Ces deux thèmes, celui d’une réinterprétation des concepts psychanalytiques dans le cadre d’une phénoménologie ontologique, celui d’une modification de la pratique par une philosophie de la communication, commandent l’interprétation par Binswanger de la psychanalyse et de sa méthode.
« Il ne s’agit pas, écrit Binswanger, entre Heidegger et moi, d’une simple différence d’opinion, mais d’une différence ontologique » (o. c, p. 41). La nature et la [117] possibilité essentielle du Dasein sont (…)
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Ichheit / Ich-Hier / Ich-sagen / Ich / Egoität / egoistisch
Ichheit / ego / Egoität / egoidade / Ich-Hier / eu-aqui / Moi-ici / I-here / Ich-sagen / dire-Je / Ich / je / moi / eu / mim-mesmo / "I"
O Dasein é um ente que diz "eu" e que existe, consequentemente, em um outro modo que qualquer outro ente. A relação ao ser constitui seu ser e é enquanto ele é esta relação que lhe é igualmente possível dizer "eu": a compreensão de ser possibiliza o si enquanto este último compreende o ser antes de compreender seu próprio ser e antes que o que quer que seja possa lhe aparecer. O Dasein diz "eu" em consequência de seu estatuto ontológico. (CARON , 2005, p. 780)
ICH E CORRELATOS
Matérias
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Schérer (1971:116-125) – Justification et critique de la philosophie de Binswanger : la Wirheit par-delà l’individu
14 de junho de 2023, por Cardoso de Castro -
Marion (2008:98-101) — o anonimato do ego
27 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO cogito, suposto me apropriar de mim mesmo como um mim mesmo, me expulsa de mim mesmo e me define por este mesmo exílio. Por conseguinte, sou paradoxalmente aquele que em pensando sabe que não é (pertence a) ele mesmo, não conhece sua essência e nunca pode dizer (ele mesmo), rigorosamente, mim mesmo.
tradução do inglês
Um ponto parece assim estabelecido: em nenhum momento Santo Agostinho consegue (nem tenta, como Descartes fará) assegurar o ego de sua existência ou atribuí-lo (…) -
Patocka (1995:57-59) – ente em terceira pessoa e ente impessoal
13 de junho de 2023, por Cardoso de CastroIl faudrait se rendre compte de ce qui distingue l’étant en troisième personne de l’étant impersonnel en général. L’étant de la troisième personne recèle un rapport essentiel à la première et à la deuxième personne. L’étant impersonnel y joint une thèse qui ne confère la dignité ontologique qu’à la troisième personne, la thèse selon laquelle elle seule existe véritablement, les deux autres étant de simples aspects et perspectives non pertinents pour « les choses telles qu’en elles-mêmes ». (…)
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Lyotard (1954:14-30) – O transcendental em Husserl
15 de junho de 2023, por Cardoso de CastroIV — A problemática do sujeito.
A fenomenologia tomava pois o sentido de uma propedêutica às "ciências do espírito". Mas, a partir do segundo tomo das Investigações Lógicas esboça-se um salto que nos vai fazer entrar na filosofia propriamente dita. A "problemática da correlação", isto é, o conjunto dos problemas demonstrados pela relação do pensamento com seu objeto, uma vez aprofundada, deixa emergir a questão que constitui o seu núcleo: a subjetividade. É aqui provavelmente que a (…) -
Arendt (LM:182-187) o conceito de Eu em Heidegger
2 de maio de 2017, por Cardoso de CastroHelena Martins
Finalmente, há o conceito de Eu, e é este o conceito cuja mudança na "reviravolta" é a mais inesperada e também a que tem maiores consequências. Em Ser e Tempo, o termo "Eu" é "a resposta para a questão Quem [é o homem] ?", em oposição à questão "O que ele é "; o Eu é o termo para a existência do homem em oposição a qualquer qualidade que ele possa ter. Essa existência, o "autêntico ser um Eu", é extraída polemicamente do "Eles". ("Mit dem Ausdruck ’Selbst’ antworten wir auf (…) -
Fuchs (2018:83-87) – Dialética da identidade pessoal
6 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroA autovivência primária, foi o que vimos, não surge nem de uma autorreflexão nem de uma atribuição social; ela também não é nenhuma autoconsciência. Somente a partir do 2o ano de vida desenvolve-se gradativamente o si mesmo reflexivo ou pessoal, identificável a partir da capacidade de reconhecer a si mesmo no espelho, de se designar com “eu” e de se demarcar em relação aos outros. A diferença entre si mesmo e os outros, que estava dada antes apenas de maneira implícita, se torna, então, (…)
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Descombes (2014:II.III.2) – a dação do si mesmo
11 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroComo vemos a nós mesmos? Toda uma tradição filosófica responde que precisamos questionar “nossa consciência”. Se fizermos isso, explica essa tradição, que pode ser descrita como egológica, descobriremos que essa consciência se torna “consciência de si” quando toma o próprio sujeito como seu objeto e o reconhece como tal. O sujeito da consciência é seu próprio objeto (ego). Por meio de sua consciência, concluímos, cada um é dado a si mesmo como um sujeito (ou, mais precisamente, como um (…)
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Marion (1989:119-123) – Descartes confrontado por Heidegger
23 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroNo curso ministrado como Privatdozent em Friburgo durante o semestre de inverno de 1921/1922, sob o título Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles. Einführung in die phänomenologische Forschung [Interpretações fenomenológicas de Aristóteles. Introdução à pesquisa fenomenológica], um curso que antecede o período de Marburg, Heidegger não trata tanto de Aristóteles quanto delineia uma introdução geral à fenomenologia; no entanto, essa introdução trata de um filósofo: mas em vez de (…)
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Schérer (1971:86-96) – Examen de la théorie transcendantale
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroD’une manière plus générale, la constitution de l’autre par moi, en ouvrant la conscience à un seul monde objectif de communication, interdit de traiter comme deux domaines séparés dans le principe le monde objectif proprement dit, celui dans lequel nous vivons et nous rencontrons, celui de nos corps, et un monde des valeurs qui serait le champ propre de la communication ; car les deux sont également constitués, en tant qu’accessibles à la réflexion unifiante et rationalisante. C’est dans (…)
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Descombes (2014:II.III.1) – ipseidade
11 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAtualmente, os filósofos franceses usam a palavra “ipséité” [ipseidade] para traduzir o termo alemão Selbstheit. No léxico da fenomenologia hermenêutica, Selbstheit é o termo usado para designar a relação consigo mesmo em virtude da qual cada um de nós é a pessoa que é, é nós mesmos. “Cada um de nós": o nós aqui engloba todo ser capaz de discursar em primeira pessoa. No entanto, Heidegger preferiu Selbstheit ao mais clássico Ichheit porque queria submeter todas as pessoas gramaticais a esse (…)
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Descombes (2014:C3) – o intraduzível em Descartes
11 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroHeidegger chamou a atenção para as duas maneiras de colocar a questão do “ser” de alguém em relação ao que é, uma reificando, a outra apropriada ao fato de que estamos lidando com alguém e não com algo. De acordo com ele, quando alguém pergunta sobre si mesmo, sobre seu próprio ser, ele deve perguntar quem sou eu e não o que sou eu.
Mas, como vimos, é exatamente isso que Descartes faz várias vezes nas Meditações. Ele não apenas pergunta o que ele é como ser pensante, mas às vezes faz a (…) -
Patocka (1988:257-261) – le monde
11 de junho de 2023, por Cardoso de CastroPATOCKA, Jan. Qu’est-ce que la phénoménologie?. Traduit de l’allemand et du tchèque par Erika Abrams. Grenoble: Jérôme Millon, 1988
Teresa Padilla et alii
Nosotros querríamos además plantear esta pregunta: ¿qué sucedería si la epojé no tuviera que detenerse ante la tesis del sí mismo propio, sino que fuese comprendida de modo por completo universal? En una epojé que procede así yo no dudo, ciertamente, de lo indudable, el cogito que se pone a sí mismo. Yo sólo dejo de servirme de esta (…) -
Somos uma formação intersubjetiva [PLAD]
31 de agosto de 2024, por Cardoso de CastroEm nossas vidas concretas, nós mesmos somos uma formação intersubjetiva. Vivemos em nossa própria presença original e viva em nós mesmos, uma presença que não pode ser participada por mais ninguém; aqui todas as experiências surgem em sua atualidade, aqui elas estão na originalidade que torna possível, no sentido mais pleno, dizer que elas são — na inteira certeza de que, assim que ocorrem — não como algo que olhamos, mas algo que somos e que, junto com esse ser, também é para si mesmo (em (…)
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Descombes (2014:C3) – o quê e o quem
11 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroVários comentaristas recentes enfatizaram que Descartes, nas Meditações Metafísicas, escapou — pelo menos por um tempo, principalmente durante a Segunda Meditação — do que eles consideram ser as restrições da metafísica tradicional. Nesse ponto, a influência de Heidegger foi decisiva.
Heidegger argumenta que as noções clássicas de ser e existência são equívocas. A filosofia herdada as interpreta usando o par conceitual correspondente em latim às duas palavras quid e quod. Podemos dizer de (…) -
Patocka (1995:145-148) – ser em mim, para mim e para outro
9 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
O meu ser em mim mesmo tem a sua originalidade insubstituível no fluxo do tempo interno que nenhum outro pode penetrar, porque este jorro de tempo interno é uma efetivação totalmente privada que constitui o meu próprio ser; o apagamento do seu limite implicaria a eliminação da diferença entre o eu e o tu.
O meu ser para mim mesmo já é uma alienação dessa originalidade e uma objetivação; no meu ser para mim já estou à distância de mim mesmo, já não estou vivo, mas vivido e, como (…) -
Kierkegaard (TD:60-62) – desespero do possível ou carência de necessidade
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroJosé Xavier de Melo Carneiro
Este fato, como vimos, liga-se à dialética. Em face do infinito a finitude limita; da mesma forma a necessidade desempenha, no campo do possível, a função de reter. O eu é dado, imediatamente, como síntese de finito e de infinito, existe em potência; em seguida, para vir a ser, projeta-se sobre a tela da imaginação e é isso o que lhe revela o infinito do possível. O eu em potência contém tanto de possível como de necessidade, porque é ele mesmo, mas deve (…) -
Lévinas (1991:24-26) – Mesmo - Outro - Eu
2 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroSer eu é, para além de toda a individualização que se pode ter de um sistema de referências, possuir a identidade como conteúdo. O eu não é um ser que se mantém sempre o mesmo, mas o ser cujo existir consiste em identificar-se, em reencontrar a sua identidade através de tudo o que lhe acontece. É a identidade por excelência, a obra original da identificação.
João Pinto Ribeiro
A alteridade, a heterogeneidade radical do Outro, só é possível se o Outro é realmente outro em relação a um (…) -
Marion (1989:124-129) – Heidegger confrontando Husserl sobre Descartes
23 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroAssim, no verão de 1925, Prolegômenos à história do conceito de tempo [GA20] tenta uma "crítica imanente da pesquisa fenomenológica", examinando como ela determina a consciência pura. Em outras palavras, "A questão será para nós [sc. Heidegger]: nessa elaboração do campo temático da fenomenologia que é a intencionalidade [sc. de Husserl], a questão sobre o ser dessa região, sobre o ser da consciência, é construída (gestellt), ou seja, o que significa aqui em geral ser, quando dizemos que a (…)
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Descombes (2014:PII:C3) – a querela do sujeito
6 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
No século XX, esta forma de conceber a filosofia moderna e a relação dos pensadores modernos com a filosofia antiga foi objeto de uma crítica radical por parte de Heidegger.
Na sua opinião, os filósofos modernos não devem ser tomados à letra quando afirmam ter finalmente identificado a essência da subjetividade ou do si-mesmo (Ichheit, Selbstheit). Na realidade, explica Heidegger, longe de terem descoberto a subjetividade, Descartes e os seus herdeiros perderam-na completamente (…) -
Fink (1966b:237-239) – Mas será que há alguém que joga?
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Mas será que há alguém que joga? A metáfora do jogo recusa-se a servir-nos como metáfora cósmica, a menos que abandonemos a nossa crença na personalidade de um jogador e no caráter de aparência da cena do mundo lúdico. Só podemos falar de um jogo do mundo numa "equação" que foi decisivamente alterada e que, por isso, está quebrada. O jogo do mundo não é o jogo de ninguém, porque é só nele que há pessoas, homens e deuses; e o mundo lúdico do jogo do mundo não é uma "aparência", mas (…)
Notas
- Bret Davis (2007:12) – Querer quer aquele que quer
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:190) – Crítica heideggeriana da estrutura do ego transcendental
- Caron (2005:26-27) – ser um eu e ser um si
- Dastur (2002) – Dasein e "eu"
- Descombes (2014:C3) – o que é uma egologia?
- Descombes (2014:CII.3) – a “questão do sujeito”
- Descombes (2014:I.II.6) – consciência de si é uma percepção interna?
- Ferreira da Silva (2009:49-50) – a façanha do eu
- Fogel (2015:17-18) – a estrutura ser-no-mundo
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- Gadamer (1995/2000:276-277) – Sujeito
- Gilvan Fogel (2005:180-182) – O “eu” é epígono
- Gilvan Fogel (2005:182-183) – o eu não é o sujeito da ação
- Haugeland (2013:122-123) – Descartes
- Kisiel (1995:121-122) – o eu puro ou pontual
- Kujawski (1983:33-34) – Eu sou eu e minha circunstância (Ortega y Gasset)
- Lévinas (1990/2004:147-148) – O “eu” como substância e o saber
- Lévinas (1990/2004:149-151) – O “eu” como identificação e acorrentamento a si
- Maldiney (Aîtres:10-11) – o tempo começa com o "eu"