Página inicial > Fenomenologia > Byung-Chul Han (2023) – serventia (Dienlichkait)

Byung-Chul Han (2023) – serventia (Dienlichkait)

Toda teoria da imagem reflete a sociedade na qual ela está inserida. No tempo de Lacan Lacan
Jacques Lacan
JACQUES LACAN (1901-1981)
, o mundo ainda é vivenciado como passível de olhar. Também em Heidegger encontramos formulações que são desconcertantes para nós, hoje. Em Origem da obra de arte, ele escreve: “utensílio: jarro, machado ou sapatos. A serventia é aquele traço fundamental a partir do qual este ente nos olha, quer dizer, nos ‘pisca o olho’ e, com isso, vem à presença e, desta forma, é este ente” [1]. Na verdade, é a serventia que faz com que o ser-disponível-aí dos entes desapareça, pois percebemos uma coisa em termos de sua finalidade. O “utensílio” de Heidegger ainda mantém uma dimensão do olhar. É um oposto que olha para nós. (ByungCN ByungCN A crise da narração / Byung-Chul Han ; tradução de Daniel Guilhermino. – Petrópolis, RJ : Vozes, 2023. )


[1HEIDEGGER, M. Caminhos de floresta (GA5). Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1998, p. 22.