Por má consciência se entenderá a consciência da culpa e esta como o remorso, à medida que remorso seja compreendido como o sentimento, insistentemente reiterativo, de reprovação e de recusa em si mesmo (auto-acusação) do feito como o que foi “mal feito” ou como o que “não devia ser ou ter sido feito”. Mas como realmente se estrutura tudo isso?
[173] Ser culpado é ser responsável, ser o autor ou a causa de um ato, de uma “coisa” ou de um “algo” feito, praticado. Assim, culpa diz o mesmo (…)
Página inicial > Palavras-chave > Temas > Gewissen / Bewusstsein / Bewußtsein …
Gewissen / Bewusstsein / Bewußtsein …
Gewissen / conscience / consciência / conciencia/ consciencia / Bewusstsein / Bewußtsein / consciencidade / consciousness / Selbstbewußtsein / Selbstbewusstsein / consciência de si / autoconciencia / self-consciousness / Gewissen-haben / Gewissen-haben-wollen / avoir-conscience / vouloir-avoir-conscience / Unbewusstsein / Unbewußtsein
GEWISSEN E DERIVADOS
bewußt (Adj.): GA1 GA2 GA3 GA4 GA5 GA6T1 GA6T2 GA7 GA9 GA10 GA13 GA14 GA15 GA16 GA17 GA18 GA19 GA20 GA21 GA22 GA23 GA24 GA25 GA26 GA27 GA28 GA29-30 GA31 GA32 GA33 GA34 GA35 GA36-37 GA38 GA39 GA40 GA41 GA42 GA43 GA44 GA45 GA46 GA47 GA48 GA49 GA50 GA54 GA55 GA56-57 GA58 GA59 GA60 GA61 GA65 GA66 GA67 GA68 GA69 GA76 GA77 GA78 GA85 GA86 GA87 GA88 GA89 GA90
Bewußthaben, das: GA6T2 GA29-30 GA35 GA36-37 GA46 GA56-57 GA59 GA66 GA67 GA68 GA85 GA86 GA88
Bewußtsein, das: GA1 GA2 GA3 GA5 GA6T1 GA6T2 GA7 GA8 GA9 GA10 GA11 GA13 GA14 GA15 GA16 GA17 GA18 GA19 GA20 GA21 GA22 GA23 GA24 GA25 GA26 GA27 GA28 GA29-30 GA31 GA32 GA35 GA36-37 GA38 GA39 GA40 GA41 GA42 GA43 GA44 GA45 GA46 GA47 GA48 GA49 GA50 GA51 GA52 GA53 GA54 GA55 GA56-57 GA58 GA59 GA60 GA61 GA62 GA64 GA65 GA66 GA67 GA68 GA69 GA70 GA71 GA74 GA76 GA77 GA78 GA79 GA81 GA85 GA86 GA87 GA88 GA89 GA90
Bewußtsein von etwas, das: GA9 GA15 GA17 GA20 GA2 1 GA24 GA38 GA41 GA58 GA68 GA86 GA89
„Bewußtsein zum Selbstbewußtsein“: GA32 GA49 GA85 GA86
Bewußtseinsgegenstand, der: GA1 GA8 GA55 GA68
bewußtseinsmäßig (Adj.): GA1 GA2 GA5 GA15 GA17 GA19 GA20 GA23 GA32 GA38 GA46 GA53 GA55 GA56-57 GA60 GA62 GA66 GA71 GA86 GA88
Bewußtseinsunterschied, der: GA20 GA68
Bewußtseyn, das: GA5 GA8 GA10 GA27 GA39 GA53 GA68 GA86
Unbewußtsein, das: GA29-30
Matérias
-
Fogel (2005:172-174) – má consciência
24 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Edith Stein (2000:II § 1) – consciência e senciência
4 de março de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
As determinações de uma realidade, os seus estados e propriedades, manifestam-se como conteúdos imanentes nos sentimentos de vida — tal como nos dados extra-egóicos. A cor de uma coisa manifesta-se nas sensações de cor como o seu estado ótico momentâneo e, por sua vez, esses estados manifestam a propriedade ótica duradoura. Da mesma forma, uma determinação momentânea do meu ego — o seu estatuto de vida — manifesta-se no sentimento de vida e, por sua vez, tais determinações (…) -
Patocka (2015:C3) – mundo não dado como reunião de coisas
12 de junho de 2023, por Cardoso de Castro1) El mundo no está dado primariamente como una reunión de cosas. No está dado, pues, en el modo de la conciencia que intiende y a la cual se dan los seres individuales y las totalidades que forman. Existe, antes bien, una conciencia más originaria de los todos y del todo más abarcador, omniabarcador: una conciencia del mundo. Es preciso analizar este modo especial de conciencia, así como el origen del correlato de significado que lleva aparejado: sólo así se dilucidará el significado (…)
-
Arendt (LM:182-187) o conceito de Eu em Heidegger
2 de maio de 2017, por Cardoso de CastroHelena Martins
Finalmente, há o conceito de Eu, e é este o conceito cuja mudança na "reviravolta" é a mais inesperada e também a que tem maiores consequências. Em Ser e Tempo, o termo "Eu" é "a resposta para a questão Quem [é o homem] ?", em oposição à questão "O que ele é "; o Eu é o termo para a existência do homem em oposição a qualquer qualidade que ele possa ter. Essa existência, o "autêntico ser um Eu", é extraída polemicamente do "Eles". ("Mit dem Ausdruck ’Selbst’ antworten wir auf (…) -
Gadamer: Reflection and Self-consciousness
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtract p. 277-279, translated by Peter Adamson and David Vessey, from Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000
Thus the structure of reflexivity returned to center stage in philosophy. “Reflection” and “reflexivity” are etymologically derived from the Latin expression reflexio, a familiar term in optics and mirroring. It could not have developed to its newer meaning, its natural meaning for us, before the emergence of the scholastic sciences. Originally it referred merely to the (…) -
Raffoul (2010:247-249) – Dasein como chamado e resposta ao ser
28 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroDo “interrogado” na questão do ser em Ser e Tempo, o Dasein passa a ser cada vez mais descrito nas obras posteriores de Heidegger como o “chamado” que, como tal, tem de responder pela própria abertura e dação do ser. A resposta ao chamado passa a ser repensada como pertencimento ao chamado e, por fim, como correspondência ao ser. Na palestra “O que é Filosofia?” [GA11], por exemplo, Heidegger se refere a (“responder”) e (“corresponder”), de modo a indicar que a resposta ao chamado (…)
-
Henry (1985:6-7) – o conceito de consciência em Descartes
19 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroRodrigo Vieira Marques
Quando, pois, o conceito de inconsciente apareceu no pensamento moderno? Ao mesmo tempo em que o de consciência e como sua exata consequência. Descartes foi o responsável por ter introduzido o conceito de consciência com o sentido que tem para nós – não mais o de consciência moral, o qual se referia ao modo de julgar do homem e à sua dignidade, ao modo de avaliar o seu lugar na escala dos seres e no cosmos. O homem era, então, apenas uma realidade da qual importava (…) -
Schérer (1971:125-128) – Les concepts psychanalytiques
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroIl reste que le nous que vise la théorie de Binswanger, n’est pas d’abord essentiellement ce nous idéalisé mais, plus profondément la « possibilité d’ouverture » se trouvant dans le moi lui-même et permettant les phénomènes d’identification (ou de transfert dans la pratique psychanalytique).
Ce sont les concepts de l’inconscient, indiquant en tout individu une présence qui échappe au moi et qui, tout en appartenant au destin individuel ne se laisse plus enfermer dans l’instance (…) -
Schérer (1971:49-64) – Généralités sur la communication
12 de junho de 2009, por Cardoso de CastroEntre l’opposition philosophique à une vision historique du monde, l’affirmation d’un domaine universel de la vérité objective d’une part, et celle d’une co-subjectivité ou intersubjectivité actuelle d’autre part, il y a donc un lien commun, qui peut servir de fil directeur à une compréhension d’ensemble de la conception husserlienne.
En abordant la phénoménologie, nous ne quittons pas tout d’abord le terrain d’une théorie de la connaissance; le problème posé à la réflexion reste toujours (…) -
Tugendhat (1986:26-28) – autoconsciência?
11 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro[…] espero elucidar os fenômenos da autoconsciência por meio de uma interpretação de Wittgenstein, Heidegger e Mead. Se os modelos ontológicos e epistemológicos empregados pela teoria tradicional da autoconsciência se mostrarem insustentáveis, obviamente devemos começar com os filósofos modernos que tentaram romper com esse aparato categorial tradicional, ou seja, o foco na representação de objetos e na relação correlativa sujeito-objeto, e o foco em ver e perceber. De maneiras diferentes, (…)
-
Ricoeur (1990/1991:405-407) – o apelo da consciência
2 de julho de 2023, por Cardoso de CastroNisso tudo, a crítica de Heidegger do sentido comum encontra-se manifestamente próxima da Genealogia da moral de Nietzsche. Como consequência, são rejeitados em bloco o ponto de vista deontológico de Kant, a teoria scheleriana dos valores e, no mesmo movimento, a função crítica da consciência. Tudo isso fica na dimensão da preocupação, a que falta o fenômeno central, o apelo às possibilidades mais apropriadas.
Lucy Moreira Cesar
Esse arrancamento da consciência à falsa alternativa da (…) -
Depraz (2001:5-6) – ser/estar consciente
5 de junho de 2023, por Cardoso de CastroSur un mode structurel, ce sont les actes de la conscience qui définissent chacun à leur manière mon rapport au monde.
Être conscient de ce qui nous entoure ou avoir conscience de soi-même inclut de façon générale une forme, même implicite, de rapport à soi, qui peut s’éprouver, soit dans l’ordre de la connaissance, soit sur le plan de l’éthique. Or, l’expérience de cet être-conscient, de cet avoir-conscience, ou encore de ce devenir-conscient n’est aucunement l’apanage des philosophes, (…) -
Raffoul (2020:310-311) – responsabilidade com o acontecimento
28 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroCom relação a essa responsabilidade ética para com o acontecimento e sua inadequação, menciono brevemente aqui a compreensão de Heidegger sobre a ética como uma ética do acontecimento e do segredo. Heidegger fala, de fato, de uma “reivindicação do acontecimento” sobre o ser humano, abrindo para uma responsabilidade que não deve ser tomada em um sentido moral “mas, sim, com relação ao acontecimento e como relacionada à resposta” (Die “Verantwortung” ist hier nicht “moralisch” gemeint, sondern (…)
-
Husserl – O ser absoluto da consciência
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA existência de um mundo é o correlato de um certo diverso da experiência que se distingue por certas configurações eidéticas. Mas nenhuma evidência exige que as experiências atuais só possam desenrolar-se se apresentarem tais formas de encadeamento; se se consulta puramente a essência da percepção em geral e a das outras espécies de intuições empíricas que cooperam na percepção, nada de semelhante pode daí concluir-se. Pelo contrário, é perfeitamente pensável que a experiência se dissipa em (…)
-
Marion (1989:124-129) – Heidegger confrontando Husserl sobre Descartes
23 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroAssim, no verão de 1925, Prolegômenos à história do conceito de tempo [GA20] tenta uma "crítica imanente da pesquisa fenomenológica", examinando como ela determina a consciência pura. Em outras palavras, "A questão será para nós [sc. Heidegger]: nessa elaboração do campo temático da fenomenologia que é a intencionalidade [sc. de Husserl], a questão sobre o ser dessa região, sobre o ser da consciência, é construída (gestellt), ou seja, o que significa aqui em geral ser, quando dizemos que a (…)
-
Cerbone – Husserl e a desanalogia entre tipos de coisas
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroPodemos encontrar em Husserl uma outra linha de argumento que desafia a viabilidade de uma descrição científica natural da consciência e, desse modo, depõe contra o naturalismo como uma perspectiva filosófica adequada. Esse argumento origina o que Husserl considera ser uma desanalogia entre os tipos de coisas com as quais as ciências naturais se ocupam e os tipos de coisas em que consiste a consciência. Considere primeiro o domínio das ciências naturais. Aqui, temos, dentre outras coisas, o (…)
-
Raffoul (1998:140-141) – consciência e Dasein
29 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroA consciência só é possível com base no aí, como um modo derivado dele. A partir daqui, deve-se entender o passo histórico que é dado em Ser e Tempo, que parte do em oposição à consciência. (GA15, 205/H 126)
O Dasein em seu próprio ser (transcendência) já está fora, entre outros entes, e isto implica sempre com seu próprio si [immer bei ihm selbst]. (GA24, 427/301; grifo nosso)
Em 1946, ao reconsiderar a “base” de seu “desenvolvimento filosófico”, Heidegger designa a ruptura com base na (…) -
Luijpen (1973:88-91) – A consciência pré-reflexiva e o "irrefletido"
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroAgora aparece com clareza a diferença entre as duas formas de "saber", de que acima falamos. Existe uma consciência implícita, não-expressa, não-temática, não-tética, não-reflexiva, que consiste na simples presença a meu existir. Chama-se "consciência-conta", "consciência-prazer", "consciência-amor", "consciência-percepção", "consciência-ação", e assim por diante, sem ser a consciência de contar, de prazer, de amor, de percepção, de ação. Originalmente não há consciência de si, mas a (…)
-
Gadamer: Heidegger on subjectivity
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato das páginas 279-281, da tradução de Peter Adamson and David Vessey, em Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000.
Now, how does the problematic of subjectivity look in the light of Heldegger and his proficient critique of Husserl? As is well-known, already in Being and Time Heidegger transformed Husserl’s use of “phenomenon,” for he saw the basic task of phenomenology as laying bare the phenomenon, and found insufficiently careful Husserl’s mere phrase: “to the thing (…) -
Depraz (2001:9-11) – Bewusstsein (conscience théorique) et Gewissen (conscience morale)
5 de junho de 2023, por Cardoso de CastroDans la pensée phénoménologique, la dimension morale, inhérente au Gewissen de Luther à Hegel, disparaît pour faire place à sa caractérisation ontologique : Gewissen désigne chez Heidegger dans Sein und Zeit (1985, § 54 sq.) la « voix de la conscience », caractéristique originaire du Dasein qui s’appelle (anruft) silencieusement lui-même de plus loin que lui-même.
Or, c’est précisément dans la distinction conceptuelle forgée par Kant entre Bewusstsein (conscience théorique) et Gewissen (…)
Notas
- Arendt (LM:191-192) – consciência moral
- Auxenfants (ET:284-285) – Gewissen e Bewußtsein
- Barbaras (1998:194-195) – o fenômeno da expressão
- Caron (2005:115) – multiplicidade de sentidos de "ser"
- Depraz (2001:6) – caráter proteiforme da consciência
- Descombes (2014:I.II.6) – consciência de si é uma percepção interna?
- Edith Stein (2000:I §1) – corrente de consciência
- Fuchs (2018:1.2.2) – somos seres corporais, vivos, orgânicos
- Hegel: consciência do objeto e de si mesma
- Henry (1963:§5) – consciência, região de ser?
- Husserl – A intencionalidade da consciência
- Lovitt: GEWISS - CERTAIN
- Lovitt: SELBSTBEWUSSTSEIN - SELF-CONSCIOUSNESS
- Luijpen: Existir como ser-consciente-no-mundo
- Marquet (1995:209) – abolição do imperativo e do pecador
- Merleau-Ponty (1964:231) – existenciais pelos quais compreendemos as "pessoas"
- Nietzsche (VP:490) – sujeito como multiplicidade
- Sartre (Husserl) – filosofia digestiva
- Stambaugh (1986:80-81) – ser-no-mundo e consciência
- Stambaugh (1986:IV) – consciência