Cette irruption du Dasein en forme d’être-au-monde qui est le fondement même de l’homme en son humanité, Heidegger, pour la désigner, reprend un très vieux mot qu’il ranime en lui infusant un sens nouveau : le mot transcendance.
BEAUFRET, J. De l’existentialisme à Heidegger: Introduction aux philosophies de l’existence et autres textes. Paris: J. Vrin, 1986.
Dans notre précédente étude, nous en sommes restés au point de départ. Nous avons vu comment le point de départ nécessaire de (…)
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In-der-Welt-sein / In-Sein
In-der-Welt-sein / l’être-au-monde / l’être-dans-le-monde / ser-no-mundo / ser-en-el-mundo / being-in-the-world / ser-em-o-mundo / estar-en-el-mundo / estar-siendo-en-el-mundo / In-Sein / être-à / ser-em / ser-en / ser en / estar-en / in-being
Ser-no-mundo é quase equivalente a Dasein. Somente Dasein é no mundo, e o adjetivo "mundano" (weltlich), com o substantivo abstrato "mundanidade" (Weltlichkeit) pode ser aplicado unicamente a Dasein e aos aspectos do Dasein., tais como o próprio mundo. (Inwood )
Le caractère composé de l’expression "être-dans-le-monde" nous montre qu’il s’agit d’une réalité complexe, unifiée, structurée en elle-même. Les éléments constitutifs de cette structure sont: 1) le monde et ce qui caractérise le monde comme tel, c’est-à-dire la mondanéité (die Weltlichkeit der Welt); 2) l’étant qui existe "dans-le-monde"; 3) l’être-dans (In-sein). [Biemel ]
Entendido em sentido existencial, o "em" significa um "ser-junto-de" (bei), uma relação de vizinhança, de proximidade, irredutível à simples contiguidade espacial, quer dizer compartilhar a familiaridade ou a intimidade de alguém (SZ 54).
Expliqué notamment SZ p.53ss (voir aussi § 12). N.p.c. avec Sein-in. (Martineau )
SEIN E DERIVADOS
Matérias
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Beaufret (2000:18-21) – ser-no-mundo
18 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro -
Ernildo Stein (2012b:167-169) – A alma é de algum modo todas as coisas
16 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA originalidade da intuição heideggeriana, quando introduz a compreensão do ser, consiste no fato de introduzir na Filosofia um terceiro nível de problematização nas questões da ontologia, por meio do ser-aí que tem um modo privilegiado de ser. Já em Aristóteles temos o nível do ser enquanto ser e o nível do ser do ente. Questões avulsas em Aristóteles apontam para um terceiro nível que também é de [168] caráter ontológico e que não é simplesmente empírico. Quando este filósofo observa que (…)
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Beaini (1981:46-52) – homem e ser
11 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroNosso título refere-se à essência (o que constitui uma coisa enquanto tal, o que a define de modo mais próprio) humana. Mas em que consiste a essência do homem? Já mostramos que o homem não é alguém que se fecha em si, ele constitui-se pelo fato de sair de si, de abrir-se.
Heidegger fala da essência do homem nos seguintes termos:
“A ‘essência’ do ser-aí em sua existência.”
Mas, o que é a existência? É deste tema, e de outros nele implicados, que passaremos a tratar. Ec-sistir é (…) -
Malpas (1999:7-10) – experienciar o lugar
2 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro[…] Dentro das tradições fenomenológica e hermenêutica, a ideia da inseparabilidade das pessoas dos lugares que habitam é um tema especialmente importante no trabalho de Martin Heidegger. Embora Ser e Tempo, de Heidegger, forneça uma análise um tanto problemática do papel da espacialidade e, portanto, também do lugar na estrutura da existência humana (ou propriamente do Dasein), ainda assim a concepção fundamental de Heidegger da existência humana como “ser-no-mundo” implica a (…)
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Dastur (2015:81-86) – Binswanger e Heidegger
7 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroBinswanger, a despeito de algumas afirmações imprudentes, não desconhece a diferença entre o nível ontológico das análises heideggerianas e o nível propriamente antropológico onde ele situa as suas. Sua oposição fundamental a Heidegger advém, como ele mesmo explica, do fato de que ele fala “não do Dasein enquanto a cada vez meu, teu ou seu, mas do Dasein humano em geral, ou do Dasein como “humanidade”. Eis aí o núcleo da questão. É exatamente isso que Binswanger considera como o ponto de (…)
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Ernildo Stein (2012b:170-171) – Compreensão do ser em companhia do acontecer
17 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroO cuidado se constitui como ser do ser-aí porque nele se estabelece uma relação circular entre afecção e compreensão , na medida em que é eliminada a ideia de representação e substituída por um modo de ser-em , de ser-no-mundo e de relação do ser-aí consigo mesmo , como ter-que-ser e ser-para-a-morte (faticidade e existência). O cuidado é o ser do ser-aí porque o ser-aí tem nele o horizonte de seu sentido: a temporalidade . Então o cuidado, com sua tríplice estrutura temporal de futuro, (…)
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Romano (1999:156-158) – o luto
21 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroO luto é a experiência absoluta da separação, não de uma separação contingente e reversível, de uma separação remediável na qual o espaço é o "meio", mas de uma separação que é em si mesma absoluta, irreversível, irremediável, que ocorre no tempo e dele tira sua marca: o absoluto da separação é temporal, porque a temporalidade é a única "dimensão" na qual a separação absoluta é possível. No luto, vivenciamos essa separação: o falecido é aquele que "nos deixou", não para ir "para outro (…)
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Lévinas (1991:24-26) – Mesmo - Outro - Eu
2 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroSer eu é, para além de toda a individualização que se pode ter de um sistema de referências, possuir a identidade como conteúdo. O eu não é um ser que se mantém sempre o mesmo, mas o ser cujo existir consiste em identificar-se, em reencontrar a sua identidade através de tudo o que lhe acontece. É a identidade por excelência, a obra original da identificação.
João Pinto Ribeiro
A alteridade, a heterogeneidade radical do Outro, só é possível se o Outro é realmente outro em relação a um (…) -
Romano (1999:159-161) – sofrimento da separação
21 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroTalvez ninguém tenha descrito o sofrimento da separação de forma mais profunda do que Proust. Mas, como um grande escritor, ele não percebeu o significado dos acontecimentos: pois, pensando como um empirista, Proust acreditava que a experiência, por sua mera repetição, não apenas cria hábitos em nós, mas também nos ensina algo sobre o futuro: "O tempo passa e, pouco a pouco, tudo o que se diz ser mentira se torna verdade; eu havia experimentado isso demais com Gilberte; a indiferença que eu (…)
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Fink (1966b:232-234) – uma metáfora cósmica para compreensão do mundo?
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Como é que o mundo pode se mostrar numa coisa? É claro que temos de nos ater à impossibilidade de comparar o mundo e a coisa e, sobretudo, temos de evitar pensar no mundo como algo gigantesco e de enorme poder, algo que seria como a montanha em relação às suas rochas ou o mar em relação às gotas de água. A rocha inclui também a natureza rochosa de toda a montanha; a gota, a natureza aquática de todo o mar. A coisa finita não é uma partícula do mundo que está na mesma relação com o (…) -
Schérer (1971:99-113) – L’analytique heideggerienne du Dasein et le problème de la communauté
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLe problème de notre existence avec autrui n’est une énigme théorique que si nous prenons pour point de départ la séparation des existences et l’ipséité des sujets. Par un changement des perspectives phénoménologiques, l’homme cesse d’être conscience en face d’un monde visé par sa conscience ; il devient être-dans le monde et en tant que tel, lui appartiennent alors ces deux dimensions essentielles que l’idéalisme subjectif ne peut faire totalement siennes: la spatialité et la communauté, (…)
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Beistegui (2003:15-17) – existência
2 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO homem é homem, portanto, na medida em que se encontra ek-staticamente no meio das coisas. Mas na medida em que o homem está no mundo ek-staticamente, ou seja, de tal forma que sua posição é em si mesma uma clareira, a configuração de um mundo, ele está aberto a mais do que apenas as coisas que o cercam e o afetam: ao mundo como tal e como um todo, ao Aberto ou à verdade do ser. É essa mesma conexão com a verdade como desvelamento, esse modo específico de estar no mundo, que caracteriza a (…)
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Malpas (2006:67-68, 77-78) – ser-em
2 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroSer e Tempo [SZ] contém muitos elementos da análise preliminar que já encontramos em seu pensamento anterior. Ele começa com a questão do ser, mas rapidamente passa a demonstrar a maneira pela qual essa questão já está implicada com a questão do ser daquele modo de ser que é o ser-aí e com o caráter de seu ser como ser-no-mundo. De uma perspectiva topológica, é notável, no entanto, que a análise substantiva da divisão I de Ser e Tempo comece com o problema de como entender a noção de (…)
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Ihde (1979:4-6) – modelo fenomenológico entre Husserl e Heidegger
15 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroComo se pode dizer que essa fenomenologia, em alguns aspectos, “fica entre” Husserl e Heidegger, talvez seja prudente esboçar de forma breve e simplificada o modelo básico pelo qual a análise é guiada. Entendo que, em um procedimento fenomenológico, seja ele interpretado como consciência ou como existencial, o método central gira em torno de uma estratégia de correlações.
Mais uma vez, sem detalhes ou revisão extensa, um simples pareamento de Husserl e Heidegger pode ser indicativo:
(1) (…) -
Agamben (2015:260-261) – origem da palavra "facticidade"
12 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO reenvio a Husserl e a Sartre, lugar-comum na entrada “Facticidade” dos dicionários filosóficos, é errôneo, pois o uso heideggeriano é completamente diferente. Heidegger distingue a Faktizität do Dasein da Tatsächlichkeit, simples factualidade dos entes intramundanos. É no início das Ideen que Husserl define a Tatsächlichkeit dos objetos da experiência. Esses objetos, escreve ele, apresentam-se como algo que se encontra em um ponto determinado do espaço e do tempo e que possui certo (…)
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Krell (1991:83-85) – Lumen Naturale
30 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodetalhe
[…] Heidegger está bem ciente do peso da tradição, que, como Karl Marx diz da história em geral, oprime o cérebro dos vivos como um pesadelo. E é quase como se Heidegger pudesse ouvir as declarações de futuros comentadores que não achariam nada mais natural do que identificar o Dasein com o sujeito e o mundo com o objeto. A análise temática do "ser-em" é para despertar o leitor de tal pesadelo, no qual todo o projeto de Ser e Tempo se afundaria. Heidegger não tem ilusões sobre a (…) -
Fink (1966b:55-58) – ser-no-mundo
29 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução destaque
O ser-no-mundo do homem não é, ao contrário do que se pensa, uma "constituição ontológica" que lhe pertença e o caracterize do mesmo modo que a solidez e o peso pertencem e caracterizam a pedra; por conseguinte, não pode ser concebido, de pronto, em termos de um ser subsistente por si do homem. O homem é, pelo contrário, o ser intramundano que se ocupa do mundo, que é apanhado e habitado pelo pensamento da imensidão. A existência humana é um ser-no-mundo compreendedor (…) -
Haugeland (2013:121-124) – como não abordar o "quem"
9 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Uma compreensão do ser do dasein está incorporada no próprio modo de vida que o dasein é, e isso implica que aqueles que vivem desse modo partilham todos dessa compreensão pública, pelo menos inicialmente e normalmente. Mas isso não significa que não se trate de um mal-entendido. Muito pelo contrário: como se verá, os entendimentos públicos equivocados do dasein e do "eu-mim mesmo" são sempre mal-entendidos de certas formas específicas e não acidentais.
original
The very word (…) -
Gaboriau (1962:295-297) – "ponto de partida" de Merleau-Ponty
17 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroSomos no mundo, ou seja: as coisas tomam forma, um imenso indivíduo se afirma, cada existência compreende a si mesma e às outras. Tudo o que temos a fazer é reconhecer esses fenômenos, que formam a base de todas as nossas certezas .
Esse ponto de partida permite que Merleau-Ponty descarte desde o início o que ele vê como uma segunda “racionalização” disso: seja a “crença em um espírito absoluto” (do idealismo) ou a “crença em um mundo separado de nós” (do realismo completo). Ele responde: (…) -
Antonio Machado (2003:87-88) – pensamento de Heidegger [Mairena]
13 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroMairena, com sua formação bergsoniana e, acima de tudo, como poeta do tempo — não exatamente o seu próprio — estava bem preparado para penetrar na filosofia de Heidegger e torná-la sua. Gosto de imaginar como Mairena teria apresentado o pensamento do ilustre professor de Freiburg hoje.
“Um alemão vem até nós — não se assuste, porque nem todos os alemães são pedantes e, de fato, não há nada menos pedante do que um bom alemão, daqueles que certamente não juram pelo Führer — trazendo a (…)
Notas
- Barbaras (1991:31-33) – cogito e ser-no-mundo
- Biemel (1987:161) – o mundo é uma função do Dasein
- Biemel (1987:161-163) – Dasein informa seu mundo
- Borges-Duarte (2018) – Sossego e desassossego: o paradoxo do tempo vivido
- Boutot (1993:35) – In-sein - sem-em
- Boutot (1993:35-36) – Verstehen - Compreender
- Brague (1988:196-197) – Dasein
- Brague (1988:44-46) – somos mundo, jamais aí entramos
- Brague (1988:48) – Pensamento grego: o mundo e o humano
- Carman (2003:123-124) – ser-no-mundo
- Dreyfus (1991:5) – cognitivismo
- Ernildo Stein (2012b:135) – a questão do poder-ser
- Fink (1966b:230-231) – relação entre o homem e o mundo
- Fink (1966b:231-232) – a atividade lúdica
- Fink (1966b:59-60) – Todas as coisas estão no mundo, assim o homem
- Fogel (2015:17-18) – a estrutura ser-no-mundo
- GA18:51 – interessar (angehen)
- Hartmut Rosa (Resonance) – sujeito e mundo
- Haugeland (2013:122-123) – Descartes
- Henry (2002b) – a vida, autodoação sem mundo