Um dos pontos em que Heidegger insiste nos seminários [GA89] diz respeito à distinção entre motivação e causalidade, retomando assim um tema fundamental da fenomenologia husserliana. Se a causalidade é atuante (bewirkende) e constrangedora (zwingende), a motivação é, pelo contrário, determinante (bestimmende) e livre (freie) (GA89:ZS, 22). O que caracteriza o motivo, diz Heidegger, é que “me move” (mich bewegt), que “se dirige aos entes humanos” (dem Menschen anspricht), ou melhor, “tenta” (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Dastur (2017) – distinção entre motivação e causalidade
24 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro -
Dastur (2017) – método fenomenológico para psicoterapia
23 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroNuma entrevista a Boss de setembro de 1968 (isto é, do período em que Boss estava a elaborar o livro que acabamos de citar , com a ajuda de Heidegger), Heidegger afirma que “o método de investigação apropriado ao Dasein não é em si mesmo fenomenológico, mas depende e é guiado pela fenomenologia no sentido da hermenêutica do Dasein.” A descrição de fenômenos ônticos, tais como comportamentos patológicos factuais, só é possível à luz dos fenômenos ontológicos — isto é, os existenciais do (…)
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Félix Duque (2006:181-183) – A técnica do mundo
20 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroExtraño es ser mortal. Extraño es, en efecto, vivir mortalmente propulsados por proyectos que vienen del Uno pasado, e ir muriendo en vida al descifrar las huellas que vienen del Infinito futuro . Bien podemos llamar mundo a ese acontecer de trasiegos y remisiones entre sucesos (potencialidades) que promueven expectativas (del pasado al futuro) y eventos (posibilidades) que emocionan (que mueven desde… el futuro) al ajustarse, o no, a lo esperado. (Y, a la inversa, no esperaríamos nada si no (…)
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Harada (2021) – Nova Teoria das Ciências
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroO reinado do absolutismo do conceito unilateral da ciência está no fim. É o que nos vem demonstrando o avanço das ciências, que progridem não tanto pelo alargamento e quantificação de novos dados e novas descobertas, dentro de um determinado horizonte de pesquisa, mas pela destruição de suas pressuposições e seus conceitos fundamentais, através das crises de seus fundamentos, para abrir-se a um horizonte novo, mais profundo, mais vasto e mais originário. Assim, viemos assistindo a sucessivas (…)
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Harada (2021) – Não há uma forma fundamental de “cientificidade como tal”
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroEssa nova atitude científica da nova consciência, que começa a despertar por toda parte nas ciências, pode ser caracterizada mais ou menos da seguinte forma:
a) Não há um conceito de ciência fixo, parado; não há portanto uma forma fundamental de “cientificidade como tal”. A ciência vive em transformações, tanto no todo da sua forma como nas formas das suas particularidades. Entre aquele e estas se dá interação de influência mútua.
b) No progresso científico não há um crescimento unívoco (…) -
Harada (2021) – Teoria ingênua das ciências
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroHoje, se quisermos saber o que é ciência, devemos recorrer à assim chamada teoria das ciências. Parece que um outro termo para indicar essa disciplina é meta-ciência.
Mas o problema, aqui, aliás como em toda parte hoje, é que existem várias teorias das ciências, de diferentes níveis e procedências. No entanto, aos poucos, a consciência crítica acerca da própria ciência, surgida dentro das próprias ciências, começa a nos dizer o que é obsoleto dentro da teoria das ciências. Vamos enumerar (…) -
Harada (2009) – Objetivação - Objetivar
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroO que é objetivação, objetivar? A esse respeito responde Heidegger numa carta de 11.03.1964 endereçada aos participantes de um diálogo teológico sobre O problema de um pensar e falar não objetivantes na teologia, hoje: Objetivar "é fazer algo objeto, pô-lo como objeto e somente assim o representar. E o que significa objeto? Na Idade Média obiectum significava o que é lançado e mantido de encontro em face do aperceber, da imaginação, do julgar, desejar e mirar. Em contraste com isso, (…)
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Harada (2021) – Lei (nomos)
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA palavra autonomia é grega e se compõe de auto e nomia. E significa independência, liberdade, o modo de ser dos que vivem segundo a sua própria lei. A palavra auto significa mesmo, em si, por e para si, pessoalmente, a partir de si. Mas propriamente auto indica um movimento, o movimento que podemos circunscrever como erguer-se a si mesmo, destacar-se, realçar-se, alçar-se, colocar-se a si mesmo a partir de si. Nomia vem de nomos, que usualmente traduzimos por lei, prescrição, ordem, mas (…)
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Harada (2021) – Ciências e filosofia
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroCostumamos representar o relacionamento mútuo entre as próprias ciências, entre as ciências, a filosofia e a teologia, num esquema que representa diante de nós o objeto (realidade, a coisa, o campo, a região, a área etc.) sobre o qual as ciências, a filosofia, a teologia empostam a mirada do seu ponto de vista e cada qual, as ciências, a filosofia, a teologia capta um aspecto parcial desse objeto. E ajuntando-se os resultados dessas captações temos um conhecimento cada vez mais global. Por (…)
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Dreyfus (1991) – Neutralidade científica
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroOriginal
4. Detachment and Objectivity. From the Greeks we inherit not only our assumption that we can obtain theoretical knowledge of every domain, even human activities, but also our assumption that the detached theoretical viewpoint is superior to the involved practical viewpoint. According to the philosophical tradition, whether rationalist or empiricist, it is only by means of detached contemplation that we discover reality. From Plato’s theoretical dialectic, which turns the mind (…)