WILBERG, Peter. Heidegger, Medicine & ‘Scientific Method’. The Unheeded Message of the Zollikon Seminars. Eastbourne: New Gnosis Publications, 2015 (ebook)
Tradução
Vamos antes de tudo desconstruir o que pode ser denominado mito do "método científico" como este é atualmente entendido: um conjunto de procedimentos racionais garantidos para eliminar o mero dogma do "verdadeiro" conhecimento científico, distinguir o fato empírico da mera crença ou hipótese. Então, o que é exatamente o (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Wilberg (HMSM:1) – Ponderando o método científico
25 de fevereiro de 2021, por Cardoso de Castro -
Hatab (EF:Intro) – Ética
21 de fevereiro de 2021, por Cardoso de Castro[HATAB, Lawrence J.. Ethics and finitude: Heideggerian contributions to moral philosophy. Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, 2000, Introduction]
Tradução
A ética é um interesse em, e interrogação de, questões de bem-estar existencial e mal-estar na vida social, como lidamos com, respondemos a, e afetamos a melhoria e o sofrimento uns dos outros. As questões éticas incluem (1) bem-estar (desenvolvimento humano e prosperidade), (2) ajuda e dano, (3) justiça (honestidade e (…) -
Raffoul (2010:17-19) – responsabilidade = responsividade
13 de fevereiro de 2021, por Cardoso de CastroO eu sempre vem depois, sempre chega “atrasado”, e sua responsabilidade é aquela própria demora na forma de se apresentar e atender a chamada. É aqui que se nota a importância crucial da concepção de ser humano que está na base de uma concepção de responsabilidade: Kant pensa o ser humano como sujeito racional, origem (“liberdade transcendental”) e fundamento. Seu conceito de responsabilidade terá estas características. Heidegger pensa o humano não mais como sujeito, mas como Dasein, isto é, (…)
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Nancy (BSP:1-3) – sentido
4 de fevereiro de 2021, por Cardoso de Castro[NANCY, Jean-Luc. Being Singular Plural. Translated by Robert D. Richardson and Anne E. O’Byrne. Stanford: Stanford University Press, 2000, p. 1-3]
Tradução
Costuma-se dizer hoje que perdemos o sentido, que ele nos falta e, como resultado, estamos precisando e esperando por ele. Quem fala assim esquece que a própria propagação deste discurso é plena de sentido. Lamentar a ausência de sentido em si tem sentido. Mas este lamentação não tem sentido apenas neste modo negativo; negar a (…) -
Arendt (RJ:112-115) – razão - desejo - vontade - liberdade
7 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroRosaura Eichenberg
Mencionei anteriormente que o fenômeno da vontade era desconhecido da Antiguidade. Mas, antes de tentar determinar a sua origem histórica, que tem um interesse considerável, vou tentar lhes dar, muito sucintamente, uma breve análise da sua função com respeito às outras faculdades humanas. Para fins de concisão, vou começar com uma simples ilustração. Vamos supor que temos diante de nós um prato de morangos e que desejo comê-los. Esse desejo era certamente conhecido da (…) -
Lévinas (1991:24-26) – Mesmo - Outro - Eu
2 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroSer eu é, para além de toda a individualização que se pode ter de um sistema de referências, possuir a identidade como conteúdo. O eu não é um ser que se mantém sempre o mesmo, mas o ser cujo existir consiste em identificar-se, em reencontrar a sua identidade através de tudo o que lhe acontece. É a identidade por excelência, a obra original da identificação.
João Pinto Ribeiro
A alteridade, a heterogeneidade radical do Outro, só é possível se o Outro é realmente outro em relação a um (…) -
Lévinas (1991:21-24) – Desejo do invisível
29 de outubro de 2020, por Cardoso de CastroO Outro metafisicamente desejado não é «outro» como o pão que como, como o país em que habito, como a paisagem que contemplo, como, por vezes, eu para mim próprio, este «eu», esse «outro».
Pinto Ribeiro
«A verdadeira vida está ausente.» Mas nós estamos no mundo. A metafísica surge e mantém-se neste álibi. Está voltada para o «outro lado», para o «doutro modo», para o «outro». Sob a forma mais geral, que revestiu na história do pensamento, ela aparece, de facto, como um movimento que (…) -
Arendt (LM:94-96) – pensar e julgar
3 de outubro de 2020, por Cardoso de CastroAbranches, Almeida e Martins
Essa distinção entre pensar e julgar só veio a merecer destaque com a filosofia política de Kant — o que não é de se estranhar, já que Kant foi o primeiro e permaneceu sendo o último dos grandes filósofos a lidar com o juízo como uma das atividades espirituais básicas. Pois o que importa é que nos vários tratados e ensaios que Kant escreveu tardiamente, o ponto de vista do espectador não é determinado pelos imperativos categóricos da razão prática, isto é, pela (…) -
Jonas (PR:35-37) – ética do agir
20 de setembro de 2020, por Cardoso de CastroJONAS, Hans. O Princípio Responsabilidade. Ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Tr. Marijane Lisboa & Luiz Barros Montez. Editora: PUC-Rio, 2006, p. 35-37
Tomemos do passado aquelas características do agir humano significativas para uma comparação com o estado atual de coisas.
1. Todo o trato com o mundo extra-humano, isto é, todo o domínio da techne (habilidade) era — à exceção da medicina — eticamente neutro, considerando-se tanto o objeto quanto o sujeito de tal (…) -
Sloterdijk (E3:155-158) – a imunidade
4 de setembro de 2020, por Cardoso de CastroSLOTERDIJK, Peter. Esferas III. Espumas. Esferología plural. Tr. Isidoro Reguera. Madrid: Siruela, 2006, p. 155-158
El excesivo interés de los seres humanos modernos por la «salud» sólo se comprende en este contexto: es un fenómeno de tapadera para la demanda de seguridades de trasfondo, que siguen siendo válidas tras la disolución de las latencias naturales y culturales –y tras el empalidecimiento del colorismo regional del carácter–. ¿Dónde si no al fundamento biológico, supuestamente (…)