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Byung-Chul Han (2021) – substituir o sujeito pelo projeto
RF: Onde está para você os grandes desafios para o pensamento?
BCH: Hoje há tantas coisas e acontecimentos que necessitam de discussão filosófica. Depressão, transparência ou mesmo Partido Pirata são problemas filosóficos para mim. Sobretudo a digitalização e a conexão digital constituem hoje uma tarefa e um desafio especial para a filosofia. Precisamos de uma nova antropologia, digital, uma teoria da percepção e do conhecimento. Precisamos de uma filosofia social e uma filosofia da cultura digitais. Há tempos que deveria ter sido feito um update digital do Ser e tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
de Heidegger.
RF: Como assim?
BCH: Heidegger substituiu o sujeito pelo “ser-aí”. Precisamos, então, substituir o sujeito pelo projeto. Não estamos mais “lançados”. Não temos “destino”. Somos projetos que projetam. A digitalização fez com que a “coisa” de Heidegger desaparecesse. Ela produz um novo ser e um novo tempo. Temos que nos arriscar mais na teoria. A filosofia acadêmica é tímida demais para isso. Queria mais coragem e atrevimento. “Espírito” significa originalmente inquietude ou comoção. A filosofia acadêmica, vista assim, não tem espírito. (ByungCIM ByungCIM Capitalismo e impulso de morte : ensaios e entrevistas / Byung-Chul Han ; tradução Gabriel Salvi Philipson. – 1. ed. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2021. )