(Ernst Tugendhat, Der Wahrheitsbegriff bei Husserl und Heidegger, 2 ed. inalterada. Berlim: Walter de Gruyter & Co., 1970, p. 1.)
Em contraste com as reconstruções idealizadoras e teorizadoras exageradas a que se entregou a tradição metafísica, agora são a “práxis”, a “existência” e o “interesse” que aparecem como a característica fundamental da vida humana. Enquanto o ceticismo da Antiguidade e do início dos tempos modernos contentava-se em formular dúvidas sobre a questão de saber se (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Tugendhat (1970) – a verdade e o conhecimento da verdade
21 de março, por Cardoso de Castro -
Dubois (2000:82-83) – antecipação (Vorläufigkeit)
20 de março, por Cardoso de Castro(Dubois2000)
"Até que ponto a resolução, se ’pensada até o fim’ (zu Ende gedacht) de acordo com sua tendência mais própria, conduz ao ser-para-a-morte próprio?" (305). Essa é a questão abordada no difícil §62 (talvez o mais abrupto de todo Ser e Tempo). Lembremo-nos: o ser-para-a-morte foi conquistado ao longo da questão da totalidade possível do Dasein. Durante essa análise, projetou-se uma possibilidade existencial para o Dasein de estar em uma relação própria com sua morte. Mas nada (…) -
Dubois (2000:80-82) – resolução (Entschlossenheit)
20 de março, por Cardoso de Castro(Dubois2000)
Dans l’écoute de l’appel de la conscience, le Dasein est donc pleinement ouvert à lui-même. Il est son ouverture [81] sur le mode plénier, il est proprement le Là : angoissé, se projetant vers son être en faute, silencieux. Cette ouverture, Heidegger la nomme, en consonance avec l’ouverture du Dasein, Erschlossenheit, la résolution, Entschlossenheit. La résolution, c’est la vérité originaire du Dasein, son être dans la vérité propre, sa lucidité (Durchsichtigkeit). Aussi, le § (…) -
Dubois (2000:78-80) – ser-culpado
20 de março, por Cardoso de Castro(Dubois2000)
[…] Le § 58 de Etre et Temps va prendre en charge ce point. Supposons que, interpellé, intimé à être lui-même, le Dasein fasse l’expérience d’un être en faute. Comment le penser existentialement ? On peut d’abord considérer la faute au sens d’avoir des dettes (le mot allemand de Schuld pouvant effectivement osciller entre la faute et la dette), en se réglant à partir de l’étant dont on se préoccupe (sens « économique » de la faute ou de la dette), mais aussi au sens d’être en (…) -
Derrida (2001) – aquiescimento (Zusage)
19 de março, por Cardoso de Castro(Derrida2001)
"Dizer o evento, é possível?" Então, à pergunta, o que quero responder é simplesmente "sim". Não "sim" ao evento, "sim" dizer o evento é possível; quero dizer "sim" como um sinal de agradecimento, em primeiro lugar. A filosofia sempre se pensou a si mesma como arte, experiência, história da questão. Os filósofos, mesmo quando não concordam em nada, no final dizem: "sim, mas enfim, somos pessoas que fazemos perguntas; sejamos pelo menos concordes nisso, queremos salvar a (…) -
Raffoul (2010:286-287) – impossível como possível
19 de março, por Cardoso de Castro(Raffoul2010)
O impossível torna-se a possibilidade do possível. Aqui podemos vislumbrar o pensamento renovado do possível e do impossível no pensamento de Derrida: o impossível como possível e o possível como impossível, a possibilidade do impossível. O impossível já não seria o oposto do possível, nem o limite onde o possível termina, mas, ao contrário, aquilo que “assombra o possível” (DE, 98), aquilo que verdadeiramente “torna possível” ou possibilita o possível. Derrida afirma que o (…) -
Raffoul (2010:284) – pensar segundo a aporia
19 de março, por Cardoso de Castro(Raffoul2010)
Para Derrida, a relação com a aporia é o enfrentamento de uma experiência, a experiência de um limite que precisa ser suportado; como se uma aporia, longe de indicar um fechamento, representasse um limite através do qual algo se anuncia de forma afirmativa. É por isso que não se trata de "parar nela nem superá-la" (A, 32). Em vez disso, Derrida insiste que se trata de "pensar segundo a aporia" (A, 13). As aporias são constitutivas daquilo que elas interrompem e, nesse (…) -
Raffoul (2010:282-283) – responsabilidade, experiência do inapropriável
19 de março, por Cardoso de Castro(Raffoul2010)
O que o pensamento de Heidegger revelou em relação à responsabilidade é que ser responsável significa assumir algo inapropriável: o chamado da consciência manifesta um ser-culpado irredutível; ser propriamente si mesmo é projetar-se resolutamente em direção a esse ser-culpado; o chamado do Ereignis vem de um retraimento, indicando uma expropriação ou Enteignis no coração da apropriação. Em todos os casos, a responsabilidade se revela como uma experiência do inapropriável. (…) -
Casanova (2014) – o sido
19 de março, por Cardoso de Castro(Casanova2014)
[…] O sentido do termo história, porém, não se confunde em Heidegger com a análise metodologicamente fundada dos eventos do passado em seus traços estruturais específicos. Uma verdadeira confrontação histórica não se atém ao passado como aquilo que se encontra distante do presente e do futuro, mas se liga incessantemente àquela dimensão do passado que continua decisiva para o presente e que encerra em si as possibilidades do futuro. Para descrever esse passado peculiar, (…) -
Casanova (2014) – interpretação
19 de março, por Cardoso de Castro(Casanova2014)
Em nossas compreensões medianas, tendemos a pensar que o horizonte de realização da interpretação já se encontra desde o princípio dado nos textos e que a tarefa da interpretação poderia ser, com isso, reduzida ao movimento atento de acompanhamento da relação causal entre as diversas proposições aí existentes com vistas à apreensão do sentido nelas contido. Essa posição usual pode ser até certo ponto problematizada, na medida em que se afirma o caráter incontornável da (…)