Todavia, se nós dissermos que a essência da verdade é correção, então não temos em vista essa palavra no sentido mais rico da conformidade estabelecida em termos de conteúdo da representação com o ente que vem ao encontro. Correção é, nesse caso, compreendida como tradução de adaequatio e homoiosis. Também para Nietzsche permanece de antemão decidido, e, de acordo com a tradição, que: verdade é correção.
Casanova
O fragmento começa: "A avaliação: ’eu acredito que isso e aquilo sejam (…)
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Wert / Werte / Wertschätzung / Entwertung / Umwertung
Wert / valeur / valor / value / Werte / valeurs / valores / values / Wertschätzung / avaliação / Entwertung / desvalorização / desvalorización / Umwertung / transvaloração
Umwertung: Transvaloração de todos os valores significa estabelecer para a vida, para o ente na totalidade, uma nova condição por meio da qual a vida seja trazida uma vez mais a si mesma, isto é, impelida para além de si, e assim se torne pela primeira vez possível em sua essência verdadeira. Transvaloração não é outra coisa senão o que deve ser levado a cabo pelo peso mais pesado, pelo pensamento do eterno retorno. (GA6
GA6
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N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
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Matérias
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GA6T1:511-512 – verdade é correção da representação
20 de maio de 2023, por Cardoso de Castro -
Barbuy: Valor e Transcendência
8 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 239-247
1. Toda teoria psicologista e relativista do valor, leva à negação deste último. O valor é um fenômeno da experiência vital, que não comporta explicações fora da Transcendência e da objetividade. A fenomenologia permite estabelecer que a nossa vivência íntima do valor é uma vivência da sua objetividade. Metafisicamente o valor é objetivo: a distinção entre valor e ser, tão vivamente estabelecida na (…) -
Barbuy: Valor e Transcendência
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro1. Toda teoria psicologista e relativista do valor, leva à negação deste último. O valor é um fenômeno da experiência vital, que não comporta explicações fora da Transcendência e da objetividade. A fenomenologia permite estabelecer que a nossa vivência íntima do valor é uma vivência da sua objetividade. Metafisicamente o valor é objetivo: a distinção entre valor e ser, tão vivamente estabelecida na filosofia mais autêntica dos valores, não poderia encontrar explicação fora da identificação (…)
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GA43: Estrutura da Obra
9 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
-* Nietzsche como pensador metafísico O livro A vontade de poder Planos e trabalhos preliminares para a obra capital A unidade entre vontade de poder, eterno retorno e transvaloração A estrutura da "obra central" O modo de pensar nietzschiano como inversão O ser do ente como vontade na tradição metafísica A vontade como vontade de poder Vontade como afeto, paixão e sentimento A interpretação idealista da doutrina nietzschiana da vontade Vontade (…) -
GA56-57: Estrutura da Obra
12 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción y notas aclaratorias de Jesús Adrián Escudero
Consideraciones preliminares
Ciencia y reforma universitaria
Introducción
§ 1. Filosofía y concepción del mundo
a) La concepción del mundo como tarea inmanente de la filosofía
b) La concepción del mundo como límite de la ciencia crítica de los valores
c) La paradoja del problema de la concepción del mundo. Incompatibilidad entre filosofía y concepción del mundo
Primera parte - La idea de la filosofía como ciencia (…) -
O homem e os valores
7 de abril, por Cardoso de CastroJ.-P. Sartre, L’Être et le Néant, Gallimard, 1943, p. 720 ss.
A ontologia não pode formular de per si prescrições morais. Consagra-se unicamente àquilo que é, e não é possível derivar imperativos de seus indicativos. Deixa entrever, todavia, o que seria uma ética que assumisse suas responsabilidades em face de uma realidade humana em situação. Com efeito, revelou-nos a origem e a natureza do valor; vimos que o valor é a falta em relação à qual o Para-si determina a si mesmo em seu ser como (…) -
Valor do método descritivo em fenomenologia
7 de abril, por Cardoso de CastroA. de Waelhens, La Philosophie de Martin Heidegger, Louvain (Inst. Sup. de PhiL), 1942, nas páginas indicadas no texto.
Pergunta-se como uma filosofia que deseja praticar um método descritivo adquire o direito de decidir, antes de qualquer descrição, que o fundamento dos fenômenos permanece, à primeira vista, geralmente oculto. Da mesma forma, não se vê como se justifica, do ponto de vista fenomenológico puro, a distinção entre o que é fundamental e o que não é. Qual é o critério — (…) -
Birault (1978:134-137) – o ser em termos da ideia platônica
29 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroO ser de todo ente, o que pode ser chamado de sua entidade — die Seiendheit, os gregos o chamavam de οὐσία. Sabemos que Platão determina οὐσία em termos de εἶδος ou ἰδέα. Também sabemos que a palavra ideia designa, antes de tudo, a face, a forma ou o tipo de todas as coisas. Por fim, sabemos que essa determinação do ser em termos de uma ideia faz parte do conhecido privilégio do olho, do ver ou da visão na existência, no pensamento e na arte dos helenos. E quando se trata do privilégio da (…)
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Birault (1978:132-134) – valor
29 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroValor (latim valere) refere-se, em primeiro lugar, à valentia e ao poder, à saúde e à integridade de uma coisa ou de um ser. O valor ainda está livre de qualquer avaliação ou estimativa: ele é pensado em termos de ser ou perfeição.
Valor sem avaliação, estima sem estimativa, é o que a palavra grega ἀξίωμα também diz, e melhor ainda. “A “destruição” heideggeriana da moderna concepção “axiomática” ou “axiológica” da noção de valor. “O grego ἀξίωμα”, lembra Heidegger, ‘é derivado de ἀξιόω, eu (…) -
GA22: § 49. La idea del agathon
23 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroExtrato da tradução em espanhol de Germán Jiménez; revisão: Marcela Zerpa y Martín Simesen de Bielke
a) El ser y el "en-vista-de-qué " del comprender
ousia y agathon. ¿Cómo se pasa de los principios y de las determinaciones fundamentales del ente, de las ideas como estructuras de ser, a la idea del agathon, de lo lógico a lo ético, del ser al deber? ousia y agathon.
El ser, es decir, el ser-ente (das Seiende-Sein), es lo comprendido pura y simplemente en vista de sí mismo y lo que (…) -
Arendt (LM:26-30) – o valor da superfície
13 de março de 2020, por Cardoso de CastroAbranches, Almeida & Martins
O mundo cotidiano do senso comum, do qual não se podem furtar nem o filósofo nem o cientista, conhece tanto o erro quanto a ilusão. E, no entanto, nem a eliminação de erros, nem a dissipação de ilusões pode levar a uma região que esteja além da aparência. “Pois quando se dissipa uma ilusão, quando se rompe subitamente uma aparência, é sempre em proveito de uma nova aparência que retoma, por sua própria conta, a função ontológica da primeira… A des-ilusão é (…) -
Greisch (1994:Intro) – Confronto Heidegger-Rickert
24 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroComo um bom epistemólogo, Rickert fez uma distinção entre as "leis da natureza" como um princípio de explicação científica e a norma como um princípio de julgamento. Foi essa distinção que formou o núcleo do chamado método teleológico-crítico. Embora seja fácil reconhecer o progresso que tal método representa em relação a um método puramente genético (o de uma simples história da ciência), não é certo que ele seja capaz de fornecer um critério suficiente para fundar filosoficamente uma (…)
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Fédier (2012:34-36) – as três questões de Kant
24 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroKant reúne a filosofia em torno de três questões: Was kann ich wissen? O que é que me é possível conhecer ?
Traduzida desta forma, esta questão não é outra senão a do limite do conhecimento, onde começa aquilo que me é impossível conhecer. Ora, o que me é impossível conhecer é tudo o que não tem o estatuto de objeto cognoscível. Esta primeira questão abre o campo para a primeira Crítica (Crítica da Razão Pura), na qual se estabelece que só pode haver conhecimento daquilo que se apresenta (…) -
Valores, segundo Scheler
7 de abril, por Cardoso de CastroBochenski1962
Os objetos intencionais do sentir (intentionale Gegenstände des Fühlens) são ο a priori do emocional: são os valores. O entendimento é cego para eles, mas eles são dados imediatamente ao sentir intencional, como as côres à visão. São a priori.
Scheler leva a cabo uma crítica demolidora, por um lado, de toda espécie de nominalismo axiológico, para o qual os valores nada mais são do que fatos empíricos, e, por outro lado, do formalismo ético. Por esta forma consegue liberar a (…) -
Nietzsche (VP:676): SOBRE A PROVENIÊNCIA DE NOSSAS APRECIAÇÕES DE VALOR
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroPodemos dissecar espacialmente o nosso corpo, e então obtemos dele uma representação que é em tudo idêntica à do sistema estelar, e a diferença entre orgânico e inorgânico não salta mais aos olhos.
Outrora se explicava o movimento das estrelas como efeitos de seres (Wesen) que tinham uma consciência final: não se necessita mais disso, e, desde há muito, nem em relação ao movimento do copo, quando ele se modifica, se crê mais que basta uma consciência que estabelece fim. A maior quantidade (…) -
GA48: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira Marco Antonio Casanova
-* Os cinco títulos centrais no pensamento de Nietzsche O niilismo enquanto «desvalorização dos valores supremos» Niilismo, nihil e nada O conceito nietzschiano de cosmologia e de psicologia A proveniência do niilismo. Suas três formas Os valores supremos enquanto categorias O niilismo e o homem da história ocidental A nova instauração de valores O niilismo enquanto história Instauração de valores e vontade de poder A subjetividade na interpretação (…) -
Husserl – Valor supra-histórico da filosofia
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroO matemático não se voltará, certamente, para a história para obter informações sobre a verdade das teorias matemáticas; não pensará estabelecer a relação entre o desenvolvimento histórico das representações e dos juízos matemáticos e a questão da sua verdade. Como é, então, que o historiador deveria ter que decidir da verdade dos sistemas filosóficos dados e, sobretudo, da possibilidade em geral de uma ciência filosófica válida em si? E que poderia ele juntar à ideia de uma verdadeira (…)
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GA6T2:116-121 – a falácia do "homem bom"
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroExcerto de HEIDEGGER, Martin. Nietzsche II. Tr.: Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007, p. 86-89
Casanova
Se a “verdade”, isto é, o verdadeiro e o real, é transplantada para o alto e para o além em um mundo em si, então o ente propriamente dito aparece como aquilo a que toda a vida humana precisa se submeter. O verdadeiro é aquilo que deve ser em si e é desejável. A vida humana só presta para alguma coisa, só é determinada por meio de virtudes corretas, se (…) -
Husserl (FCR:53-54) – Valor supra-histórico da filosofia
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmundo. A Filosofia como Ciência de Rigor. Tr. Albin Beau. Coimbra: 1992, p. 53-54
O matemático também não irá dirigir-se à História para receber ensinamento sobre a verdade das teorias matemáticas; não lhe há de ocorrer relacionar a evolução histórica das noções e dos juízos matemáticos com a questão da Verdade. Como havia, pois, o historiador de decidir sobre a verdade dos sistemas filosóficos existentes, ou até sobre a possibilidade de uma ciência filosófica, em si de valor? (…) -
Schalow (FSIE) – Avaliação de Scheler por Heidegger
11 de junho, por Cardoso de CastroFSIE
Heidegger rastreia a origem da pergunta “O que é o homem?”, a preocupação básica da antropologia filosófica, de volta a Kant. Numa série de palestras compiladas após sua morte e publicadas posteriormente em inglês sob o título Logic (GA21), Kant delineou toda a estrutura da filosofia Crítica de acordo com três perguntas básicas. Cada uma delas corresponde a uma das três Críticas: O que posso saber, O que devo fazer e O que me é permitido esperar? Kant também levantou uma quarta (…)
Notas
- Eudoro de Sousa (MHM:148) – valores humanos
- Fink (1966b:235) – O mundo é sem razão
- GA20:45-46 – representação [Vorstellung]
- GA5:227 – valores
- GA5:258 – O ser tornou-se valor
- GA6T2:66-67 – atuação é o irreal
- GA87:306-307 – Nietzsche - a questão do valor
- Greisch (1994:Intro) – filosofia dos valores aquém de uma arqui-ciência
- Isaiah Berlin: valores e racionalidade
- Nietzsche (VP:§676): SOBRE A PROVENIÊNCIA DE NOSSAS APRECIAÇÕES DE VALOR
- RIST: valor e direitos do homem
- Simmel (2011:65) – Valor
- Simmel (PM) – valor econômico
- SZ:293 – realização de valor