Em todo caso, o próprio ver foi posto entre parênteses pela redução e não é enquanto fundados por ele, enquanto encontram nele o que faria deles modos do pensamento, que o sentido e a imaginação podem ser assimilados na segunda definição como modos absolutamente certos e que escapam da dita redução – muito menos, aliás, poderia o próprio intellectus se não estivesse sustentado, em seu fundo, pelo poder de um modo mais originário de aparecer, irredutível a esse poder e, além disso, (…)
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Wille / Wollen / Wille zum Willen / Wille zur Macht / Nicht-Wollen
Wille / volonté / vontade / voluntad / the will / Wollen / willing / querer / vouloir / Wille zum Willen / volonté de volonté / vontade de querer / vontade de vontade / will for will / voluntad de voluntad / Wille zur Macht / volonté de puissance / vontade de poder / voluntad de poder / will to power / Nicht-Wollen / não-querer
A metafísica de Nietzsche
Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
deixa claro na vontade de poder o penúltimo grau do desdobramento volitivo do ser do ente como vontade de querer (GA7
GA7
GA 7
GA VII
GA7PT
GA7FR
GA7ES
Vorträge und Aufsätze (1936–1953), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 2000. — Ensaios e conferências
:79). Por vontade de poder é preciso entender a primazia absoluta da razão e do cálculo que determina a totalidade disto que é. (LDMH
LDMH
ARJAKOVSKY, P., FÉDIER F. et FRANCE-LANORD, H., Le Dictionnaire Martin Heidegger. Paris: CERF, 2013.
)
WILLE E DERIVADOS
Matérias
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Henry (1985:77-78) – entendimento e vontade
10 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro -
GA6T1:498-499 – vontade de verdade (Willen zur Wahrheit)
3 de maio de 2020, por Cardoso de CastroSe uma vontade de verdade é, contudo, vital para a nossa “vida”, e se, porém, vida significa elevação da vida, uma “realização” cada vez mais elevada da vida e, com isso, uma vitalização do real, então a verdade se transforma, se ela é apenas “ilusão”, “imaginação”, ou seja, algo irreal, em desrealização, em obstáculo, em suma, em aniquilação da vida.
Casanova
Se o pensamento nietzschiano da vontade de poder é o pensamento fundamental de sua filosofia e da metafísica ocidental, então a (…) -
O Absoluto como vontade (Nishida)
17 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroHeisig2001
Mesmo antes de Uma Investigação sobre o Bem ser concluído, Nishida já havia se interessado pelos neokantianos, começando pelos pensadores de Freiburg, Windelband e Rickert. Inicialmente, ele via neles — e também em Husserl — aliados na tentativa de "discutir a questão dos valores teóricos exclusivamente do ponto de vista da experiência pura". Na verdade, isso não passava de um palpite educado de sua parte sobre essa grande corrente da filosofia europeia contemporânea, e acabou (…) -
Arendt (LM2:96-97) – educação moral = educação da vontade
4 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroAbranches et alii
John Stuart Mill, ao examinar a questão da vontade livre, sugere que “a confusão de ideias”, comum nessa área da filosofia, “tem de… ser muito natural para o espírito humano”, e descreve — de maneira menos vivida e também menos precisa, mas com palavras estranhamente semelhantes àquelas que acabamos de ouvir — os conflitos a que está sujeito o ego volitivo. É errado, insiste, descrevê-los como se “ocorressem entre mim e alguma força estranha, a qual conquisto ou pela qual (…) -
GA6T1:49-52 – vontade [Wille] e querer [Wollen]
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroA pergunta decisiva é justamente: como e em razão do que aquilo que é querido [Gewollte] e aquele que quer pertencem no querer ao querer? Resposta: em razão do querer e por meio do querer. O querer quer o que quer como tal, e o querer estabelece o que é querido como tal. Querer é decisão [Entschlossenheit] para si, mas para si como para o que o estabelecido no querer como querido quer. A vontade traz a cada vez a partir de si mesma uma determinação corrente para o interior do seu querer. (…)
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GA6T1:45-48 – vontade
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroDe acordo com a representação usual, a vontade é tomada como uma faculdade da alma. O que a vontade é determina-se a partir da essência da alma; da alma trata a psicologia. A alma designa um ente particular em contraposição ao corpo e ao espírito. Se para Nietzsche a vontade determina o ser de todo e qualquer ente, então não é a vontade que é algo psíquico, mas a alma (a psique) que é algo volitivo.
Casanova
2. Para apreender o conceito nietzschiano de vontade é particularmente (…) -
Arendt (RJ:112-115) – razão - desejo - vontade - liberdade
7 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroRosaura Eichenberg
Mencionei anteriormente que o fenômeno da vontade era desconhecido da Antiguidade. Mas, antes de tentar determinar a sua origem histórica, que tem um interesse considerável, vou tentar lhes dar, muito sucintamente, uma breve análise da sua função com respeito às outras faculdades humanas. Para fins de concisão, vou começar com uma simples ilustração. Vamos supor que temos diante de nós um prato de morangos e que desejo comê-los. Esse desejo era certamente conhecido da (…) -
Être et temps : § 39. La question de la totalité originaire du tout structurel du Dasein.
16 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’être-au-monde est une structure originairement et constamment totale. Au cours des chapitres précédents (chap. II à V), elle a été précisée phénoménalement en tant que tout, et, toujours sur cette base, en ses moments constitutifs. La perspective ouverte au début[[Cf. supra, §12, p. [52] (…) -
GA6T1:62-64 – aquele que quer + o querer + o querido
4 de maio de 2020, por Cardoso de CastroNo sentimento abre-se e mantém-se aberto o estado no qual nos encontramos concomitantemente em relação às coisas, em relação a nós mesmos e em relação aos homens que convivem conosco.
Casanova
[…] “Querer: um sentimento que compele, muito agradável!” Um sentimento é a maneira na qual nos encontramos em nossa ligação com o ente, e, com isso, também ao mesmo tempo em nossa ligação conosco mesmo; a maneira como nos encontramos afinados em relação ao ente que nós mesmos não somos e em (…) -
Vallin (EI:47-51) – transcendência temporal da subjetividade objetivante
23 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
A atividade de temporalização em geral envolve um movimento que tanto traz à existência a multiplicidade temporal enquanto tal como introduz uma certa unidade nessa multiplicidade. Cada estrutura temporal assenta num modo particular de organização sintética da multiplicidade temporal, que é alcançado pela atividade constitutiva da subjetividade. É esta organização sintética que determina a natureza da relação que se estabelece entre as três dimensões do tempo: presente, passado e (…) -
GA43: Estrutura da Obra
9 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
-* Nietzsche como pensador metafísico O livro A vontade de poder Planos e trabalhos preliminares para a obra capital A unidade entre vontade de poder, eterno retorno e transvaloração A estrutura da "obra central" O modo de pensar nietzschiano como inversão O ser do ente como vontade na tradição metafísica A vontade como vontade de poder Vontade como afeto, paixão e sentimento A interpretação idealista da doutrina nietzschiana da vontade Vontade (…) -
GA77: Wille - vontade
2 de agosto de 2017, por Cardoso de CastroDavis
Scholar: If then, after all that has been said, you are not opposed to science, then it would indeed be revealing and beneficial to the advancement of our conversation if you could say what it is that you really will to gain [wollen] from exerting yourself with us to illuminate the essence of cognition and especially thinking.
Guide : Since you so directly put me on the spot to say something, I must also directly, and therefore insufficiently, reply. What I really will [will] in (…) -
GA6T2:116-121 – a falácia do "homem bom"
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroExcerto de HEIDEGGER, Martin. Nietzsche II. Tr.: Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007, p. 86-89
Casanova
Se a “verdade”, isto é, o verdadeiro e o real, é transplantada para o alto e para o além em um mundo em si, então o ente propriamente dito aparece como aquilo a que toda a vida humana precisa se submeter. O verdadeiro é aquilo que deve ser em si e é desejável. A vida humana só presta para alguma coisa, só é determinada por meio de virtudes corretas, se (…) -
GA47: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
-* Nietzsche como pensador do acabamento da metafísica A assim chamada "obra capital" de Nietzsche A vontade de poder como princípio de uma nova instauração de valores O conhecimento no pensamento fundamental de Nietzsche sobre a essência da verdade A essência da verdade (correção) como "avaliação" O suposto biologismo de Nietzsche A metafísica ocidental como "lógica" A verdade e o verdadeiro A oposição entre "mundo verdadeiro e mundo aparente" (…) -
Davis (2007:xxvii-xxix) – Gelassenheit em Eckhart
4 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAlgumas conotações tradicionais de Gelassenheit — por exemplo, como uma libertação da vontade e como um descanso (Ruhe) dentro do movimento ou uma “calma interior” no meio da atividade — são de fato positivamente incorporadas ao pensamento de Heidegger. Mas, talvez em uma tentativa de liberar seu sentido das categorias do pensamento metafísico. Heidegger limita suas referências à história semântica do termo. Uma exceção significativa a esse respeito é sua referência a Meister Eckhart. (…)
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Raffoul (2010:4-7) – Responsabilidade
20 de junho de 2023, por Cardoso de CastroIronicamente, essa “ideologia de responsabilidade” predominante é muitas vezes acompanhada por uma negligência singular da reflexão genuína sobre os sentidos da responsabilidade, sobre o que significa ser responsável. A responsabilidade é simplesmente assumida como significando a responsabilização [accountability] do agente livre.
Nietzsche’s critique of morality opens the way for a new engagement with the concept of responsibility, henceforth freed from its association with a metaphysics (…) -
Davis (2007:40-42) – decisão [Entschlossenheit] é vontade?
5 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroNão é difícil ouvir certos tons intencionais — se não de fato a melodia de um voluntarismo existencial puro e simples — na noção de “decisão” [Entschlossenheit] em passagens como a seguinte:
A presença [Dasein] decidida se liberta para seu mundo a partir daquilo em virtude de que o poder-ser se escolhe a si mesmo… De acordo com sua essência ontológica, a decisão é sempre decisão de uma determinada presença [Dasein] fática. A essência desse ente é sua existência. Decisão só “existe” (…) -
Flusser (2021:151-154) – poder - potencialidade - possibilidade
13 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroConvido o leitor a considerar comigo o conceito que cerca a realidade, o conceito do qual a realidade é o núcleo realizado, o conceito português do poder. A potencialidade é realidade in statu nascendi, ou, para falarmos tecnicamente, a potencialidade acrescida da necessidade resulta em realidade. O verbo poder significa, portanto, quase exatamente aquilo que Heidegger tenta pensar ao dizer que o nada nadifica. Poder significa não-ser tendendo para ser. Poder, como demonstra claramente o (…)
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Nietzsche (Obra) – Vontade de Poder
11 de setembro de 2023, por Cardoso de CastroMuitos países viu Zaratustra, e muitos povos: assim descobriu o bem e o mal de muitos povos. Zaratustra não achou maior poder na terra do que bem e mal. Nenhum povo poderia viver sem antes avaliar; mas, querendo se manter, não pode avaliar como seu vizinho. Muito do que esse povo considerava bom, outro considerava infâmia e escárnio: eis o que achei. Muito achei que aqui era denominado mau, e ali era coberto de honras cor de púrpura. Jamais um vizinho compreendeu o outro: sempre sua alma se (…)
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Fink (2000:215-221) – Los cuatro aspectos trascendentales del problema del ser
3 de junho de 2023, por Cardoso de Castro¿Cómo hemos de definir la relación de Nietzsche con la metafísica?
Al volver la vista atrás a los escritos de Nietzsche que hemos repasado y ver toda su fulgurante riqueza de espíritu y de experiencia vital, de intuición y de psicología sagacísima y de vivencias existenciales auténticas, puede parecer una simplificación inadmisible el que hayamos asentado su filosofía tan sólo en los cuatro temas fundamentales citados. Sin embargo, éstos constituyen, en su recíproca conexión y (…)
Notas
- Alain: Cette pensée de plusieurs est-elle elle-même plusieurs ?
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Arendt (LM2:83-84) – poder de obedecer e de desobedecer
- Arendt (LM:69) – pensar - querer - julgar
- Arendt (LM:II.1.1) – liberdade e saúde
- Birault (1978:11-12) – presença, An-wesen, παρουσία
- Bret Davis (2007:10) – vontade segundo Levinas
- Bret Davis (2007:12) – Querer quer aquele que quer
- Bret Davis (2007:13) – vontade e metafísica
- Bret Davis (2007:13) – vontade e representação
- Bret Davis (2007:13-14) – ir além da vontade?
- Bret Davis (2007:21-22) – a própria vontade é má?
- Bret Davis (2007:22-23) – vontade, termos chaves
- Bret Davis (2010:8-9) – Dasein é o sítio da ocorrência do ser
- Buzzi (1973) – As ciências são histórias
- Carneiro Leão (1991:106-107) – A técnica moderna é …
- Casanova (GA6:Nota) – Machenschaft
- Davis (2007:xxx-xxxi) – vontade pura
- Emmanuel LEVINAS, « L’intuition »
- Espinosa (E 1, 32): vontade
- GA18:19-21 – ζωον λόγον εχον
- GA18:213-214 – poiesis (ποίησις)
- GA18:28-29 – a alma é οὐσία
- GA18:299-300 – δύναμις
- GA18:89 – telos (τέλος) e teleion (τέλειον)
- GA19:59-60 – νοῦς e διανοεῖν
- GA19:69-70 – mathematika (μαθηματικά)
- GA5:258 – O ser tornou-se valor
- GA65:51 – vontade
- GA6T1:15-16 – Sentido do ser
- GA6T1:37-38 – querer e aspirar
- GA6T1:57 – A própria vontade nunca pode ser querida
- GA6T2:461-462 – Ser - objetividade (vontade)
- GA77:105-106 – pensar é querer…
- GA77:106-107 – Nicht-Wollen / non-willing
- GA77:78 – vontade
- GA7:14 – τέχνη e έπιστήμη
- GA8:95-96: Wollen - querer
- Gilvan Fogel (Nietzsche) – Vida em Nietzsche
- Heidegger: L’« enchaînement de la vie »
- Heidegger: La question de la « vie »
- Heidegger: vontade e ser em Schelling
- LDMH: Möglichkeit - Possibilidade
- Luijpen (1973:100-101) – Exclusão do "problema critico" ?
- Maritain: Inutile et nécessaire Métaphysique !
- Masson-Oursel: « Positivité » de la métaphysique ?
- Nietzsche (ABM:§19) – vontade, querer e livre-arbítrio
- Platon: Ainsi parlait… Calliclès !
- Platon: Les philosophes : Beaux parleurs ?… ou vrais penseurs ?
- Safranski (SB:379-380) – a vontade em Schopenhauer
- Safranski (SB:411-412) – corpo e vontade
- Safranski: corpo e vontade em Schopenhauer
- Schopenhauer (MVR1:165) – vontade e corpo
- Schopenhauer (MVR1:187) – vontade própria
- Schopenhauer (MVR1:530-531) – coisa-em-si - vontade - moral
- Schopenhauer (MVR2:170-171) – vontade
- Schopenhauer (MVR2:313-314) – corpo = objetivação da vontade
- Sloterdijk (2012:11-12) – "saber é poder"
- Sloterdijk (2012:275-277) – vontade de autenticidade