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Dastur / Françoise Dastur
DASTUR, Françoise (1942)
Obra na Internet: Internet Archive; Library Genesis
- DASTUR, Françoise. Heidegger et la question du temps. Paris: PUF, 1990
- DASTUR, Françoise. "Le concept de monde chez Heidegger après Être et temps", in Natalie Depraz (ed.). Monde(s). Fontenay-aux-Roses: Éd. Alter, 1998.
- Heidegger and the Question of Time. Tr. Francois Raffoul and David Pettigrew. New York: Humanity Books, 1999
- A Morte. Rio de Janeiro:DIFEL, 2002
- Heidegger y la cuestión del tiempo. Tr. Lisabeth V. Ruiz Moreno. Buenos Aires: Del Signo, 2006.
- Questions of Phenomenology: Language, Alterity, Temporality, Finitude. Robert Vallier. New York: Fordham University Press, 2017
- Figures du néant et de la négation entre Orient et Occident. Paris: Encre marine-les Belles lettres, 2018.
Matérias
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Dastur (2015:110-115) – Boss e Binswanger
7 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castro
A diferença entre Binswanger e Boss aparece com isso que se poderia chamar de querela dos existenciais, e que apresenta um duplo aspecto: a caracterização heideggeriana do Dasein como ser-no-mundo e a possibilidade ou impossibilidade de completar a analítica existencial. De fato, Boss condena Binswanger por definir o Dasein unicamente a partir de seu ser-no-mundo e, ao mesmo tempo, por não compreender o pensamento de Heidegger. Sem dúvida, a caracterização do Dasein como ser-no-mundo não é (…)
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Dastur (2017) – distinção entre motivação e causalidade
24 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Um dos pontos em que Heidegger insiste nos seminários [GA89] diz respeito à distinção entre motivação e causalidade, retomando assim um tema fundamental da fenomenologia husserliana. Se a causalidade é atuante (bewirkende) e constrangedora (zwingende), a motivação é, pelo contrário, determinante (bestimmende) e livre (freie) (GA89:ZS, 22). O que caracteriza o motivo, diz Heidegger, é que “me move” (mich bewegt), que “se dirige aos entes humanos” (dem Menschen anspricht), ou melhor, “tenta” (…)
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Dastur (2017) – método fenomenológico para psicoterapia
23 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Numa entrevista a Boss de setembro de 1968 (isto é, do período em que Boss estava a elaborar o livro que acabamos de citar , com a ajuda de Heidegger), Heidegger afirma que “o método de investigação apropriado ao Dasein não é em si mesmo fenomenológico, mas depende e é guiado pela fenomenologia no sentido da hermenêutica do Dasein.” A descrição de fenômenos ônticos, tais como comportamentos patológicos factuais, só é possível à luz dos fenômenos ontológicos — isto é, os existenciais do (…)
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Dastur (2017) – o humano é o guardião a clareira e do Ereignis
24 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Ora, o que caracteriza o Dasein, o que constitui a sua Grundbestimmung (não só a sua determinação fundamental, mas também o seu fundamental ser-em-concordância e destino), é estar aberto ao apelo, à reivindicação, à morada da presença: “Grundbestimmung des Daseins: Offen für den Anspruch der Anwesenheit” (GA89:ZS, 217). Uma tal abertura, Offenheit, caracteriza este domínio onde não prevalece nenhuma prova, o domínio de uma liberdade que deve ser entendida como “ser-livre e ser-aberto a uma (…)
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Dastur (2015:81-86) – Binswanger e Heidegger
7 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castro
Binswanger, a despeito de algumas afirmações imprudentes, não desconhece a diferença entre o nível ontológico das análises heideggerianas e o nível propriamente antropológico onde ele situa as suas. Sua oposição fundamental a Heidegger advém, como ele mesmo explica, do fato de que ele fala “não do Dasein enquanto a cada vez meu, teu ou seu, mas do Dasein humano em geral, ou do Dasein como “humanidade”. Eis aí o núcleo da questão. É exatamente isso que Binswanger considera como o ponto de (…)
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Dastur (2018) – Heidegger e o pensamento não grego
24 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Considerando que Husserl não hesitou, na carta que escreveu em março de 1935 a Lucien Lévy-Bruhl, depois de ter lido A Mitologia Primitiva, livro que este acabara de publicar, em sublinhar o facto de os primitivos serem “sem história” (geschichtslos) e sem qualquer relação com o tempo, pelo que vivem em sociedades “estagnadas” e fechadas sobre si mesmas , Heidegger distingue entre história como realidade (Geschichte ) e história como discurso (Historie ) e sublinha o facto de o fundamento da (…)
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Dastur (2015:94-96) – Binswanger e Husserl
7 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castro
A co-apresentação de si mesmo ou do alter ego se funda, então, na estrutura temporal fundamental que conjuga retenção e protenção. Consequentemente, é ela que é preciso inicialmente elucidar. Ainda que Binswanger se baseie, sobretudo, na obra de Szilazi, Introduction à la phénoménologie de Edmund Husserl (Introdução à fenomenologia de Edmund Husserl), um livro de 1959, um livro [94] que trata desse assunto, ele aponta para as Leçons sur la phénoménologie de la conscience intime du temps (…)