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Wahl: EVOLUÇÃO GERAL DAS FILOSOFIAS DA EXISTÊNCIA
terça-feira 17 de dezembro de 2024, por
É demasiado cedo para seguir o desenvolvimento ulterior das filosofias da existência, mas, se tomarmos em linha de conta o esforço de Maurice Merleau-Ponty , chegaremos a uma posição oposta à do começo desta história das filosofias da existência, porque o que está agora colocado no centro é, como acontece no último Husserl , a percepção. De uma teoria que isola os homens do mundo, com Kierkegaard , nós vamos até uma teoria que concebe o homem como essencialmente no mundo, com Heidegger, primeiro, e de uma maneira talvez mais decidida, mais estreita se se quiser, com Sartre e Merleau-Ponty .
Do sujeito isolado perante Deus, tal qual o concebia Kierkegaard , chegamos, com Jaspers , a uma existência essencialmente ligada à sequência profundamente histórica das gerações e à comunicação com os outros, e, com Heidegger, a uma existência que é essencialmente ser no mundo. Jaspers generalizou e completou a experiência de Kierkegaard , esforçou-se por ver o que nela há de válido num sentido universal (se estes termos podem ser aceites por Jaspers ) e Sartre cortou a existência da transcendência, tal como Kierkegaard a concebia, mas, por outro lado, Gabriel Marcel , partindo de um ponto completamente diferente, retoma certas posições kierkegaardianas.