SavianiOH
Refletindo sobre a noção multifacetada de vacuidade ou insubstancialidade (jap. kū), central na especulação budista do Madhyamaka, que remonta ao pensador indiano Nāgārjuna (séc. II d.C.) (sâns. śūnyatā), bem como na tradição taoísta e budista ch’an chinesa (chin. wu), os pensadores de Kyoto buscaram desenvolver uma verdadeira "meontologia". Nela, o "Nada" (jap. mu)—a "Nada absoluta" de Nishida, a "Mediação absoluta" de Tanabe, o "Si mesmo sem forma" de Hisamatsu, a "Vacuidade" (…)
João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
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Heidegger e Lao Tzu (Saviani)
19 de maio, por Cardoso de Castro -
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O Nada e a Escola de Kyoto
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Heidegger e a Escola de Kyoto
19 de maio, por Cardoso de CastroSavianiOH
Como mencionamos, surgida nos anos 1920 com Kitarō Nishida (1870-1945) e desenvolvida até os dias atuais ao longo de quatro gerações de pensadores, a escola de pensamento florescida na Universidade Imperial de Quioto representa uma das tentativas mais interessantes de estabelecer um diálogo e uma síntese entre o pensamento ocidental e oriental. Em particular, desde K. Nishida e Hajime Tanabe (1885-1962) até Hōseki Shinichi Hisamatsu (1889-1980) e Keiji Nishitani (1900-1990), (…) -
Ereignis no Tao (Daniel Charles)
19 de maio, por Cardoso de Castro -
Subjetividade, sempre espaço-temporal?
19 de maio, por Cardoso de CastroBlondHN
Consequentemente, Heidegger não pode concordar com uma leitura neo-kantiana da filosofia kantiana que busca superar as distinções entre lógica e sentido. É por isso que a transcendência, a Estética Transcendental e o papel unificador da imaginação têm destaque na interpretação de Kant feita por Heidegger. A interpretação de Heidegger baseia-se exclusivamente na Analítica Transcendental, com grande atenção dada à Estética Transcendental e ao papel que o espaço e o tempo desempenham (…) -
Ab(Grund) (Caron)
18 de maio, por Cardoso de CastroCaron2005
A questão do caráter fundamental do eu ou do “ente” em relação ao ser “é essencialmente distinta da questão do ser de um simplesmente-dado” (SZ:181). O objetivo é manifestar, no eu = eu, a estrutura fundamental-ontológica do próprio eu, ou seja, do ser-aberto-a (algo, alguém ou a si mesmo). Mas a possibilidade de uma estrutura aberta e de um processo aberto de estruturação escapa constantemente, e por uma boa razão, à ontologia tradicional, que se deixa levar apenas pela medida (…) -
Estrutura do si-mesmo (Caron)
18 de maio, por Cardoso de CastroCaron2005
Mas não há contradição em falar de estrutura a respeito de um ser como o si-mesmo? A estrutura é a totalidade que une em um mesmo sítio uma multiplicidade de fenômenos complexos. A noção de estrutura parece, infelizmente, próxima das noções de substância ou de sujeito. Buscar a estrutura é buscar algo total e idêntico, a coesão em um Mesmo, uma entidade orgânica cuja essência permita coordenar, em torno de um eixo de coerência preciso e determinado, uma diversidade de fenômenos. (…) -
Arendt (RJ) – Conduta moral é algo natural?
18 de maio, por Cardoso de CastroArendtRJ
[…] ninguém em sã consciência pode ainda afirmar que a conduta moral é algo natural – das Moralische versteht sich von selbst, uma pressuposição sob o domínio da qual a geração a que pertenço foi criada. Essa pressuposição incluía uma nítida distinção entre a legalidade e a moralidade, e embora existisse um consenso vago e inarticulado de que em geral a lei do país grafa o que a lei moral exige, não havia muita dúvida de que em caso de conflito a lei moral era a mais elevada e (…)