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Rorty (1999) – termos gregos e latinos
quinta-feira 13 de março de 2025, por
(Rorty1999)
The End of Philosophy, pp. 65-66 (Nietzsche II, pp. 470-471). Stambaugh deixa algumas palavras por traduzir pois, como direi mais tarde, Heidegger insiste que o som das palavras é importante, não apenas o que têm em comum com as suas traduções para outras línguas. (Especificamente, acredita que a tradução que Cícero fez para latim das obras em grego de Platão e Aristóteles representou uma viragem decisiva no pensamento ocidental). Apesar disso, farei uma lista das traduções mais comuns para inglês das palavras que aqui aparecem. Aletheia — truth (verdade); apeiron — infinite (infinito); logos — word, reason, thought (palavra, razão, pensamento); hen — one (um); arche — principle (princípio); physis — nature (natureza) (derivado de phyein, crescer, emergir); idea — idea (ideia) no sentido platônico de «Ideia» ou «Forma,» derivado de idein — ver, apreender; agathon — the good (o bem); energeia — actuality (realidade) (oposto a potencialidade); en-echeia to telas — having the end within it, having achieved its purpose (possuindo o fim dentro de si, tendo atingido o seu objectivo) (entelecheia é uma palavra por vezes utilizada como sinônimo de energeia por Aristóteles; é demasiado frequentemente traduzida por «realidade»); hypokeimenon — substrate (fundamento) (termo aplicado à matéria quando Aristóteles discute a metafísica, e aplicado ao sujeito de predicação quando discute a lógica); ousia — substance (substância) (também participio do verbo einai, «ser»); ergon —work, activity (trabalho, actividade); aei — eternity (eternidade); hyparchein — to posses (possuir) ou (na lógica de Aristóteles) to have as a property (ter como bem); subiectum — tradução latina e equivalente etimologicamente a hypokeimenon, «substrate» — mas também, após Descartes , palavra para «sujeito» em ambos os sentidos — o sujeito de uma frase e o eu como sujeito de experiência; actualitas — tradução latina de energeia, «actuality»; creator — creator (criador); ens creatum — created being (ser criado); causa prima — first cause (causa primeira); ens a se — being capable of existing by itself (ser capaz de existir por si próprio) (isto é, Deus); certitudo — certitude (certeza); res cogitans — thinking thing (coisa pensante) (termo cartesiano para a mente); vis — force, power (força, poder); monas — monad (monade) (termo leibniziano para os últimos componentes do universo, locais não-espácio-temporais de força, de percepção [perceptio], de apetência [appetitus] e de uma necessidade de existir de modo a se exprimirem a eles próprios [exigentia essentiae]). Heidegger dá-nos, em algumas partes das suas obras, traduções alternativas para cada um destes termos, destinadas a restituir-lhes a força ao arrancar-lhes as suas conotações habituais.