tradução do inglês
Hoje em dia se costuma dizer que perdemos o sentido, que ele nos falta e, como resultado, precisamos e esperamos por ele. Aquele que fala desta maneira esquece que a própria propagação deste discurso é ela mesma cheia de sentido. Lamentar a ausência de sentido em si mesmo tem sentido. Mas tal lamento não tem sentido apenas neste modo negativo; negar a presença de sentido afirma que se sabe qual seria o sentido, aí estivesse, e mantém o domínio e a verdade do sentido em (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Nancy (1996:19-21) – sentido e "nós"
15 de maio de 2020, por Cardoso de Castro -
Nancy (2002:66) – o pensamento da ética em Heidegger
5 de maio de 2020, por Cardoso de CastroA filosofia não se encarrega de prescrever normas ou valores: deve pensar a essência ou o sentido do que faz a ação [l’agir] como tal, em outras palavras, do que coloca a ação na posição de ter que escolher normas ou valores. Talvez, aliás, esse próprio entendimento da filosofia já seja de origem heideggeriana, ou pelo menos para nós, hoje, é necessariamente heideggeriano na modalidade.
nossa tradução
Apresentar o pensamento da ética em Heidegger envolve uma dificuldade tríplice, cujos (…) -
Foucault (HS1:182-191) – bio-política e anátomo-política do corpo humano
25 de abril de 2020, por Cardoso de CastroExcerto de FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I. A Vontade de Saber. Tr. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. São Paulo: Graal, 1999.
Albuquerque & Albuquerque
Concretamente, esse poder sobre a vida desenvolveu-se a partir do século XVII, em duas formas principais; que não são antitéticas e constituem, ao contrário, dois polos de desenvolvimento interligados por todo um feixe intermediário de relações. Um dos polos, o primeiro a ser formado, ao que (…) -
Sloterdijk (E1:119-126): o homem-máquina, ainda uma referência
24 de março de 2020, por Cardoso de CastroExcerto de SLOTERDIJK, Peter. Esferas I. Bolhas. Tr. José Oscar de Almeida Marques. Rio de Janeiro: Estação Liberdade, 2016, p. 119-126.
Entre os representantes da nova mentalidade antimetafísica, destaca-se o médico, filósofo e satirísta Julien Offray de La Mettrie (1709-1751), por seu irônico radicalismo e a agressividade de sua imagem mecanicista do mundo e do ser humano. Mesmo os mais liberais de seus contemporâneos consideravam-no, por seu temperamento anárquico e cético, um (…) -
Arendt (LM:26-30) – o valor da superfície
13 de março de 2020, por Cardoso de CastroAbranches, Almeida & Martins
O mundo cotidiano do senso comum, do qual não se podem furtar nem o filósofo nem o cientista, conhece tanto o erro quanto a ilusão. E, no entanto, nem a eliminação de erros, nem a dissipação de ilusões pode levar a uma região que esteja além da aparência. “Pois quando se dissipa uma ilusão, quando se rompe subitamente uma aparência, é sempre em proveito de uma nova aparência que retoma, por sua própria conta, a função ontológica da primeira… A des-ilusão é (…) -
Arendt (RJ:164-166) – discriminar certo e errado - habilidade de pensar
5 de março de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
Se a habilidade de distinguir o certo do errado deve ter algo a ver com a habilidade de pensar, devemos ser capazes de "demandar" seu exercício em todas as pessoas sãs, por mais eruditas ou ignorantes, por mais inteligentes ou estúpidas que sejam. Kant, a este respeito quase só entre os filósofos, ficou muito incomodado com a opinião comum de que a filosofia é apenas para poucos, precisamente por causa das implicações morais dessa opinião. Nesse sentido, ele observou certa (…) -
Gordon Graham: certo e errado
2 de março de 2020, por Cardoso de CastroExcerto de GRAHAM, Gordon. Theories of Ethics: An Introduction to Moral Philosophy with a Selection of Classic Readings. London: Taylor & Francis, 2011, p. 1-2.
nossa tradução
Este é um livro sobre ética, sobre certo e errado, e sobre bem e mau na vida humana. Mas podemos realmente ditar o moralmente certo do errado? Muitas pessoas pensam que a moralidade não é como a ciência, que trata de fatos, mas uma questão de valores, sobre os quais só podemos ter opiniões pessoais. De acordo (…) -
Caeiro: Fenomenologia da situação humana
25 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroCAEIRO, António de Castro. A arete como possibilidade extrema do humano. Fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002, p. 17-19
Esta dissertação tem como objectivo a exposição do horizonte da situação humana (πρᾶξις) por forma a nele se poder encontrar e realizar a sua possibilidade extrema, a excelência (άρετή). É nessa conformidade que pretendemos promover a identificação e o isolamento do sentido da excelência (άρετή), em geral, e da (…) -
Kierkegaard: o "si mesmo"
19 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroSTOKES, Patrick. The Naked Self. Kierkegaard and Personal Identity. Oxford: Oxford University Press, 2015, p. 13-14
nossa tradução
As articulações de Kierkegaard sobre a individualidade [selfhood] são completamente não substancialistas. De fato, desde o início, o pseudônimo de Kierkegaard, o juiz William, rejeita ativamente a noção de si mesmo como uma substância à qual quaisquer predicados psicológicos poderiam ser atribuídos sem comprometer sua identidade, como se um indivíduo (…) -
Arendt (Free) – revolução e liberdade
9 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroDuarte
A palavra “revolução”, como qualquer outro termo de nosso vocabulário político, pode ser utilizada em um sentido genérico, sem levarmos em conta a sua origem e o momento temporal em que foi aplicada pela primeira vez a um fenômeno político específico. A suposição de tal utilização é que, não importa quando e por que o termo apareceu pela primeira vez, o fenômeno ao qual ele se refere é coetâneo da memória humana. A tentação de utilizar a palavra em termos genéricos é especialmente (…)