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Schürmann (1982:79-80) – subjetividade = substrato e mônada
sexta-feira 22 de novembro de 2024
Mas Husserl
Husserl
Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
não é justamente famoso por ir além do conceito de um eu atemporal? Na subjetividade, ele faz distinção entre o substrato e a mônada. O eu é o “substrato idêntico de propriedades duradouras” [Cartesianische Meditationen, op. cit. p. 101], o substrato de posses habituais, de modalidades adquiridas de consciência. Assim, o mundo dos objetos, determinado de maneiras variáveis, é enriquecido pela experiência. O eu ao qual todo novo objeto deve se referir é a mônada. E, de fato, a mônada tem um passado e um futuro. O substrato, por outro lado, sem ser um ente, não muda. Ele está isolado das relações com o mundo e com os outros. O que permanece inalterado é o eu como o polo idêntico de experiências autodoadoras. Do ponto de vista temporal — e este é o único que importa aqui — o substrato é assimilado ao mundo dos fatos. [79] É o polo subjetivo e abstrato do mundo, mas não é o ser-no-mundo. Ele está constantemente presente, assim como os objetos. Uma limitação fatal dos modos temporais a um único, a presença constante. Isso é fatal para a compreensão do “mundo”. A presença constante condena o ser-no-mundo como se condena uma janela. Assim, Heidegger chega a suspeitar que a autodoação dos objetos é uma ilusão. A partir do ser-no-mundo e da temporalidade extática, ele pode dizer que a doação do eu é uma “sedução”, um “engano” [SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
115/ET 146]. O ponto de partida heideggeriano corta a própria possibilidade de fixar o sujeito na subsistência e o tempo na permanência. O continuum temporal deve entrar em colapso quando, “pela primeira vez na história da filosofia, o ser-no-mundo aparece como o modo primordial de encontro com o ser” [GA7
GA7
GA 7
GA VII
GA7PT
GA7FR
GA7ES
Vorträge und Aufsätze (1936–1953), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 2000. — Ensaios e conferências
:VS 110/Q IV
Q34
Q III
Q IV
Heidegger, Martin (1990), Questions III e IV. Paris, Gallimard. [GA9]
309f].
Ver online : Reiner Schürmann