(Rorty1999)
[…] a noção de frases como ferramentas é uma noção que associamos a Wittgenstein em vez de a Heidegger e a Derrida. Apesar do pragmatismo de Ser e Tempo (salientado por Mark Okrent e discutido na parte I deste volume), e apesar dos paralelos Derrida-Wittgenstein apresentados por Henry Staten e os paralelos Davidson-Derrida apresentados por Samuel Wheeler (discutidos na parte II), Heidegger e Derrida partilham uma tendência para pensar na linguagem como algo mais do que (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Rorty (1999) – linguagem como um quase-agente
13 de março, por Cardoso de Castro -
Rorty (1999) – termos gregos e latinos
13 de março, por Cardoso de Castro(Rorty1999)
The End of Philosophy, pp. 65-66 (Nietzsche II, pp. 470-471). Stambaugh deixa algumas palavras por traduzir pois, como direi mais tarde, Heidegger insiste que o som das palavras é importante, não apenas o que têm em comum com as suas traduções para outras línguas. (Especificamente, acredita que a tradução que Cícero fez para latim das obras em grego de Platão e Aristóteles representou uma viragem decisiva no pensamento ocidental). Apesar disso, farei uma lista das traduções (…) -
Rorty (1999) – Kundera e Heidegger
13 de março, por Cardoso de Castro(Rorty1999)
Podemos, se quisermos, ver Kundera e Heidegger como tentando vencer um inimigo comum: a tradição da metafísica ocidental, a tradição que alude a Uma Verdadeira Descrição que demonstra o padrão subjacente por detrás da aparente diversidade. Mas há uma grande diferença entre o que cada um propõe como alternativa a esta tradição. Para Heidegger, o oposto da metafísica é a Abertura ao Ser, algo mais facilmente atingível numa comunidade camponesa pré-tecnológica com costumes (…) -
Rorty (2009) – homem-como-essencialmente-conhecedor-de-essências
13 de março, por Cardoso de CastroEssa tentativa “existencialista” de colocar a objetividade, a racionalidade e a inquirição normal dentro do panorama mais amplo de nossa necessidade de sermos educados e edificados é com frequência oposta pela tentativa “positivista” de distinguir o aprender fatos do adquirir valores. Do ponto de vista positivista, a exposição de Gadamer do wirkungsgeschichtliches Bewusstsein pode parecer pouco mais que a reiteração do lugar-comum de que mesmo quando conhecemos todas as descrições (…)
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Rorty (2009) – edificação (Bildung)
13 de março, por Cardoso de Castro(Rorty2009)
Para os meus propósitos presentes, a importância do livro de Gadamer é que ele consegue separar um dos três elementos da noção filosófica de “espírito” — a noção romântica do homem como auto-criativo — dos outros dois elementos com os quais aquele se enredara. Gadamer (como Heidegger, para com quem parte de seu trabalho está em dívida) não faz quaisquer concessões, seja ao dualismo cartesiano, seja à noção de “constituição transcendental” (em qualquer sentido ao qual se poderia (…) -
Rorty (2009) – epistemologia
13 de março, por Cardoso de Castro(Rorty2009)
Em ambos os lados do canal, entretanto, a maioria dos filósofos permaneceu kantiana. Mesmo quando afirmam ter “ido além” da epistemologia, concordam que a filosofia é uma disciplina que toma como seu estudo os aspectos “formais” ou “estruturais” de nossas crenças, e que, ao examinar esses aspectos, o filósofo serve à função cultural de manter as outras disciplinas honestas, limitando suas afirmações ao que pode ser apropriadamente “sustentado”. As grandes exceções a esse (…) -
Rorty (2009) – mente como um grande espelho
12 de março, por Cardoso de Castro(Rorty2009)
São as imagens mais que as proposições, as metáforas mais que as afirmações que determinam a maior parte de nossas convicções filosóficas. A imagem que mantém cativa a filosofia tradicional é a da mente como um grande espelho, contendo variadas representações — algumas exatas, outras não — e capaz de ser estudado por meio de métodos puros, não-empíricos. Sem a noção da mente como espelho, a noção de conhecimento como exatidão de representação não se teria sugerido. Sem esta (…) -
Rorty (2009) – investigações dos fundamentos do conhecimento
12 de março, por Cardoso de Castro(Rorty2009)
É a noção de que a atividade humana (e a inquirição, a busca de conhecimento, em particular) tem lugar dentro de um quadro que pode ser isolado previamente à conclusão da inquirição — um conjunto de pressuposições que podem ser descobertas a priori — que liga a filosofia contemporânea à tradição Descartes-Locke-Kant. Pois a noção de que existe tal quadro somente faz sentido se pensamos nele como imposto pela natureza do sujeito conhecedor, pela natureza de suas faculdades ou (…) -
Apel (2000) – “estar-aberto do ser-aí”
12 de março, por Cardoso de Castro(Apel2000)
Em face do esclarecimento proporcionado por Tugendhat, aproximamo-nos da reflexão de princípio acerca do significado da filosofia heideggeriana ante a filosofia contemporânea. No contexto da questão que propomos — uma possível transformação da filosofia que se mantenha ligada às ciências — e a partir da clarificação acima delineada, podem-se depreender as seguintes consequências:
1. A descoberta de Heidegger, que aprofundou, ou mesmo ampliou de maneira essencial a problemática (…) -
Apel (2000) – ser-que-se-antecipa [Sich-vorweg-Sein]
12 de março, por Cardoso de Castro(Apel2000)
Quanto à tese (3): A meu ver, a própria expressão “ser-que-se-antecipa” (Sich-vorweg-Sein) deixa claro que Heidegger, em Ser e tempo, ainda não havia rompido por completo sua ligação com uma filosofia transcendental da “subjetividade”, no sentido kantiano. Por isso, em Kant e o problema da metafísica [Kant und das Problem der Metaphysik, 1929], ele pôde aproximar entre si o “caráter projetivo” do “Compreender”, que transcende a si mesmo e a todo e qualquer ente, e a (…)