Nas palestras sobre o Sofista no curso do semestre de inverno de 1924/25, Heidegger tenta traçar a gênese da forma suprema de conhecimento “científico” ou episteme, a saber, a sophia amada pelos filósofos, uma gênese retratada nos dois primeiros capítulos do Livro I da Metafísica. Ali, Aristóteles apresenta sua investigação como partindo das opiniões e julgamentos geralmente aceitos sobre o conhecimento e seus diferentes níveis. Como Heidegger observa, esse relato apresenta a (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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McNeill (1999:20-22) – sophia
9 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Figal (2007:179-182) – mundo
8 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroNa maioria das vezes falamos do mundo em duas significações: “mundo” é ou bem o conjunto daquilo que é, ou bem a conexão peculiar da vida humana. Esta segunda significação pode ser pensada em contraste com a vida religiosa, de modo que o mundo se mostra como a conexão da vida meramente humana, apartada de Deus e, neste ponto, também pecaminosa. Ou o conceito é especificado, na medida em que ele designa uma conexão vital particular, por exemplo, o mundo da arte ou o mundo cientifico. Também (…)
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Tobias Keiling (2020:284-286) – temporalidade da projeção
8 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroÀ primeira vista, o pensamento de Heidegger sobre projeção tem pouco a ver com rachaduras ocultas na pedra [Erklüftungen]. Em vez disso, é marcado por uma determinação um tanto forçada daquilo que é projetado: os entes como um todo, a totalidade da experiência, do aberto e do que pode ser compreendido — Dasein. Essa apreciação filosófica da imagem da projeção resulta do uso que Heidegger faz ao discutir a compreensão (Verstehen) de tudo na existência humana, até mesmo do próprio Ser: toda (…)
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Grondin (1987:60-62) – temporalização
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO conceito de “maturação” ou “temporalização” contém a ideia de um desdobramento que produz a si mesmo (Geschehen). Há, portanto, um se-produzir original da experiência temporal, que Heidegger destacará com a ajuda de três locuções [GA24:377; SZ:328-329]:
— o futuro é um “advir em direção a si mesmo…” (Auf-sich-zukommen) ;
— o ter sido é um “retorno a…” (Zurück zu);
— o presente um “estagiar junto…” (Sich-aufhalten-bei).
“Essas características de em-direção-a-si, retorno-a e junto-de (…) -
Grondin (1987:55-60) – temporalidade [Zeitlichkeit]
7 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro[…] o que impulsiona a preocupação [Sorge]? Como o Dasein é caracterizado como o ser para o qual esse mesmo ser está em jogo em seu ser, a resposta é óbvia: o sentido da preocupação não pode ser outro senão o ser do Dasein, uma concepção que devemos especificar agora. A preocupação é, mais precisamente, sobre o poder-ser (Seinkönnen) do Dasein. Quando o homem lida com o ser em geral, é sempre o seu poder-ser que está em questão. O ser do Dasein é um ser de tensão. Em outras palavras, o (…)
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Grondin (1987:66-69) – temporaneidade [Temporalität]
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroVamos recapitular. Primeiro, analisamos a relação entre ser e tempo que assola a concepção metafísica do tempo: o ser do tempo é resumido no instante, mas o instante só incorpora o ser do tempo por meio de uma leitura já temporal do sentido do ser, fechando o que chamamos de “círculo ontocrônico”. Heidegger procura evitar esse impasse tematizando o tempo por meio de uma análise do Dasein. Uma decomposição da estrutura da preocupação [Sorge] revela a temporalidade extática do Dasein. Sabemos (…)
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Barbaras (2013) – Dasein
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAsí, al pensar la diferencia del Dasein como diferencia de su modo de ser respecto a los demás entes, y no como exterioridad con respecto al ente, Heidegger concilia la condición de ente o la intramundaneidad del Dasein con su dimensión «constituyente» (Heidegger está en efecto repitiendo aquí los conceptos husserlianos). En lugar de una relación jerárquica o vertical de dependencia entre una conciencia (lo Absoluto) y una realidad (relativa) cuyo sentido es unívoco, Heidegger resalta una (…)
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Barbaras (2013) – sujeito
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroIndiscutiblemente Heidegger se inscribe en la perspectiva abierta por el descubrimiento husserliano del a priori de la correlación, razón por la que pone de relieve la necesidad de interrogarse sobre el sentido del ser del sujeto. En efecto, escribe en Los problemas fundamentales de la fenomenología:
Con esto decimos de nuevo que, sin duda ninguna, en el énfasis puesto en el sujeto, que es habitual en la filosofía desde Descartes, se encuentra un impulso genuino del preguntar filosófico, (…) -
Barabas (2016) – angústia e sentimento
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroEm primeiro lugar, como já enfatizamos, a angústia tem um nome, uma vez que ela atinge o nada como nada sendo apenas por meio de uma certa relação, reconhecidamente singular e negativa, com os entes. A angústia é, portanto, ainda um afeto, enquanto o sentimento não tem outro nome além de si mesmo, é um sentimento de nada determinado. É a própria abertura não mediada para o indeterminado que é o mundo. Em sua disponibilidade constitutiva, o sentimento me projeta na frente e na profundidade do (…)
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Barbaras (2016) – angústia
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroDe fato, na obra de Heidegger, há um afeto que goza de um status absolutamente privilegiado, na medida em que nos coloca diante do próprio mundo, de certa forma acima dos entes, ou melhor, a favor de seus deslizes ou abalos, a saber, a angústia. Esta parece estar situada, por assim dizer, no mesmo nível de nosso sentimento, de modo que a angústia seria para os outros afetos o que, para nós, o sentimento é para o desejo: enquanto o desejo, como os outros afetos, permite que nos relacionemos (…)