La seconde transformation, corrélative de la première comme des autres que nous allons examiner, de la pensée mythologique par rapport à la pensée mythique – transformation frappant immédiatement quand on compare les uns aux autres les récits mythiques et les récits mythologiques –, est que, dans ces derniers, les hommes sont pratiquement absents : ils n’interviennent, au mieux que par allusion furtive (au début de la Théogonie d’Hésiode, à propos d’Eros), et en tout cas, ils ne sont (…)
Página inicial > Fenomenologia
Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
-
Richir (1994:10-12) – 2ª e 3ª transformações do pensamento mítico
16 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Richir (1994:18-21) – teses de Schelling sobre a Mitologia
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLes deux premières thèses fondamentales de Schelling, dont nous allons voir qu’elles s’articulent systématiquement l’une à l’autre, sont : 1) qu’il y a une [19] corrélation stricte entre l’individuation d’un peuple et l’individuation d’une mythologie (« nous ne pouvons concevoir un peuple sans mythologie » : 63 ; 75) ; 2) que la mythologie est un vrai polythéisme à la racine duquel se trouve le théisme : « Ne sont dieux que ceux qui, à travers de nombreux chaînons intermédiaires, d’une (…)
-
Richir (1994:8-10) – primeira transformação do pensamento mítico
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAvec la pensée mythologique – les récits mythologiques –, nous changeons de registre puisque ces récits, qui se déploient dans des sociétés où s’est institué l’État (la royauté, le pouvoir politique coercitif), sont toujours récits de fondation de l’ordre cosmique et socio-politique, où, au terme d’intrigues complexes entre de tout nouveaux « personnages » nommés dieux, l’un d’entre eux acquiert la souveraineté où la souveraineté royale est censée trouver la source de sa légitimité. La (…)
-
Harman (TB:1-2) – ente-ferramenta
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de HARMAN, Graham. Tool-Being. Heidegger and the Metaphysics of Objects. Chicago: Open Court, 2002, p. 1-2
português
A chave para meu argumento está em uma nova leitura da famosa analítica da ferramenta de Ser e Tempo. Embora centenas de estudiosos já tenham comentado essa análise magistral, não conheço ninguém que tenha tirado conclusões suficientemente radicais dela. Dos poucos intérpretes que estavam dispostos a dar o centro do palco ao drama do ente-ferramenta, todos (…) -
Harman (SRI:C3) – Ontologia orientada-ao-objeto
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHARMAN, Graham. Speculative Realism. An Introduction. Cambridge: Polity Press, 2018, Capítulo 3.
português
Como mencionado anteriormente, OOO começou a partir de uma interpretação de Heidegger, a quem ainda considero o principal filósofo do século XX: “ocorreu-me em um certo ponto, bastante cedo [em 1991 ou 1992], que Heidegger se resume a… apenas uma oposição fundamental que se mantém recorrente, se ele está falando sobre ser ou ferramentas ou Dasein [humano] ou qualquer outra coisa: (…) -
Maurizio Ferraris (MNR:4-5) – o ironizar pós-moderno
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de FERRARIS, Maurizio. Manifesto of New Realism. New York: SUNY, 2014, p. 4-5.
português
Pós-modernismo marca a entrada de aspas em filosofia: a realidade se torna "realidade", verdade "verdade", objetividade "objetividade", justiça "justiça", gênero "gênero" e assim por diante. Na base dessa nova citação do mundo, estava a tese segundo a qual as “grandes narrativas” (rigorosamente entre aspas) da modernidade ou, pior ainda, o objetivismo antigo foram a causa do pior tipo de (…) -
Maurizio Ferraris (GK:3-4) – a revolução kantiana
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de FERRARIS, Maurizio. Goodbye, Kant! What Still Stands of the Critique of Pure Reason. New York: SUNY, 2013, p. 3-4]
português
Quando morreu, aos oitenta anos, em 12 de fevereiro de 1804, Kant esquecia tanto quanto Ronald Reagan no final de sua vida. Para superar isso, escrevia tudo em uma grande folha de papel, na qual reflexões metafísicas estavam misturados com contas de lavanderia. Ele era a melancólica paródia do que Kant considerava o princípio mais elevado de sua (…) -
Maurizio Ferraris (GK:16-18) — Kant - ontologia e epistemologia
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de FERRARIS, Maurizio. Goodbye, Kant! What Still Stands of the Critique of Pure Reason. New York: SUNY, 2013, p. 16-18
Português
Se eu puder mostrar que a Crítica da Razão Pura realmente pode ser resumida nessas teses, também terei justificado minha posição geral, a saber, que a visão de Kant parece oferecer uma teoria da experiência, mas realmente apresenta uma teoria da ciência, precisamente porque confunde os dois níveis. Isso pode parecer uma conclusão insignificante e (…) -
Flusser (2004:49-51) – intelecto e dúvida
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroCertos exercícios do Ioga ultrapassam, em radicalidade, as meditações cartesianas. Revelam vivencialmente, não que penso, mas que tenho pensamentos. Posso, nesses exercícios, eliminar os pensamentos, mas continuarei sendo. Com efeito, o método cartesiano prova a existência de pensamentos, não do eu que pensa. Há uma fé humanista no “eu” que se infiltra, sub-repticiamente, no argumento cartesiano, sem jamais ser duvidada. Os exercícios do Ioga interessam, neste contexto, apenas enquanto (…)
-
Flusser (2013:C2) – A imagem técnica
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta. Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Annablume, 2013.
Trata-se de imagem produzida por aparelhos. Aparelhos são produtos da técnica que, por sua vez, é texto científico aplicado. Imagens técnicas são, portanto, produtos indiretos de textos – o que lhes confere posição histórica e ontológica diferente das imagens tradicionais. Historicamente, as imagens tradicionais precedem os textos, por milhares de anos, e as imagens (…)