* A fundamentação da filosofia como ciência rigorosa e a centralidade da evidência e da verdade como telos, que são reiteráveis, válidas de uma vez por todas e para todos, sendo, portanto, omnitemporais e intersubjetivas. * A concepção do eidos da ciência como um telos normativo e horizontal, que prescreve um sistema de conhecimentos. * A citação que estabelece a necessidade de um "ordem de conhecimentos anteriores em si relacionadas a outras posteriores em si; e finalmente (…)
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Ichheit / Ich-Hier / Ich-sagen / Ich / Egoität / egoistisch
Ichheit / ego / Egoität / egoidade / Ich-Hier / eu-aqui / Moi-ici / I-here / Ich-sagen / dire-Je / Ich / je / moi / eu / mim-mesmo / "I"
O Dasein é um ente que diz "eu" e que existe, consequentemente, em um outro modo que qualquer outro ente. A relação ao ser constitui seu ser e é enquanto ele é esta relação que lhe é igualmente possível dizer "eu": a compreensão de ser possibiliza o si enquanto este último compreende o ser antes de compreender seu próprio ser e antes que o que quer que seja possa lhe aparecer. O Dasein diz "eu" em consequência de seu estatuto ontológico. (CARON
Caron
Maxence Caron
MAXENCE CARON (1976)
, 2005, p. 780)
ICH E CORRELATOS
Matérias
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Didier Franck (1981:29-40) – A Ciência como egologia
25 de outubro, por Cardoso de Castro -
Henry (1996) – EU - EUs
6 de setembro de 2023, por Cardoso de CastroHENRY, Michel. Eu Sou a Verdade. Por uma filosofia do cristianismo. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2015
A tese do homem “Filho de Deus” recebe então uma dupla significação, negativa e positiva. Negativamente, ela impede que se compreenda o homem como um ser natural, como fazem dele o senso comum e as ciências. Mas ela impede também que se compreenda, do ponto de vista transcendental, como um ser cujo mundo constituiria o horizonte de todas as suas experiências, o modo de (…) -
Didier Franck (1981:41-49) – Carne e corpo na percepção
25 de outubro, por Cardoso de Castro* A imposição do caráter de uma descrição duplamente orientada e correlativa à análise da consciência pela evidência da correlação intencional. * A dupla orientação da análise: para o objeto intencional no *quomodo* de seus modos de aparecer (o noema) e para os atos do *ego* (noeses) que constituem e dão sentido aos noemas. * A universalidade da análise intencional como análise do *ego* transcendental enquanto inclui e constitui toda a objetividade possível. * A (…)
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Romano (2018) – Uma arqueologia da autenticidade
26 de outubro, por Cardoso de Castro* A constatação de uma revolução nas mentalidades e modos de vida desde o final da Segunda Guerra Mundial, levando ao aparecimento de um novo tipo de relação consigo caracterizado pela aspiração a dar à sua vida uma forma que reflita as suas próprias particularidades individuais. * A democratização desta aspiração, outrora apanágio de uma elite, que se tornou um fenômeno de massa a partir do final dos anos 1960. * A designação desta aspiração como "autenticidade pessoal", (…)
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Ricoeur (1991:11-14) – Si Mesmo
22 de junho de 2023, por Cardoso de CastroAtravés do título O si-mesmo como um outro, eu quis designar o ponto de convergência entre as três maiores intenções filosóficas que presidiram à elaboração dos estudos que compõem esta obra.
A primeira intenção é marcar o primado da mediação reflexiva sobre a posição imediata do sujeito tal como ela se exprime na primeira pessoa do singular: "eu penso”, “eu sou”. Esta primeira intenção encontra um apoio na gramática das línguas naturais quando esta permite opor “si” a “eu”. Esse apoio (…) -
Ortega: A VIDA INTER-INDIVIDUAL. NÓS — TU — EU
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo V do livro "O Homem e a Gente". Trad. J. Carlos Lisboa. Livro Ibero-Americano, 1960.
Capítulo V do livro "O Homem e a Gente". Trad. J. Carlos Lisboa. Livro Ibero-Americano, 1960.
Tínhamos partido da vida humana como realidade radical. Entendíamos por realidade radical, — é hora de recordá-lo, — não a única nem sequer a mais importante e, por certo, não a mais sublime, mas, lisa e planamente, aquela realidade primária e primordial em que todas as demais, — se devem ser, para (…) -
Kierkegaard: "eu" - o voltar-se da relação sobre si mesma
30 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroVersões do início do primeiro capítulo do "Tratado do Desespero" de Kierkegaard
Xavier de Melo Carneiro
’’KIERKEGAARD, Soeren. Tratado do Desespero. Introdução e Tradução de José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 43-44.’’
Doença do espírito, do eu, o desespero pode assumir três figuras: o desesperado inconsciente de ter um eu (o que não é verdadeiro desespero); o desesperado que não quer ser ele mesmo e o desesperado que quer sê-lo.
O homem (…) -
Être et temps : § 64. Souci et ipséité.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’unité des moments constitutifs du souci, c’est-à-dire de l’existentialité, de la facticité et de l’être-échu, a rendu possible la première délimitation ontologique de la totalité du tout structurel du Dasein. La structure du souci a été portée à la formule existentiale suivante : [317] (…) -
Declève (1970:70-75) – o "eu penso" segundo Ser e Tempo
23 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
A tagarelice natural usa e abusa do "eu". Ao fazê-lo, negligencia o conteúdo que o eu visa e que aí se manifesta: o Dasein. No entanto, "o Dasein é autenticamente ele mesmo na singularização originária da resolução que se tornou silenciosa e se encorajando à angústia. Enquanto silencioso, o autêntico ser-aí não diz exatamente: "Eu, eu", mas no silêncio é o ente lançado: como tal, tem uma autêntica possibilidade de ser" [SZ:322-323].
Esta possibilidade autêntica de ser não é (…) -
Barbuy: ser unívoco e ser análogo I
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 46-53. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
Intuir na realidade o que a realidade é, qual é a sua estrutura, o seu — ontos ón — é o mesmo que buscar o ser da realidade. Mas este ser, como se apresenta? Heráclito, afirmando a perpétua mudança, o fluir incessante de todas as cousas do mundo incerto e transitório, tinha negado os princípios primeiros da Inteligência, afirmando do ser ao mesmo tempo (…) -
Kierkegaard (TD:48-51) – doença mortal do eu
24 de maio de 2023, por Cardoso de Castro[KIERKEGAARD, Soeren. Tratado do Desespero. Introdução e Tradução de José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 48-51]
Esta ideia de “doença mortal” deve ser tomada num sentido especial. Ao pé da letra significa um mal cujo termo, cujo desfecho é a morte, e serve então de sinônimo de uma doença da qual se morre. Mas não é em tal sentido que se pode chamar assim o desespero; pois, para o cristão, a própria morte é uma passagem para a vida. Assim sendo, (…) -
Allard l’Olivier (IC:42-52) – A Expectativa
28 de outubro, por Cardoso de CastroI. A Natureza do Princípio Radical Subjetivo e a Constatação Originária * O sujeito puro não se identifica com os objetos da percepção, imaginação ou pensamento, pois o princípio radical da subjetividade, que profere o "eu", situa-se para além ou aquém de todos os "algo" percebidos, imaginados ou pensados, sendo consequentemente rigorosamente inobjetivável. * Este princípio radical é um ato de ser, não um pensamento sobre a existência, mas a própria existência que possibilita o (…)
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Patocka (1971/2021) – eu corporal e corpo-vivente [Leib]
18 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroÉ bem sabido que a certeza do eu foi, para Descartes, certeza do ser e da essência. A dúvida hiperbólica conhece um limite intransponível na certeza do eu enquanto certeza da própria existência. Mesmo para a dúvida mais extrema, a existência do eu é um pressuposto. Esta existência não pode ser uma simples aparição, talvez enganosa, de um outro ser, mas aqui a aparição envolve a própria existência, é essencialmente existência-em-aparição, coisa que, para outros existentes, como, por exemplo, (…)
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Barbuy: Kierkegaard (2) - Formas do Desespero
8 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroNotas de uma palestra pronunciada na “Semana de Kierkegaard”, sob os auspícios do Instituto Brasileiro de Filosofia e da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de S. Paulo, publicadas na “Revista Brasileira de Filosofia”, vol. VI, fasc. 1, 1956. BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 181-188
I — O ego é primeiramente uma síntese consciente de infinito e de finito, que se relaciona consigo mesma e cujo fim é tornar-se ela mesma, o que só (…) -
Schérer (1971:86-96) – Examen de la théorie transcendantale
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroD’une manière plus générale, la constitution de l’autre par moi, en ouvrant la conscience à un seul monde objectif de communication, interdit de traiter comme deux domaines séparés dans le principe le monde objectif proprement dit, celui dans lequel nous vivons et nous rencontrons, celui de nos corps, et un monde des valeurs qui serait le champ propre de la communication ; car les deux sont également constitués, en tant qu’accessibles à la réflexion unifiante et rationalisante. C’est dans (…)
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Fink (1990) – Reflexões fenomenológicas sobre a teoria do sujeito (1)
31 de outubro, por Cardoso de CastroTrecho de um curso do semestre de inverno de 1951-52 na Universidade de Friburgo, intitulado “Filosofia da Educação”. O curso tinha duração de 24 horas e era dividido em quatro partes:
— I. Ponto de partida de uma filosofia da educação
— II. A natureza em nós
— III. A liberdade do homem
— IV. Olhar sobre a mundanidade do homem.
O texto a seguir provém da terceira parte, horas 14 a 16 do curso, e foi ligeiramente modificado em alguns pontos. A paginação entre colchetes (…) -
Patocka (1988:257-261) – le monde
11 de junho de 2023, por Cardoso de CastroPATOCKA, Jan. Qu’est-ce que la phénoménologie?. Traduit de l’allemand et du tchèque par Erika Abrams. Grenoble: Jérôme Millon, 1988
Teresa Padilla et alii
Nosotros querríamos además plantear esta pregunta: ¿qué sucedería si la epojé no tuviera que detenerse ante la tesis del sí mismo propio, sino que fuese comprendida de modo por completo universal? En una epojé que procede así yo no dudo, ciertamente, de lo indudable, el cogito que se pone a sí mismo. Yo sólo dejo de servirme de esta (…) -
Romano (2018) – Ser si mesmo
26 de outubro, por Cardoso de Castro#### A Trajetória de Ulisses: Do Anônimo à Existência em Pessoa
* A Condição Inicial de Ulisses no Retorno * O herói que erra, em presa às angústias e aos lamentos, sobre a mar inumerável que apaga toda lembrança. * O último (ou quase) entre os grandes guerreiros da Ilíada a não ter perdido a vida sob os muros de Ilion ou durante seu retorno à pátria. * A cessação de ser o herói glorioso cuja astúcia e sagacidade permitiram aos Aqueus vencerem. * O estar entregue aos (…) -
Barbuy: ser unívoco e ser análogo I
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroIntuir na realidade o que a realidade é, qual é a sua estrutura, o seu — ontos ón — é o mesmo que buscar o ser da realidade. Mas este ser, como se apresenta? Heráclito, afirmando a perpétua mudança, o fluir incessante de todas as cousas do mundo incerto e transitório, tinha negado os princípios primeiros da Inteligência, afirmando do ser ao mesmo tempo que é e não é.
Refutando esta contradição Parmênides enunciou o princípio de contradição, pelo qual o que é, é; o que não é, não é; ou como (…) -
Caron (PEOS:808-809) – mundo - si - eu
13 de junho, por Cardoso de CastroPEOS
Somos no mundo, logo habitamos em uma região que nos torna manifesto o mundo junto ao qual podemos ser. Há duas significações do conceito de mundo em Heidegger: por um lado o mundo que mundaniza, e por outro lado o mundo que é mundanizado por esta mundanização. É porque estamos em ligação fundamental com o se-produzir do mundo no primeiro sentido, é porque nós nos mantemos neste se-produzir e participamos de seu desdobramento, que os produtos, o mundo no segundo sentido, podem (…)
Notas
- Baader (FG I §1 nota a) - decisão do princípio que me orienta
- Bergson (EDMC:114-116) – o eu toca a superfície do mundo
- Bret Davis (2007:12) – Querer quer aquele que quer
- Buber: quem Eu digo Tu
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:190) – Crítica heideggeriana da estrutura do ego transcendental
- Caron (2005:26-27) – ser um eu e ser um si
- Caron (2005:787) – meu eu é o Dasein
- Dastur (2002) – Dasein e "eu"
- Descombes (2014:C3) – o que é uma egologia?
- Descombes (2014:CII.3) – a “questão do sujeito”
- Descombes (2014:I.II.6) – consciência de si é uma percepção interna?
- Ferreira da Silva (2009:49-50) – a façanha do eu
- Fogel (2015:17-18) – a estrutura ser-no-mundo
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- GA17:317-318 – Sprache
- GA17:318-319 – Intencionalidade
- GA20:325-326 – Dasein e "eu"
- GA20:440-441 – querer-ter-consciência
- GA23:138 – o ego sum
- GA24:177-178 – EGO - EU
- GA27:12 – gnothi seauton
- GA27:145-146 – um-com-outro [Miteinander]
- GA28:108 – existenciais
- GA36-37:41-43 – "eu" cartesiano
- GA38:38 – si-mesmo e eu
- GA38:38-40 – “Quem é o homem?”
- GA41:11 – troca subjetiva de coisas
- GA41:110-111 – Eu penso, princípio diretor
- GA54:247-248 – sujeito [Subjekt]
- GA60:178-179 – não sei tudo sobre mim mesmo
- GA6T2:136-137 – EGO - EU
- GA7:84-85 – egoidade
- GA87:303 – ego cogito ergo sum
- GA89:110-112 – corpo material e corpo
- GA89:113-114 – dizer e falar
- GA89:220 – quando alguém diz “eu”…
- GA95: sujeito - vida - ego
- GA9:157-158 – o ser-aí existe em-virtude-de-si-mesmo
- Gilvan Fogel (2005:180-182) – O “eu” é epígono
- Gilvan Fogel (2005:182-183) – o eu não é o sujeito da ação
- Haugeland (2013:122-123) – Descartes
- Jean-Louis Chrétien (2014) – “Tornei-me uma pergunta para mim mesmo”
- Kisiel (1995:121-122) – o eu puro ou pontual
- Kujawski (1983:33-34) – Eu sou eu e minha circunstância (Ortega y Gasset)
- Lévinas (1990/2004:147-148) – O “eu” como substância e o saber
- Lévinas (1990/2004:149-151) – O “eu” como identificação e acorrentamento a si
- Maldiney (Aîtres:10-11) – o tempo começa com o "eu"
- Marquet (1995:216-217) – a palavra
- Marquet (1995:85-86) – a alteridade do outro
- Merleau-Ponty (1945/2006:ii-iii) – sou a fonte absoluta
- Nietzsche (ABM:§17) – sujeito "eu" não conjuga "pensar"
- Nietzsche (VP:483) – por meio do pensar é posto o eu
- Novalis (P:115-116) – diálogo entre eu e não-eu
- Ortega y Gasset (MQ) – sou eu e minha circunstância
- Pascal (P:688/323) – O que é o eu?
- Patocka (1995:60) – se-relacionar-a-si
- Patocka (1995:62-63) – Le monde se découvre à moi dans un réseau dont je suis le centre
- Patocka (1995:81) – a teoria reflexiva do eu
- Raffoul (2010:242) – responsabilização (accountability)
- Raffoul (2020:55-56) – suposta “simplicidade” do “eu penso”
- Raffoul (2020:56-57) – ego não é um fato fenomenológico
- Róbson Ramos (2023:13) – "quem somos nós?"
- Róbson Ramos (2023:14) – modo de ser da existência
- Romano (2018) – "fazer eu", modos de ser e modos de viver
- Romano (2018) – o "eu"
- Romano (2018) – o que é o si-mesmo?
- Schürmann (1982:79-80) – subjetividade = substrato e mônada
- Schürmann (1996/2003:14) – Meu ato, o “eu-penso”
- Solomon (1990) – Rousseau descobre "seu eu"
- SZ:117 – man’s ‘substance’ is existence
- SZ:119-120 – “eu” pelo “aqui”, o “tu” pelo “aí” e o “ele” pelo “lá”
- SZ:126-127 – Das Man (a-gente)
- SZ:129 – Man-selbst - a-gente-ela-mesma
- SZ:316 – sujeito teórico completado por uma Ética
- SZ:319-320 – O "eu" em Kant
- SZ:321 – Ich-sagen - dizer-eu
- SZ:401-403 – A alma de toda filosofia é a paideia
- SZ:42 – "Eu sou" - "Tu és"
- Zimmerman (1982:102-103) – eu e temporalidade