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Seinsgeschichte
terça-feira 4 de julho de 2023
Seinsgeschichte, Geschichte des Seins, Histoire de l’être, história do ser, history of being, being-historical, historia del ser
A Seinsgeschichte de Heidegger não é uma “história” do ser, como os livros de Frederick Copleston são uma “história” da filosofia. Em vez disso, é um argumento altamente teorizado sobre a apropriação, “dando” ou “enviando” (cf. geben, schicken) a clareira-para-sentido (ἀλήϑεια-1) em várias configurações ao longo da metafísica ocidental. [1] Em outras palavras, é uma história muito idiossincrática da ontologia, que pressupõe e defende a visão única de Heidegger sobre a clareira apropriada. Se ele tivesse que juntar esses vários “envios” em uma narrativa diacrônica, teria escrito um trabalho de história científica: uma história da filosofia sobre como a apropriação “dá” a clareira para o ser e, portanto, é responsável pelas várias formações do ser nos últimos vinte e quatro séculos — em suma, uma história das “dispensações” metafísicas do ser (Seinsgeschicke). E, de certa forma, ele o fez, não em um único livro, mas em uma série de monografias, palestras e ensaios que, como um todo, é chamada de Seinsgeschichte. Mas esse seria um livro bem diferente de uma história da ontologia que não contemple essas suposições. [Sheehan
Sheehan
Thomas Sheehan
THOMAS SHEEHAN (1941)
, 2015, p. 250]
[…] choices for rendering die Geschichte des Seins, Seinsgeschichte, and seinsgeschichtlich. Focusing on the "being" component in these words and deciding to translate Geschichte with "history," we rendered these words as "history of being", "being-history," and "being-historical." But how to reflect in translation the important difference between Geschichte and Historie? (Emad & Maly Emad & Maly
Emad
Maly
Parvis Emad
Kenneth Maly
Emad & Kalary EMAD, Parvis & MALY, Kenneth / Emad & Kalary , p. xxiii)
Heidegger atribui a primeira aparição do conceito de Seinsgeschichte, "história do ser", a GA9 GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996 :EV EV EV (GA36/37) = " Vom Wesen der Wahrheit", in W, 175-99 / "On the Essence of Truth", in Krell, 115-38 (Publicado originalmente em 1943, com base em uma aula de 1930) [Sobre a essência da verdade (Lisboa: Ed. 70, 1988)] , escrito em 1930 e publicado em 1943 (GA7 GA7
GA 7
GA VII
GA7PT
GA7FR
GA7ES Vorträge und Aufsätze (1936–1953), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 2000. — Ensaios e conferências :QCT QCT A Questão da Técnica , 28/24): a " ek-sistência do homem histórico começa no momento em que o primeiro pensador expõe uma instância de questionamento para o desencobrimento dos entes, perguntando o que são os entes. […] A história começa, pela primeira vez, quando os próprios entes são especificamente promovidos ao desencobrimento e mantidos nele, quando esta manutenção é concebida em função do questionamento acerca dos entes enquanto tais. O desvelamento inicial dos entes como um todo, a questão acerca dos entes enquanto tais e o começo da história ocidental são o mesmo […] O homem ek-siste — isto agora significa: a história das possibilidades essenciais de uma humanidade histórica para ela se mantém, no desvelamento dos entes como um todo. As raras e simples decisões da história surgem do modo como a essência original da verdade essencializa" (GA9 GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996 :EV EV EV (GA36/37) = " Vom Wesen der Wahrheit", in W, 175-99 / "On the Essence of Truth", in Krell, 115-38 (Publicado originalmente em 1943, com base em uma aula de 1930) [Sobre a essência da verdade (Lisboa: Ed. 70, 1988)] , 187s/126s).
SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
contém o germe desta ideia: já que Dasein é "histórico", seu questionamento acerca do ser também é histórico. Assim, ao indagar acerca do ser precisamos também explorar a história da indagação acerca do ser. Heidegger sugere — bastante razoavelmente, embora não esteja obviamente vinculado à " historicidade" de Dasein — que os filósofos, desde os gregos até o presente, sustentaram visões variadas acerca do ser. A razão explícita que possui para examinar suas visões é mais do que simplesmente afirmar a sua própria visão, o fato de tendermos a sucumbir à tradição. Empregamos conceitos e categorias tradicionais sem investigar e explorar, de forma adequada, as " fontes" originais das quais foram retirados (SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 20s). Podemos, por exemplo, usar as noções de "matéria" e "forma" sem nos recordarmos das reflexões de Aristóteles
Aristoteles
Aristote
Aristóteles
Aristotle
Para Heidegger, Aristóteles é com efeito toda a filosofia, por esta razão passou sua vida a situar, demarcar, mensurar, em resumo questionar em sua dimensão mesma de lugar, este lugar comum a toda humanidade.
sobre um artesão dando forma ao seu material ou sem imaginar se elas são prontamente aplicáveis a outros entes além dos artefatos (cf. GA5
GA5
GA5BD
GA5CL
GA5WB
Holzwege
GA 5
GA V
HW
CF2002
CB2012
CMNP
Chm
Holzwege (1935-1946) [1977]
:UK, 16ss/152ss). Para evitar tais possibilidades, Heidegger empreende uma Destruktion da tradição, não destruindo-a no sentido usual, mas "desatando-a" de modo a discernir as "experiências originais" que lhe deram origem. Isto mostrará os méritos, falhas e limitações dos conceitos tradicionais e poderá revelar novas possibilidades obscurecidas pela tradição. Esta destruição haverá de desatar as correntes que a tradição nos impôs e permitirá que lancemos um olhar cheio de frescor e atenção aos entes (SZ
GA2
Sein und Zeit
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SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
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ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 22. Cf. GA6T2
GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
:NII, 415 / GA11
GA11
GA 11
GA XI
GA11HCEF
GA11CL
GA11JAE
GA11Q1-2
GA11Q3-4
GA11JS
GA11ES
TK
QueFilosofia
Identität und Differenz (1955-1957) [2006] — Identidade e Diferença
:ENDPHILO
GA14
GA 14
GA XIV
IFPCM
TB
GA14JS
GA14ES
ZS
CaminhoFenomenologia
ENDPHILO
Zur Sache Denkens (1962-1964) [2007]
, 14s). SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
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BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
não é, entretanto, histórico do modo como EV
EV
EV (GA36/37) = " Vom Wesen der Wahrheit", in W, 175-99 / "On the Essence of Truth", in Krell, 115-38 (Publicado originalmente em 1943, com base em uma aula de 1930) [Sobre a essência da verdade (Lisboa: Ed. 70, 1988)]
é. Ele não sugere, como faz EV
EV
EV (GA36/37) = " Vom Wesen der Wahrheit", in W, 175-99 / "On the Essence of Truth", in Krell, 115-38 (Publicado originalmente em 1943, com base em uma aula de 1930) [Sobre a essência da verdade (Lisboa: Ed. 70, 1988)]
, que o mundo de Dasein, em primeiro lugar, esteja aberto pelo questionamento filosófico ou que mudanças cruciais no mesmo dependam de desenvolvimentos filosóficos. SZ
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SZ
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Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
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ETFV
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ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
não considera a questão de como e quando Dasein chegou a ser em um mundo, nem implica que o mundo sofra mudanças significativas. SZ
GA2
Sein und Zeit
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S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
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STFC
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STJR
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STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
esboça uma história do questionamento sobre o ser, mas não do próprio ser. [DH
Inwood
DH
Michael Inwood / Dicionário Heidegger
]
Observações
[1] GA10: 90.24–28 = 61.35–38. By “gives” Heidegger intends “enables, occasions, is responsible for” as at GA22: 106. 32 = 87.32: “ursprünglich ermöglichend.” GA7: 10.18 = 7.20–21: verschulden; ibid., 12.10–11 = 10.2: veranlassen.