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Marion (1998:§1nota) – privilégio da dação
sábado 30 de novembro de 2024
Heidegger, “Was heisst ‘gegeben’, ‘Gegebenheit’ — dieses Zauberwort der Phänomenologie und der ‘Stein des Anstosses’ bei den anderen”, Grundprobleme der Phänomenologie, WS 1919-1920
GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, GA58
GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, p. 5. — Aqui, parece-nos, Heidegger indica que, não mais do que o “escândalo” do racionalismo vulgar, a “magia” de um encantamento supostamente místico não oferece uma atitude adequada ao que a dação exigiria. E acrescenta, para que não se subestime a dificuldade da dação, que ainda está por enfrentar: “Die Dialektik ist blind gegen die Gegebenheit” (ibid., p. 225); de fato, não faltam cegos, como vimos. Ao reconhecer o privilégio da dação, Heidegger substitui evidentemente Husserl
Husserl
Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
(nota 22), mas encontrará ecos em toda a linhagem que ele torna possível. Assim, Merleau-Ponty
Merleau-Ponty
Maurice Merleau-Ponty
MAURICE MERLEAU-PONTY (1908-1961)
Extratos por termos relevantes
: “O fenômeno central […] consiste no fato de eu ser dado a mim mesmo. Sou dado, isto é, já estou situado e envolvido num mundo físico e social, — sou dado a mim mesmo, isto é, esta situação nunca me é ocultada […]” (Fenomenologia da Percepção, Paris, 1945, p. 413). Ou J.-P. Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
: “A verdade não pode permanecer propriedade do sujeito absoluto. Ela é para ser dada […]. A verdade é uma dação” (Vérité et existence, 1948, ed. póstuma, Paris, 1989, p. 28). E, sobretudo, E. Lévinas
Levinas
Lévinas
Emmanuel Levinas
Emmanuel Levinas (1906-1995), philosophe d’origine lituanienne, naturalisé français en 1930.
, que mantém (contra o uso husserliano) o termo dação quando já não se trata de imanência: “A transcendência não é uma visão dos Outros — mas uma dação original” (Totality and Infinity, Haia, 1961, p. 149). A dação determina assim igualmente, se não indiferentemente, a fenomenalidade do eu, dos outros e da verdade: não é evidentemente uma questão de acaso ou de homonímia.
Ver online : Jean-Luc Marion