Página inicial > Palavras-chave > Temas > Geschichte / Geschichtlichkeit / Historie …
Geschichte / Geschichtlichkeit / Historie …
Geschichte / histoire / história / history / geschichtlich / historial / Geschichtlichkeit / l’historialité / historialidade / historicidade / historicity / Historie / enquête historique / historiografia / conhecimento-histórico / história fatual / historiography / historisch / historique / Historizismus / historicismo / historicism / Historizität / historicité / fatualidade historiográfica / historicality
Heidegger trabalha incessantemente com uma diferença entre os termos Geschichte (história) e Historie (historiologia). Enquanto a história diz respeito para ele às decisões intrínsecas à história do ser e à constituição dos projetos históricos de mundo, decisões que nunca se perdem simplesmente no passado, mas que sempre continuam vigentes no presente e determinantes para o futuro, a historiologia aponta para a abordagem lógico-científica dos eventos do passado. Normalmente, opta-se pela tradução de Historie por “historiografia”. No entanto, como o que está em questão aqui não é necessariamente a escrita da história, mas a logicização do elemento histórico, preferimos seguir a solução usada por David Krell em suas traduções de Heidegger para o inglês e traduzir Historie por “historiologia”. [CASANOVA , Marco Antonio. Mundo e historicidade. Leitura fenomenológica de Ser e tempo . Volume um: existência e mundaneidade. Rio de Janeiro: Via Verita, 2017, p. 12]
Our translation needs to reflect the difference between Geschichte as what is enowned [ereignet] by being and Historie as the discipline of historiography. This differentiation is of paramount importance for understanding Contributions [
GA65 ] because, as Heidegger points out near the end of this work, “enowning” [Ereignis] is the “origin of history.” “History” here is quite different from history as a discipline or as historiography. The happenings that constitute Geschichte are quite different from the events that make up history. The German word Geschichte, more so than the English word history, implies: unfolding, issuance, and proffering. Given this difference and considering the sheer impossibility of using two different words in English, one for Geschichte and one for Historie, we decided to use the same word history for both but to demarcate Historie by using two parenthetical devices. Whenever the context makes it clear that Historie is meant, the reader will find the word history followed in brackets either by the word Historie or the words “as a discipline.” [
GA65EM :xxiii]
Matérias
-
Brague (1988:479-481) – historicidade da vida
23 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Ser/estar em vida, é levar certa vida, e não simplesmente se achar em vida. "Ser" não significa, neste caso, "se achar", à maneira de uma coisa que "aí se encontra", mas implica um processo interno. A vida, porque é uma energeia, participa da característica da energeia mencionada acima: ela não é um simples hyparchein, mas um gignesthai, não um simples "aí se encontrar", mas um "advir".
Par là, le phénomène du bonheur permet de constater un trait fondamental de la vie humaine, le (…)
-
Hebeche (2005:331-335) – o sentido do histórico
11 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Como vimos, o que levou Heidegger, em meados dos anos 20, a tematizar o método da filosofia foi a pergunta pelo sentido do histórico. Ele assume uma posição no conflito entre a experiência da vida fática e o histórico, isto é, rejeita o “caminho platônico” em que o histórico é simplesmente abandonado, ou seja, de que a auto-afirmação da ideia é feita à custa do abandono da própria história; rejeita igualmente a via da completa auto-entrega ao histórico, como o faz Spengler, e afasta-se (…)
-
Patocka (1999:86-90) – a questão do sentido em distintas épocas
11 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
[…] Y es que quizá la esencia propia de esa cesura que tratamos de establecer como demarcación entre la época prehistórica y la historia en sentido propio se encuentre en esa conmoción de la certeza ingenua acerca del sentido, la cual domina la vida de la humanidad hasta esa transformación específica significada por el origen casi simultáneo —y en un sentido profundo, verdaderamente unitario— de la política y la filosofía.
Iván Ortega Rodríguez
No es el caso que la humanidad (…)
-
Schuback (2013:Prefácio) – As "Contribuições à Filosofia" [GA65]
4 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Heidegger chamou as Contribuições [GA65] de uma “tentativa e ensaio” (Versuch) de encenar o aceno de um outro começo, na “era da passagem da metafísica para o pensamento historial de ser (das seynsgeschichtliche Denken)”. A primeira vista, as Contribuições apresentam-se como uma radicalização do tema da “superação da metafísica”, no qual em questão está uma “mudança de essência do homem” (Wesenswandel des Menschen) do “animal racional” para a “pre-sença” (Da-sein), a passagem do primeiro (…)
-
Vattimo (Realidade) – encenação (Vollzugssinn)
1º de março de 2024, por Cardoso de Castro
destaque
[…] Não se pode possuir o sentido da existência, diz Heidegger, de uma "forma teórica [nota do autor: contemplativa, objetivante], mas sim através da encenação [Vollzug] do ’sou’, que é um modo de ser que pertence ao ser do ’eu’." [GA60] Tudo isto mostra "que esta experiência não experimenta o ’eu’ como algo localizado numa região, como uma individuação de um ’universal’." E ainda aqui: "O ’eu’ deve ser entendido aqui como o eu pleno, concreto e historicamente factual que é (…)
-
Ernildo Stein (2012b:128-130) – biografia psicanalítica não é uma história
17 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
[…] “A história de uma vida, a “biografia psicanalítica”, não é propriamente uma história. No fundo, ela é uma corrente causal-naturalística, uma corrente de causas e efeitos e, ainda por cima, uma corrente construída” [GA89]. Aqui, Heidegger remete a uma parte de Ser e tempo, que trata da historicidade .
Sabemos que a analítica existencial fica de pé ou cai na possibilidade de defendermos a historicidade do ser humano. Esse tema procura, basicamente, demonstrar as diversas dimensões do (…)
-
Zimmerman (1990) – Movimentos modeladores das épocas
20 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Ο entendimento de Heidegger, de que a moderna tecnologia é um meio de revelação das coisas, pode ser clarificado quando inserido no contexto da história da filosofia alemã. Do mesmo modo que Kant, Heidegger acreditava que a tarefa do filósofo era a de descobrir as condições transcendentais que tornaram viável o conhecimento e a acção humanos. Estas condições não são «coisas» em si próprias, mas antes tornam possível a nossa «experiência» objectiva das coisas. Na sua análise à tecnologia (…)
-
Vattimo (1996:101-105) – superação da metafísica
1º de março de 2024, por Cardoso de Castro
Gama
A tendência, intrínseca à metafísica (desde a sua origem), para esquecer o ser e para fazer aparecer em primeiro plano apenas o ente como tal é tendência fundada na conexão essencial de verdade e não-verdade e, realiza-se pois, de maneira perfeita no mundo da técnica. Mas, ao realizar verdadeiramente a sua própria essência de esquecimento, a metafísica alcança também o seu fim, na medida em que já não há nenhum meta, nenhum «mais além»; o ser do ente não é já, nem sequer remotamente, (…)
-
Fink (1994b:144-145) – mundo e história
9 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castro
destaque
[…] O homem existe historicamente em relação ao princípio mundano da singularização e da diferença no trabalho e no combate. O trabalho e o combate são formas comunitárias fundamentais, figuras sociais do Dasein. Estas figuras não pertencem ao homem da mesma forma que um animal procura o seu alimento e a sua presa. O trabalho e a luta são figuras de sentido, de uma determinada aparição no mundo. Na outra dimensão, a dimensão do mundo sem figuras, o homem relaciona-se com o amor e (…)
-
Gadamer (GW10:325-327) – não fazemos, tudo sucede
25 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
El «derecho» es, en el fondo, el gran ordenamiento creado por los hombres que nos pone límites, pero también nos permite superar la discordia y, cuando no nos entendemos, nos malinterpretamos o incluso maltratamos, nos permite reordenar todo de nuevo e insertarlo en una realidad común. Nosotros no «hacemos» todo esto, sino que todo esto nos sucede.
Faustino Oncina
Apenas cabe esperar que hoy consiga expresarme clara y brevemente acerca de los fundamentos de esta verdad. Pretender (…)
-
Ricoeur (1977) – H. G. Gadamer
22 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Essa aporia torna-se o problema central da filosofia hermenêutica de Hans Georg Gadamer, em Wahrheit und Methode. O filósofo de Heidelberg se propõe expressamente a reavivar o debate das ciências do espírito a partir da ontologia heideggeriana e, mais precisamente, de sua inflexão nas últimas obras de poética filosófica. A experiência nuclear, em torno da qual se organiza toda a obra, e a partir da qual a hermenêutica erige sua reivindicação de universalidade, é a do escândalo provocado, na (…)