(MarionDado)
Podemos agora compreender como invocar um princípio na fenomenologia não contradiz, no entanto, o direito do fenômeno de se mostrar por si mesmo; de fato, a doação estabelece como princípio precisamente que nada precede o fenômeno, exceto sua própria aparição a partir de si mesmo; o que equivale a afirmar que o fenômeno advém sem outro princípio além de si mesmo. Em suma, o princípio, enquanto princípio da doação, deixa a primazia ao fenômeno – não se trata, portanto, tanto de (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Marion (1998) – o dar-se do fenômeno
10 de março, por Cardoso de Castro -
Marion (1998) – sou dado a mim mesmo
10 de março, por Cardoso de CastroHeidegger, «Was heisst “gegeben”, “Gegebenheit” – dieses Zauberwort der Phänomenologie und der “Stein des Anstosses” bei den anderen», Grundprobleme der Phänomenologie, WS 1919-1920, GA 58, p. 5. – Aqui, parece-nos, Heidegger indica que, assim como o «escândalo» do racionalismo vulgar, a «magia» de um encantamento supostamente místico também não oferece uma atitude apropriada ao que a doação exigiria. Ele acrescenta, para que não se subestime a dificuldade da doação, que ainda precisa ser (…)
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SZ – teórico (theoretisch)
10 de março, por Cardoso de CastroO olhar teórico (theoretisch) já reduziu sempre o mundo à uniformidade do puro subsistente, e no interior dessa uniformidade está, porém, certamente contida uma nova riqueza do que pode ser descoberto no puro determinar. Mas a θεωρία mais pura também não abandonou todo estado-de-ânimo; no seu puro olhar, o só subsistente se mostra unicamente em seu aspecto puro, quando pode fazer-que-venha-de-encontro no tranquilo demorar junto a… na ραστώνη e na διαγωγή (Cf. Aristóteles, Met. A 2, 982 b 22 (…)
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Meditação (Besinnung)
10 de março, por Cardoso de CastroWhat then is meditation actually, and properly speaking?
That about which I meditate I seek to apprehend just as it is. Meditation (Besinnung) is the fathoming of sense (Sinn) down to its source and ground. The sense of something is its what, how, why, what-for. My life is my life. Meditation on the bearing of our life is apprehension of the how, why, and wherefore of our life. Meditation on my life is self meditation. The sense of a sentence is that which is true, which irrefutably holds, (…) -
SZ – Vernehmenlassen
10 de março, por Cardoso de CastroY, como la función del Λόγος no consiste sino en hacer que algo sea visto, en hacer que el ente sea percibido (Vernehmenlassen des Seienden), Λόγος puede significar también la razón (Vernunft ((«puede significar también la razón»: Heidegger pone aquí en relación la palabra Vernunft (razón) con la palabra vernehmen, que significa aprehender. Esta relación no se da en los idiomas latinos. (N. del T.)). Y como, por otra parte, Λόγος se usa no sólo en la significación de λέγειν, sino también en (…)
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SZ – Sachgehalt
10 de março, por Cardoso de CastroAun cuando la delimitación formal de la problemática ontológica frente a la investigación óntica resulte fácil, la realización y, sobre todo, el planteamiento inicial de una analítica existencial del Dasein no carece de dificultades. En la tarea de esta última está contenido un desiderátum que inquieta desde hace mucho tiempo a la filosofía (NotaH a: ¡De ningún modo! Porque el concepto de mundo no ha sido ni siquiera comprendido), en cuyo cumplimiento, sin embargo, ésta fracasa una y otra (…)
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SZ – Sein überhaupt
10 de março, por Cardoso de CastroConsiderada en su contenido, la fenomenología es la ciencia del ser del ente – ontología. Al hacer la aclaración de las tareas de la ontología, surgió la necesidad de una ontología fundamental; ésta tiene como tema el ente óntico-ontológicamente privilegiado (el Dasein), y de esta suerte se ve enfrentada al problema cardinal, esto es, a la pregunta por el sentido del ser en cuanto tal (von Sein überhaupt ((NotaH a: Ser – no un género, no el ser para el ente en general; el «überhaupt» = (…)
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Agamben (2012) – Arte e niilismo
8 de março, por Cardoso de CastroO exame do gosto estético nos leva, assim, a nos perguntarmos se não existe talvez algum tipo de nexo entre o destino da arte e o surgimento daquele niilismo que, segundo as palavras de Heidegger, não é de modo algum um movimento histórico ao lado de outros, mas “pensado na sua essência, é o movimento fundamental da História do Ocidente” [1]]. (AgambenH)
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Byung-Chul Han (2023) – uma ética da inatividade
8 de março, por Cardoso de CastroEm Heidegger, há rastros de pensamento que se condensam em uma ética da inatividade. Ela vale tanto para as relações entre humanos como também para a relação com a natureza. Pouco antes de sua morte, Heidegger escreveu um pequeno escrito com o título Recordação de Marcelle Mathieu. O tema do escrito é a hospitalidade de sua anfitriã já falecida em Provença. Heidegger evoca, primeiramente, a grandiosa paisagem de sua pátria, como se sua hospitalidade surgisse imediatamente de sua relação (…)
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Byung-Chul Han (2023) – a passagem da ação para o ser
8 de março, por Cardoso de CastroAlguns anos depois de Ser e tempo, Heidegger realiza a passagem da ação para o ser. O pathos da ação dá lugar ao espanto sobre o ser: […] o festejar, enquanto interrupção do trabalho, é já um conter-se, é prestar atenção, é perguntar, é reflexão, é espera, é a passagem para um pressentimento mais desperto do milagre, do milagre de que em geral um mundo munda ao nosso redor, de que haja o ente e não antes o nada, de que haja coisas e nós mesmos em meio a elas (GA52:64). A ênfase no si-mesmo e (…)