HUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p.
Toda percepção imanente garante necessariamente a existência de seu objeto. Se a apreensão reflexiva se dirige a meu vivido, apreendi um “algo ele mesmo” absoluto, cuja existência não pode por princípio ser negada, ou seja, é impossível por princípio a evidência de que ele não seja; seria um contra-senso (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Husserl (IFP:108-110) – Contingência da «tese» do mundo
13 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Husserl (IFP2:81-82) – Constituição da natureza objetiva
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroIdeen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie, II, Husserliana, IV, La Haye, M. Nijhoff, 1952, pp. 81-82, trad. A. L. Kelkel e R. Schérer
Toda a coisa da minha experiência faz parte do meu «ambiente» e isto quer, primeiramente, dizer que o meu corpo próprio está presente também ao mesmo tempo. Não que esta constatação seja, em todo o sentido, uma necessidade de essência. É o que nos ensina, precisamente, «a experiência de pensamento» solipsista. Reparando melhor, (…) -
Husserl (CHEF:50-51) – A tarefa espiritual da Europa
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. A Crise da Humanidade Europeia e a Filosofia. Tradução e Introdução: Pedro M. S. Alves. www.lusosofia.net
Condensemos as ideias fundamentais das nossas explanações: a hoje em dia tão falada “crise da existência europeia”, documentando- se em inumeráveis sintomas de desagregação da vida, não é nenhum destino obscuro, nenhuma fatalidade impenetrável, mas torna- se compreensível a partir do piano de fundo da teleologia da história europeia [51], que pode ser filosoficamente (…) -
Husserl (IFP:117-118) – A redução e o resíduo fenomenológico
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 117-118
Voltemos agora nossos pensamentos novamente ao primeiro capítulo, a nossas considerações sobre a redução fenomenológica. Está claro agora que de fato, em contraposição à orientação teórica natural, cujo correlato é o mundo, uma nova orientação tem de ser possível, a qual, a despeito de colocar (…) -
Husserl (CCEFT:141-143) – A priori lógico e a priori do mundo da vida
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDie Krisis der europäischen Wissenschaften und die transzendentale Phänomenologie, Husserliana, VI, La Haye, M. Nijhoff, 1954, pp. 141-143
[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 112-114]
Se o nosso interesse exclusivo se dirige para o “mundo da vida”, temos de perguntar: está, então, o mundo da vida, como tema científico (…) -
Husserl (IFP:35-38) – § 3. Visão de essência e intuição individual
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 35-38
“Essência” designou, antes de mais nada, aquilo que se encontra no ser próprio de um indivíduo como o que ele é. Mas cada um desses “o quê” ele é, pode ser “posto em ideia”. A intuição empírica ou individual pode ser convertida em visão de essência (ideação) — possibilidade que também não deve ser (…) -
Husserl (RL2.2:168-171) – A intencionalidade da consciência
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroInvestigações Lógicas, II, 2.a parte, trad. H. Élie, A. L. Kelkel e R. Schérer, Presses Universitaires de France, pp. 168-171
Na percepção, algo é percepcionado, na imaginação, algo é imaginado, na enunciação algo é enunciado, no amor, algo é amado, no ódio, algo é odiado, no desejo, algo é desejado, etc. Brentano tem em vista o carácter comum que pode ser captado em tais exemplos, quando diz: «Todo o fenômeno psíquico é caracterizado por aquilo que os escolásticos da Idade Média chamaram (…) -
Husserl (OG) – A história como gênese do sentido
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA Origem da Geometria, trad. J. Derrida, Presses Universitaires de France, pp. 201-203
Compreender a geometria e um fato de cultura dado em geral é já estar consciente da sua historicidade, ainda que de maneira «implícita». Mas isto não é uma locução vazia, pois é verdadeiro de maneira completamente universal, para todo o fato dado sob o título «cultura», trate-se da mais baixa cultura, relativa às necessidades vitais, ou da cultura mais elevada (ciência, Estado, Igreja, organização (…) -
Husserl – A filosofia, ciência rigorosa
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroPosfácio às minhas «Ideias diretizes», trad. francesa Arion L. Kelkel, Revue de Métaphysique et de Morale, 1957, n.° 4, pp. 372-374
Restituo a ideia de filosofia mais original, a que, desde a sua primeira expressão coerente dada por Platão, se encontra à base da nossa filosofia e da nossa ciência europeias e permanece para elas a indicação de uma tarefa imorredoira. «Filosofia», segundo esta ideia, significa, para mim, «ciência universal» e, no sentido radical da palavra, «ciência (…) -
Husserl (LFLT:327-329) – A constituição operada pela consciência
12 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de Lógica Formal e Lógica Transcendental. trad. S. Bachelard, Presses Universitaires de France, 1984, pp. 327-329
tradução
A referência universal de tudo o que é concebível para um eu à vida da sua consciência é, sem dúvida, bem conhecida já desde Descartes como um fato filosófico fundamental e dela se fala muito, em particular na época moderna. Mas não serve de nada filosofar por alto sobre este tema e esconder esta referência à consciência com redes de pensamento — por muito (…)