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Apel (2000) – ser-que-se-antecipa [Sich-vorweg-Sein]
Quanto à tese (3): A meu ver, a própria expressão “ser-que-se-antecipa” (Sich-vorweg-Sein) deixa claro que Heidegger, em Ser e tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, ainda não havia rompido por completo sua ligação com uma filosofia transcendental da “subjetividade”, no sentido kantiano. Por isso, em Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
e o problema da metafísica [Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
und das Problem der Metaphysik, 1929], ele pôde aproximar entre si o “caráter projetivo” do “Compreender”, que transcende a si mesmo e a todo e qualquer ente, e a “espontaneidade” da “imaginação transcendental” em sentido kantiano. Do mesmo modo, a “interpretação” do “ser-que-se-antecipa” como “preocupação” [Sorge], no sentido da ligação a uma “voluntariedade” do ser-no-mundo, e sobretudo a ideia da imemoriável “situação de culpa” do ser-aí, tudo isso atesta que naquele momento não se podia descartar a compreensão da “pré-estrutura” do Compreender — ao menos entre outras coisas— como um problema da identidade do ser humano consigo mesmo, a ser assumida ou rejeitada. Nisso, porém, podia-se entrever ainda outro problema, igualmente solucionável por meio de recursos científicos: o da reconstituição ao mesmo tempo empírica e normativa das condições de possibilidade e validade do “Compreender a si mesmo e ao mundo” imbricadas na pré-estrutura. E por que não deveria estar implícita nesse programa a reconstrução (hermenêutica e ligada à crítica das ideologias) da história dos gêneros, bem como a reconstrução (que recentemente tem passado para o primeiro plano) dos mecanismos reguladores gerativos, pertencentes ao comportamento instintivo e inato? [1]
[1] Aqui tenho em mente tanto as pesquisas etológicas, quanto aquelas desenvolvidas pela escola piagetiana acerca das pré-estruturas cognitivas inatas, e sobretudo a reconstituição do instinto racional humboldtiano da linguagem, no sentido da “gramática gerativa”.