Même si Arendt n’aurait sans doute pas été d’accord avec moi, je pense que ce qu’elle propose est une conception éthique de la cohabitation qui peut servir de ligne directrice à certaines formes de politique. En ce sens, des normes et des mesures politiques concrètes trouvent leur origine dans le caractère non choisi de ces modes de cohabitation. La nécessité de cohabiter sur terre est un principe qui, dans la philosophie d’Arendt, doit guider les actions et les politiques de tout quartier, (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Butler (2022) – coabitar a Terra
11 de março, por Cardoso de Castro -
Butler (2022) – imagem do mundo
11 de março, por Cardoso de CastroO mundo que o vírus revela ou faz manifestar com maior clareza – e que permeia de modo desigual – não pode ser comunicado, adequadamente, por mapas ou gravuras, pois se trata de algo que só se mostra no decorrer da circulação viral e seus efeitos. É claro, podem nos mostrar imagens gráficas do vírus com suas espículas e coroa azulada, e, quando essas representações inundam nossas telas, substituem, imóveis, uma condição viral que não podem representar de modo adequado. Elas estão mais para (…)
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Butler (2021) – linguagem e corpo
11 de março, por Cardoso de CastroNa medida em que a linguagem então emerge a partir dos movimentos prévios da vida corporal e diretamente os reflete, então poderia parecer que a linguagem está sujeita à carga de solipsismo tal como estavam essas relações prévias. Parte do que ele escreve parece dar suporte a esse ponto. Em um conjunto lírico e inacabado de notas que constituem os parágrafos finais do seu ensaio (O visível e o invisível), ele relembra da circularidade do interrogativo em Heidegger: “ao abrir o horizonte do (…)
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Butler (2021) – superar a distinção sujeito-objeto
11 de março, por Cardoso de CastroEm um argumento que pode ser visto como extensão do esforço de Heidegger, em Ser e tempo, de estabelecer a prioridade da ontologia sobre a epistemologia, Merleau-Ponty procura voltar-se à relação que vincula sujeito e objeto antes de sua divisão, antes de sua formação como termos opostos e distintos. Heidegger insistiu que toda relação interrogativa que tomamos acerca de um objeto pressupõe que já estejamos em relação com esse mesmo objeto, que não sabemos o que perguntar sobre um objeto (…)
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Butler – individualismo e corpo
11 de março, por Cardoso de CastroO postulado de uma precariedade generalizada que questiona a ontologia do individualismo implica, ainda que indiretamente, certas consequências normativas. Não basta dizer que a vida, sendo precária, deve ser preservada. O que está em jogo são as condições que tornam a vida viável (sustentável), e os desacordos morais, portanto, invariavelmente se concentram em como essas condições de vida podem ser melhoradas e a precariedade reduzida, e na possibilidade de que isso aconteça. Mas, se é (…)
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Butler (2017) – coabitar a Terra ou o mundo
11 de março, por Cardoso de CastroA mensagem filosófica e política de sua réplica direcionada a Eichmann (e aos juízes) é a de que devemos ter clareza de que ninguém tem o direito de escolher com quem coabitar a Terra ou o mundo (Arendt mistura o sentido dessa distinção heideggeriana o tempo todo, sugerindo que não existe Terra sem seus habitantes). A coabitação com outros que não escolhemos é, de fato, uma característica permanente da condição humana. Exercer o direito de decidir com quem coabitar a Terra é recorrer a uma (…)
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Butler (2017) – ser-com (Mitsein)
11 de março, por Cardoso de CastroCometeríamos um erro se imaginássemos um grupo de indivíduos se reunindo como uma coleção de atores individuais. Esses indivíduos só serão humanos se e quando a ação coletiva e conjunta se tornar possível. Na verdade, ser um humano é uma função, uma característica do agir em termos de igualdade com outros seres humanos. Aqui podemos ouvir os ecos do mitsein de Heidegger, mas também a fraca ressonância de uma coletividade de esquerda da qual Scholem desconfiava na caricatura que fez da (…)
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Butler (2022) – Antígona
11 de março, por Cardoso de CastroHeidegger traz uma longa reflexão sobre a tradução que Hölderlin faz de Antígona (1803), bem como sobre suas “Observações sobre Antígona”, com respeito às várias maneiras pelas quais Hölderlin apresenta a “excepcionalidade” da personagem. A proximidade da morte enfatizada nas “Observações sobre Antígona” corresponde em grande medida à leitura que Heidegger faz de Antígona como alguém cujo exílio estabelece sua relação essencial com um sentido de ser que está além da vida humana. Essa (…)
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Butler (2011) – temporalidade e momento
11 de março, por Cardoso de CastroA noção de temporalidade não deve ser interpretada como uma simples sucessão de "momentos" distintos, todos igualmente distantes uns dos outros. Esse mapeamento espacializado do tempo substitui um certo modelo matemático pelo tipo de duração que resiste a tais metáforas espacializantes. Esforços para descrever ou nomear esse intervalo temporal tendem a envolver mapeamentos espaciais, como argumentaram filósofos de Bergson a Heidegger. Portanto, é importante enfatizar o efeito de sedimentação (…)
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Allemann (1987:270-271) – poesia - poiesis
11 de março, por Cardoso de Castro(BA1987)
A regressão que Heidegger realiza na conferência sobre a técnica abre uma perspectiva nessa direção [do fundamento]. Essa regressão reconduz o conceito de causa (causa) ao pensamento grego. Tudo o que está ligado a um "fundamento", a uma "causa", no sentido de causa e causalidade, parece, sem ambiguidade, fazer parte do domínio da técnica e das ciências naturais, enquanto a poesia se caracteriza, para a representação metafísica, precisamente por estar livre das leis da (…)