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Fenomenologia - ciência. Detalhes. As análises psicológicas anteriores eram de estilo filoniano: há tal e tal coisa em tal e tal ato, há tal e tal coisa em tal e tal ser. Mas como? Wie liegt es drin 8 septembre 1937
Phénoménologie – science. Précisions. Les analyses psychologiques avant elle de style philonien : il y a de cela dans tel acte, il y il y a de ceci dans tel être. Comment ? Wie liegt es drin ? Pas mêm
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In-der-Welt-sein / In-Sein
In-der-Welt-sein / l’être-au-monde / l’être-dans-le-monde / ser-no-mundo / ser-en-el-mundo / being-in-the-world / ser-em-o-mundo / estar-en-el-mundo / estar-siendo-en-el-mundo / In-Sein / être-à / ser-em / ser-en / ser en / estar-en / in-being
Ser-no-mundo é quase equivalente a Dasein. Somente Dasein é no mundo, e o adjetivo "mundano" (weltlich), com o substantivo abstrato "mundanidade" (Weltlichkeit) pode ser aplicado unicamente a Dasein e aos aspectos do Dasein., tais como o próprio mundo. (Inwood )
Le caractère composé de l’expression "être-dans-le-monde" nous montre qu’il s’agit d’une réalité complexe, unifiée, structurée en elle-même. Les éléments constitutifs de cette structure sont: 1) le monde et ce qui caractérise le monde comme tel, c’est-à-dire la mondanéité (die Weltlichkeit der Welt); 2) l’étant qui existe "dans-le-monde"; 3) l’être-dans (In-sein). [Biemel ]
Entendido em sentido existencial, o "em" significa um "ser-junto-de" (bei), uma relação de vizinhança, de proximidade, irredutível à simples contiguidade espacial, quer dizer compartilhar a familiaridade ou a intimidade de alguém (SZ 54).
Expliqué notamment SZ p.53ss (voir aussi § 12). N.p.c. avec Sein-in. (Martineau )
SEIN E DERIVADOS
Matérias
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Lévinas (Carnets:1) – anotações
24 de abril de 2024, por Cardoso de Castro -
Fink (1994b:200-202) – onde e quando tem lugar o aparecer?
9 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
Se o ente é o que aparece, e o homem é aquele a quem aparece, então surge a questão de onde e quando as coisas aparecem ao homem. Tudo o que é, que existe no modo de ser intramundano, está em algum momento e em algum lugar. Tudo tem um tempo e um lugar. Poder-se-ia objetar, no entanto, que a alma humana sobrevém certamente no tempo - como a mónada leibniziana - mas não num lugar, sendo essencialmente diferente de qualquer res corporea. Ser-espacial não deve ser simplesmente (…) -
Agamben (2015:263-265) – decadência e facticidade
12 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroA Grundbewegung da vida é chamada por Heidegger de Ruinanz (do latim ruina, desmoronamento, queda): é a primeira ocorrência do que virá a ser, em Sein und Zeit, die Verfallenheit. A Ruinanz apresenta o mesmo entrelaçamento do próprio e do impróprio, do spontaneus e do facticius, que constitui também a Geworfenheit do Dasein: “Um movimento que se produz a si mesmo e que no entanto não se produz a si mesmo, mas que produz o vazio no qual se move: seu vazio é sua própria possibilidade de (…)
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Ernildo Stein (2015:80-82) – divergência Husserl-Heidegger
8 de junho de 2023, por Cardoso de CastroHeidegger se pergunta se essa ideia da constituição transcendental de mundo exige esse recuo ao Eu transcendental, à consciência e à representação. Por que não descobrir a constituição transcendental de mundo em um ente do mesmo nível do próprio conceito de mundo?
A concepção de Filosofia e fenomenologia, afirma Heidegger, escrevendo para Husserl, se distinguirá ou se aproximará conforme a justificação ou a descrição do conceito de mundo nos dois filósofos. O importante e revolucionário (…) -
Fink (1994b:144-145) – mundo e história
9 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
[…] O homem existe historicamente em relação ao princípio mundano da singularização e da diferença no trabalho e no combate. O trabalho e o combate são formas comunitárias fundamentais, figuras sociais do Dasein. Estas figuras não pertencem ao homem da mesma forma que um animal procura o seu alimento e a sua presa. O trabalho e a luta são figuras de sentido, de uma determinada aparição no mundo. Na outra dimensão, a dimensão do mundo sem figuras, o homem relaciona-se com o amor e (…) -
Fink (1994b:140-144) – mundo e história em Heidegger
9 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
[…] Comumente se explica o conceito heideggeriano de Dasein humano como uma "concretização" do conceito abstrato de consciência de Husserl. Isto é injusto para ambos os pensadores. Heidegger pensa o ser humano de uma forma fundamentalmente diferente. Não se trata, em primeiro lugar, da relação intencional de um sujeito conhecedor com os objectos circundantes, mas da abertura prévia do homem em relação ao ser. O homem não possui, no entanto, essa abertura como um "equipamento"; ele (…) -
Ernildo Stein (2008:13-15) – Qual é a estrutura sistemática de ST?
13 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroA estrutura fundamental de ST pode também ser descrita a partir de uma sequência de regras de predicadores ou de definições que correspondem às seis teses centrais do livro.
Qual é a estrutura sistemática de ST? As teses centrais são seis.
1) No início da obra Heidegger situa a questão da ontologia fundamental, do sentido do ser.
2) A clarificação desta questão somente pode resultar do recurso ao único ente que compreende ser — o homem (Dasein), o estar-aí.
3) O estar-aí é (…) -
Gaboriau (1962:298-299) – o verdadeiro cogito inicial
17 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroConcluamos com uma longa e luminosa citação, do que M. Merleau-Ponty considera “o verdadeiro Cogito inicial”, e também a “situação inicial, constante e final” da exploração filosófica:
O Cogito até agora desvalorizava a percepção dos outros, ensinava-me que o eu é acessível apenas a si mesmo, já que me definia pelo pensamento que tenho de mim mesmo e que sou obviamente o único a ter, pelo menos nesse sentido último. Para que o outro não seja uma palavra vazia, minha existência nunca deve (…) -
Chambon (1990:16-18) – sentimento e corpo
12 de maio de 2024, por Cardoso de CastroO.F. Bollnow relembra um pensamento de Carus sobre a relação entre a alma e o corpo. Essa relação é pressuposta pela identidade do homem e do mundo. "Os estados corporais são de extraordinária importância para a tonalidade afetiva", como demonstrou a psicologia do romantismo alemão. A influência dos estados atmosféricos, que ilustra a ligação entre o interior e o exterior, é ao mesmo tempo um estado orgânico. O corpo é o local onde as duas dimensões se cruzam. Isso é o que Carus teria (…)
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Lévinas (2010:38-41) – analítica do Dasein
9 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
[…] O Da do Dasein, que é simultaneamente uma questão e já uma compreensão do ser-verbo, é um fundamento sem fundo e foi elaborado na estrutura da preocupação [Sorge].
A existência humana (ou o Da-sein) pode ser descrita no seu Da (ser-no-mundo) por três estruturas: ser-antes-de-si (projeto), já-no-mundo (facticidade), ser-no-mundo como ser-para-além-de-si (com as coisas, com o que se encontra no mundo).
Esta é a estrutura da preocupação, na qual encontramos uma referência (…) -
Ernildo Stein (2003:36-37) – transcendência do ser do Dasein
13 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroSem entrarmos em mais detalhes podemos dizer que esse “ser do Dasein” já remete ao cuidado (Sorge) com sua tríplice estrutura e à temporalidade (Zeitlichkeit) como sentido do ser do cuidado.
É a partir do ser-em que se estabelece a receptividade e a espontaneidade da experiência que, no desenvolvimento da analítica existencial, são apresentadas como sentimento de situação (afecção — Befindlichkeit) e compreensão (entendimento — Verstehen). É assim que o ser-em do ser-no-mundo torna-se o (…) -
Ernildo Stein (2012:27-29) – de onde se dá o discurso filosófico?
6 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroEntão qual é a base do discurso filosófico? Se ele se manifesta, perguntaríamos de que lugar? Wittgenstein dirá que são as formas da vida, são os jogos de linguagem. Heidegger dirá que são os modos de ser do ser-aí, que podemos descrever formalmente. A Filosofia tem isso como campo de operação. Wittgenstein vai dizer: “Os limites do meu mundo são os limites da minha linguagem”. Quando, porém, ele usa a palavra “mundo” não é o “mundo físico” que posso esgotar empirica-mente, mas o meu mundo (…)
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Figal (2007:179-182) – mundo
8 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroNa maioria das vezes falamos do mundo em duas significações: “mundo” é ou bem o conjunto daquilo que é, ou bem a conexão peculiar da vida humana. Esta segunda significação pode ser pensada em contraste com a vida religiosa, de modo que o mundo se mostra como a conexão da vida meramente humana, apartada de Deus e, neste ponto, também pecaminosa. Ou o conceito é especificado, na medida em que ele designa uma conexão vital particular, por exemplo, o mundo da arte ou o mundo cientifico. Também (…)
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Marion (2004:§4) – o mundo segundo a vaidade
22 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
O mundo só pode ser fenomenalizado entregando-se a mim e fazendo-me seu doado. Não há nada de injusto, tirânico ou odioso no meu lugar ao sol — no sol erótico que me garante ser amado ou odiado: reivindicá-lo é o meu primeiro dever.
Por outro lado, há outra objeção que me pode impedir. Substituir o ego como pensador pelo ego como amado ou odiado poderia de fato enfraquecê-lo, e por duas razões. Em primeiro lugar, porque depende do ego cogitans para se pensar sozinho e, portanto, (…) -
Ernildo Stein (2008:169-174) – "a alma é de algum modo todas as coisas"
9 de junho de 2023, por Cardoso de CastroFoi necessário que se processasse toda a história da Filosofia para que, no fim da metafísica, alguém perguntasse: qual é a compreensão que a alma (o Dasein) deve ter para poder ser de certo modo todas as coisas?
A originalidade da intuição heideggeriana, quando introduz a compreensão do ser, consiste no fato de introduzir na Filosofia um terceiro nível de problematização nas questões da ontologia, por meio do ser-aí que tem um modo privilegiado de ser. Já em Aristóteles temos o nível do (…) -
Rosa (Resonance) – sujeito e mundo segundo Merleau-Ponty
24 de maio de 2023, por Cardoso de CastroROSA, Hartmut. Resonance. A Sociology of Our Relationship to the World. Tr. James C. Wagner. London: Polity Press, 2019
Wagner
The world, in turn, can then be conceived as everything that is encountered (or that can be encountered). It manifests as the ultimate horizon within which things can happen and objects can be found, or, borrowing from Hans Blumenberg, as a “metaphor for the whole of experience.” This whole meanwhile turns out to be something both more than and different from (…) -
Agamben (2015:265-269) – facticidade
12 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroA explicitação mais clara das características da facticidade se encontra no parágrafo 29, que é consagrado à análise da Befindlichkeit e da Stimmung. Na Stimmung tem lugar uma abertura que precede todo conhecimento e toda Erlebnis. Ela é die primäre Entdeckung der Welt, o desvelamento original do mundo. Mas o que caracteriza esse desvelamento não é a plena luz da origem, mas precisamente uma facticidade e uma opacidade irredutíveis. O Dasein é levado pelas Stimmungen para diante dos outros (…)
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Declève (1970:75-78) – realidade do mundo e ser-no-mundo
23 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
A ontologia do Dasein, por seu lado, já não se detém na exterioridade de um conjunto de estados ou mesmo no "real". Estes dois títulos correspondem talvez a experiências ônticas. Mas a partir do momento em que se trata de explicitar a compreensão do ser do ser-aí, torna-se claro que a consciência da realidade é ela própria um modo de ser-no-mundo. A realidade remete então para o fenômeno da preocupação [Sorge], isto é, para o ser-aí-no-mundo, diante de si mesmo em relação ao que (…) -
Hartmut Rosa (Resonance) – sujeito e mundo segundo Charles Taylor
24 de maio de 2023, por Cardoso de Castro[ROSA, Hartmut. Resonance. A Sociology of Our Relationship to the World. Tr. James C. Wagner. London: Polity Press, 2019]
[ROSA, Hartmut. Résonance. Une sociologie de la relation au monde. Tr. Sacha Zilberfarb. Paris: Éditions La Découverte, 2018, 2021]
James C. Wagner
[…] Of particular significance here is the fact that not only are subjects’ attitudes toward, outlooks on, and relatedness to the world individually and culturally variable, but what constitutes or is knowable as world (…) -
Hartmut Rosa (Resonance) – ressonância sujeito e mundo
24 de maio de 2023, por Cardoso de Castro[ROSA, Hartmut. Resonance. A Sociology of Our Relationship to the World. Tr. James C. Wagner. London: Polity Press, 2019]
[ROSA, Hartmut. Résonance. Une sociologie de la relation au monde. Tr. Sacha Zilberfarb. Paris: Éditions La Découverte, 2018, 2021]
James C. Wagner
The notion, initially developed primarily within the phenomenological tradition, that human beings are first and foremost not creatures capable of language, reason, or sensation, but creatures capable of resonance, has (…)
Notas
- Barbaras (1991:31-33) – cogito e ser-no-mundo
- Biemel (1987:161) – o mundo é uma função do Dasein
- Biemel (1987:161-163) – Dasein informa seu mundo
- Borges-Duarte (2018) – Sossego e desassossego: o paradoxo do tempo vivido
- Boutot (1993:35) – In-sein - sem-em
- Boutot (1993:35-36) – Verstehen - Compreender
- Brague (1988:196-197) – Dasein
- Brague (1988:44-46) – somos mundo, jamais aí entramos
- Brague (1988:48) – Pensamento grego: o mundo e o humano
- Carman (2003:123-124) – ser-no-mundo
- Dreyfus (1991:5) – cognitivismo
- Ernildo Stein (2012b:135) – a questão do poder-ser
- Fink (1966b:230-231) – relação entre o homem e o mundo
- Fink (1966b:231-232) – a atividade lúdica
- Fink (1966b:59-60) – Todas as coisas estão no mundo, assim o homem
- Fogel (2015:17-18) – a estrutura ser-no-mundo
- GA18:51 – interessar (angehen)
- Hartmut Rosa (Resonance) – sujeito e mundo
- Haugeland (2013:122-123) – Descartes
- Henry (2002b) – a vida, autodoação sem mundo