A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (3) Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva.
[b]§ 2. O debate entre Realismo e Idealismob]
O contributo mais original de Ingarden em fenomenologia é talvez constituído pelas suas análises da obra de arte: literatura, para começar, mas também música, pintura, arquitectura. A sua obra fundamental, porém, diz respeito ao debate (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (3)
18 de março, por Cardoso de Castro -
Fragata (1959) – Os graus de intuição e a evidência apodíctica
18 de março, por Cardoso de CastroJúlio Fragata, A Fenomenologia de Husserl como Fundamento da Filosofia. Livraria Cruz, 1959
CAPITULO II A EVIDÊNCIA APODÍTICA
3. — OS GRAUS DE INTUIÇÃO E A EVIDÊNCIA APODÍCTICA
A intuição, como acabamos de considerar, é especificada pela diversidade do objeto; o seu grau de perfeição determina-se pela posse mais ou menos plena do mesmo. Após as considerações já desenvolvidas no decurso deste capítulo, facilmente podemos entender este problema de importância fundamental para a (…) -
Fragata (1959) – Espécies de intuição
18 de março, por Cardoso de CastroJúlio Fragata, A Fenomenologia de Husserl como Fundamento da Filosofia. Livraria Cruz, 1959
CAPITULO II A EVIDÊNCIA APODÍTICA
2.— ESPÉCIES DE INTUIÇÃO
A intuição adquire para Husserl diferentes modalidades a partir da diversidade dos objetos a que se refere, em relação aos quais se pode dizer fundamentalmente especificada: «A cada espécie fundamental de objetividades …. corresponde uma espécie fundamental de ’experiência’, de evidência». Temos, em primeiro lugar, duas grandes (…) -
Padecer (Monticelli)
18 de março, por Cardoso de Castro(Monticelli1997:207-208)
Deveríamos ter usado, em vez de "sofrer", a palavra que o Petit Robert considera arcaica - "padecer" - que expressa com muito mais abrangência um dos dois traços relevantes das vivências originárias do ser próprio: a afetividade.
"Originárias" no sentido de que estas vivências são a fonte (origem) do conteúdo intuitivo da ideia de "selfhood" [ipseidade]: ou seja, não existe primeiro um "si mesmo" que seria dado independentemente destas vivências, e ao qual depois (…) -
Bios e Zoe (Monticelli)
18 de março, por Cardoso de Castro(Monticelli1997:199-203)
"Uma vida mais vasta e mais plena"… Que significado podem ter para nós essas palavras do jovem filósofo a quem o estudo anterior foi dedicado? Podemos lhes atribuir um sentido que não seja meramente retórico?
O sopro da vida é a alma: tal é o significado originário da palavra grega psyché, assim como da latina anima, que preserva a raiz do grego anemos (vento). Esta reflexão parte do seguinte fato: não é verdade que tudo o que vive deva morrer. Pode parecer (…) -
Empatia e vida interior (dos outros)
18 de março, por Cardoso de Castro(RMAP:209-213)
Chegou o momento de examinar a percepção dos outros do lado "noético". Uma das teses características da fenomenologia é que a experiência do outro é um ato "doador originário". Uma pessoa nos é imediatamente dada (e não postulada, inferida, projetada) em sua realidade específica, em carne e osso. É justamente um outro eu em carne e osso.
Não percebemos corpos aos quais associamos espíritos: percebemos sujeitos em carne e osso, e as duas descrições são bem diferentes. O que (…) -
Presença do outro
18 de março, por Cardoso de Castro(RMAP:203-306)
Comecemos então pelo mais simples. Não estamos sempre presentes a nós mesmos, longe disso. Deixemo-nos viver no esquecimento de nós mesmos, como costuma acontecer, e atentemos para o dado da presença do outro.
O que se segue é uma descrição desse dado, ou seja, da empatia a parte objecti, ou do lado "noemático" de seu objeto. Posteriormente, passaremos ao aspecto "noético", à descrição da empatia a parte subjecti, ou da classe correspondente de atos. Doravante, nos (…) -
Percepção psicológica e conhecimento pessoal
18 de março, por Cardoso de Castro(RMAP:200-203)
[…] preencher com conteúdo fenomenológico os dois aspectos que a meditação de ontem nos indicou como características da realidade pessoal: a subjetividade e a individualidade essencial.
De fato, se essas duas categorias abarcam respectivamente, por assim dizer, a aparência e a essência, o rosto e a alma do que somos, elas devem conter o alfa e o ômega de um percurso de conhecimento pessoal: o dado inicial, o de um "encontro", e o termo ideal do "percurso". Em suma, o dado (…) -
Kelkel & Scherer – Liberar-se do psicologismo
18 de março, por Cardoso de Castro(AKRS)
Era preciso, primeiramente, libertar-se abertamente da hipoteca ao «psicologismo» e é a essa tarefa que o primeiro tomo das Investigações Lógicas, Prolegômenos à Lógica Pura, será consagrado, apresentando o segundo tomo um estudo dos «vividos» actuantes na lógica e no conhecimento, ou ainda os modos de consciência ou atos correlativos às «objetividades ideais da lógica».
Os Prolegômenos aplicam-se, primeiramente, a inventariar os erros e contradições do psicologismo (bem como das (…) -
Fragata (1961) – A Filosofia de Edmund Husserl
18 de março, por Cardoso de CastroEdições da Revista "Filosofia" Lisboa, 1961
Apresentamos aqui um resumo geral, quase esquemático, dos traços fundamentais do pensamento filosófico de Husserl. O motivo que nos levou a esta elaboração foi o fato de termos verificado que, mesmo atualmente, é raro encontrar-se, nos compêndios de História da Filosofia, uma exposição que tenha suficientemente em conta os recentes estudos sobre Husserl à luz da publicação das suas obras completas, muitas delas póstumas, iniciada pelos «Arquivos (…)