicação de que o homem se perdeu, sendo (…)
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Depraz (1994:17-20) – Eugen Fink
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Fink refletiu principalmente sobre a questão da origem do mundo, que lhe parecia ser a questão fenomenológica fundamental. Embora a sua interrogação ontológica estivesse inicialmente na linha da de Heidegger, Fink desenvolveu uma abordagem original: o seu objetivo mais radical era redescobrir o mundo na sua imediatez original, relativizando assim a questão do ser em relação à do mundo. A abordagem de Heidegger, pelo contrário, que tematiza o esquecimento do ser na metafísica, (…) -
Fink (1994:221-230) – Relação ao mundo e compreensão do ser
27 de outubro, por Cardoso de Castro* A definição do conceito de "compreensão do ser" como um conjunto que engloba conceitos claros e imprecisos, representações gerais, imagens de pensamento e modelos ontológicos. * A enumeração dos elementos pressupostos na experiência: "as estruturas das coisas, a construção dos objetos de conhecimento, o ser-singular e o ser-geral do ente no mundo, a relação da ’essência’ e do ’fato’, da essência e da aparência, as diferenças entre o fato de ser e o ser-verdadeiro, entre o (…)
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Fink (1994:129-145) – mundo e história
27 de outubro, por Cardoso de CastroI. A problematização da relação entre os termos "mundo" e "história" e a necessidade de superar as discussões metodológicas tradicionais para formular a questão simples, porém não ingênua, sobre a essência do histórico. - A indeterminação conceitual do termo "o histórico" e a recusa de uma definição precipitada, abrindo espaço para uma investigação fenomenológica. - O questionamento sobre o que constitui o modelo para a pergunta pelo "histórico", interrogando se se trata de uma (…)
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Fink (1994:246-265) – Redução fenomenológica de Husserl
27 de outubro, por Cardoso de CastroA honra e o privilégio de discorrer sobre o pensamento de Edmund Husserl no local onde sua obra é preservada e estudada com honestidade, salvaguardada para edição e progressivamente liberada em suas energias espirituais ainda latentes. - A reflexão sobre a filosofia como uma realização do espírito humano particularmente ameaçada pelo perigo de se petrificar em sua forma de expressão, perecendo ao se tornar documento, contraposta à afirmação hegeliana de que "a força do espírito é (…)
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Fink (1966b:74-78) – a seriedade da vida e o jogo
29 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque traduzido
[…] Na maioria das vezes sabemos que a vida humana tem sentido. O indivíduo não sabe claramente para onde tende sua vontade de viver mais íntima, mas sabe que ela tende para alguma coisa, que uma aspiração atua dentro dele. Cada homem é um projeto vital; cada homem dá um tom único à antiga e eterna melodia da existência. O projeto vital do indivíduo não lhe é revelado com clareza, sua meta interior não se apresenta aos seus olhos sem máscara; a maioria busca seu caminho (…) -
Fink (1966b:44-47) – homem em dois mundos
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Conhecemos em inúmeras versões essa interpretação da natureza humana que determina a face do homem na metafísica ocidental: ela não faz uso da diferença fundamental entre o mundo sensível e o mundo do espírito? , entre o mundus sensibilis e o mundus intelligibilis e não localiza o homem na fronteira que separa os dois “mundos”? A interpretação metafísica do homem o torna uma natureza dilacerada, perpetuamente inquieta por causa de sua própria dilaceração; uma natureza que é ao (…) -
Fink (1990) – Reflexões fenomenológicas sobre a teoria do sujeito (1)
31 de outubro, por Cardoso de CastroTrecho de um curso do semestre de inverno de 1951-52 na Universidade de Friburgo, intitulado “Filosofia da Educação”. O curso tinha duração de 24 horas e era dividido em quatro partes:
— I. Ponto de partida de uma filosofia da educação
— II. A natureza em nós
— III. A liberdade do homem
— IV. Olhar sobre a mundanidade do homem.
O texto a seguir provém da terceira parte, horas 14 a 16 do curso, e foi ligeiramente modificado em alguns pontos. A paginação entre colchetes (…) -
Fink (1995) – a existência humana
3 de junho de 2023, por Cardoso de CastroEugen Fink, Grundphänomene des menschlichen Daseins (Fenómenos fundamentales de la existencia humana), Edit. Karl Alber, Friburgo, Alemania, 1995. Traducción de Cristóbal Holzapfel, con la asesoría de Diego Sanhueza, Miguel Pefaur, Edgar Barkenmeyer, Carlos Calvo y Gonzalo Parra.
La existencia humana — nosotros mismos la somos, decíamos; no es un tema que tengamos enfrente. Estamos en la existencia. Es lo más conocido de todo lo conocido. Pero en tanto esto conocido, no se presenta junto (…) -
Fink (1966b:228-230) – O homem sempre escolhe a si próprio
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
[…] O homem realiza-se escolhendo-se a si próprio de muitas maneiras diferentes ao longo da sua vida: sempre que escolhe, acaba por escolher apenas a si próprio. Nas decisões da sua liberdade, ele determina a sua individualidade. Ignoramos aqui o fato de a ação da liberdade humana pressupor uma base que não pode ser escolhida, que é, por assim dizer, irrigada pela herança que nos foi legada pela natureza e que temos de aceitar. De fato, não podemos entrar em disputa com a natureza (…) -
Fink (1966b:55-58) – ser-no-mundo
29 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução destaque
O ser-no-mundo do homem não é, ao contrário do que se pensa, uma "constituição ontológica" que lhe pertença e o caracterize do mesmo modo que a solidez e o peso pertencem e caracterizam a pedra; por conseguinte, não pode ser concebido, de pronto, em termos de um ser subsistente por si do homem. O homem é, pelo contrário, o ser intramundano que se ocupa do mundo, que é apanhado e habitado pelo pensamento da imensidão. A existência humana é um ser-no-mundo compreendedor (…) -
Schérer (1971:76-85) – La communication, problème transcendantal
14 de outubro de 2010, por Cardoso de CastroLa pleine concrétisation de l’intersubjectivité transcendantale naît donc sur la base de la subjectivité égologique.
Gardons-nous d’un contre-sens de principe qui consisterait à prendre pour fil conducteur des analyses phénoménologiques une « démonstration » ou une « déduction » de l’existence de l’autre. Et même de limiter ces analyses à la description des liens qui nous rattachent intentionnellement aux autres. Cette description, et la constitution de l’autre, interviennent dans le (…) -
Fink (1966b:232-234) – uma metáfora cósmica para compreensão do mundo?
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Como é que o mundo pode se mostrar numa coisa? É claro que temos de nos ater à impossibilidade de comparar o mundo e a coisa e, sobretudo, temos de evitar pensar no mundo como algo gigantesco e de enorme poder, algo que seria como a montanha em relação às suas rochas ou o mar em relação às gotas de água. A rocha inclui também a natureza rochosa de toda a montanha; a gota, a natureza aquática de todo o mar. A coisa finita não é uma partícula do mundo que está na mesma relação com o (…) -
Fink (1966b:9-12) – objetos dignos da filosofia
29 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque traduzido
[…] Mas quando o pensamento filosófico desperta, não assume, como algo indiscutível, a hierarquia da interpretação mítica do universo. Os deuses, a terra e o mar, os homens, os animais, as plantas e os objectos artificiais fabricados pelo homem, tudo isso se confunde; cada uma dessas coisas é um ente. Todas as diferenças de poder têm em comum este traço fundamental que se encontra por toda parte. O deus radiante que, como Phoebus Apollo, ilumina o universo e o preenche (…) -
Fink (1966a:158-161) – alegoria da caverna
3 de junho de 2023, por Cardoso de CastroPara una interpretación fenomenológica, la caverna viene a ser la imagen de la permanente situación del hombre en el mundo. Siempre nos hallamos atados hasta la inmovilidad por la fascinación de una potente tradición de “prejuicios” que nos mantienen de espaldas a lo realmente existente y nos vuelven hacia el mundo de las “sombras", las de nosotros mismos y de las cosas.
Raúl Iturrino Montes
Pero la situación paradójica de la filosofía fenomenología de Husserl se deja simbolizar por (…)
Notas
- Fink (1966b:227-228) – essência do jogo
- Fink (1966b:230-231) – relação entre o homem e o mundo
- Fink (1966b:231-232) – a atividade lúdica
- Fink (1966b:235) – O mundo é sem razão
- Fink (1966b:236) – o homem joga porque é "mundano"
- Fink (1966b:40-41) – a linguagem tem o ente humano?
- Fink (1966b:59-60) – Todas as coisas estão no mundo, assim o homem
- Fink (1966b:60-62) – tudo em relação e delimitação mútuas
- Fink (1966b:62-63) – o "curso do mundo"
- Fink (1966b:7-8) – o jogo como objeto da filosofia
- Fink (1966b:70-71) – real e irreal
- Fink (1966b:72-73) – imaginação
- Fink (1966b:73-74) – todas as atividades são reais
- Fink (1977:1) – a filosofia de um modo filosofante
- Fink (1988:77) – Nietzsche e a metáfora do jogo
- Fink (1994:140-144) – mundo e história em Heidegger
- Fink (1994:144-145) – mundo e história
- Fink (1994:194-196) – o ente
- Fink (1994:200-202) – onde e quando tem lugar o aparecer?
- Fink (1994b:126) – pensar
- Fink (1994b:197-198) – ser-em-si e ser-para-si
- Fink (1994b:198-199) – ser-para-si
- Fink (1994b:199-200) – o ente que aparece na técnica
- Fink (1994b:199-200) – o ente revestido de linguagem
- Fink (1994b:202-203) – fenomenologia e dialética
- Fink (1994b:203-204) – o conceito de "aparência"
- Fink (1994b:204-206) – a dialética do ser, da existência e do mundo
- Fink (2016:1.1) – O jogo do mundo não é um fenômeno
- Franck (1974) – l’idée phénoménologique de fondation
- GA15:127-129 – sujeito-objeto
- Fink: Proximidade e distância