[KIERKEGAARD, Søren. Tratado do Desespero. Tr. José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 51-52]
Melo Carneiro
Desesperar de si mesmo, querer, desesperado, desfazer-se de si mesmo, tal é a fórmula de todo desespero, e a segunda: querer, desesperado, ser si mesmo, remonta à mesma fórmula, como acima (ver Capítulo I) fizemos remontar, ao desespero no qual alguém quer ser si mesmo, aquele em que se recusa a sê-lo. Quem desespera quer, no seu (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Kierkegaard (TD:51-52) – desesperar de si mesmo
28 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Arendt (LM2:13-19) – a vontade
21 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroAbranches, Almeida & Martins
Estas considerações preliminares — e de modo algum satisfatórias — sobre o conceito de tempo parecem-me necessárias em nossa discussão sobre o ego volitivo, porque a Vontade, se é que ela existe — e uma quantidade desconfortável [197] de grandes filósofos que nunca duvidaram da razão ou do pensamento sustentaram que a Vontade não passa de uma ilusão —, é obviamente o nosso órgão espiritual para o futuro, do mesmo modo que a memória é o nosso órgão (…) -
Byung-Chul Han (EPD) – óculos de dados
17 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroQuem ou o quê dita aquilo que se vê? O filósofo Byung-Chul Han, fala brevemente sobre os "óculos de dados", mas a metáfora da figura abaixo pode ter maiores e mais profundas considerações…
BYUNG-CHUL HAN. No enxame : perspectivas do digital. Tr. Lucas Machado. Petrópolis: Vozes, 2018 (epub)
Os caçadores digitais de informação estarão sempre andando com os seus Google Glass. Esses óculos de dados substituem as lanças, os arcos e as flechas dos caçadores paleolíticos. O Google Glass liga o (…) -
Allard l’Olivier (IC:71-87) – V LES OBJETS INTELLIGIBLES
16 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroALLARD L’OLIVIER, André. L’Illumination du cœur. Paris: Éditions Traditionnelles, 1977, p. 71-87
I
L’être objectif intelligible élémentaire — distingué de l’être objectif intelligible composé, dont je parlerai tout à l’heure — est « cela » dont use l’intelligence quand elle juge et raisonne. C’est la notion , ordinairement exprimée par un seul signe verbal appelé mot : « triangle », « pommier », « neige », « beaucoup », « bon », « blanc ». L’objet intelligible n’est pas le mot qui le (…) -
Luijpen (IFE:27-28) – "utilidade" da Filosofia
12 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 27-28
Os que se dedicam às ciências positivas zombam do filósofo. Por isso, o filósofo pode ser tentado a demonstrar a utilidade da filosofia. Mas em vão. Com efeito, como os que não veem o significado do filosofar compreenderiam com o termo "utilidade" outra coisa senão a utilidade que experimentam no exercício de suas várias ciências ? A física nuclear, a (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:161-163) – antipositivismo
11 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroEudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 161-163
1.a Segundo declara no «Prefácio», a intuição de que partiu para escrever sua última obra, Horizonte e Complementaridade, lhe adveio de um exame da bibliografia de Parmenides; sem dúvida, tem lugar no dito livro uma discussão em profundidade das mais importantes teses que a respeito deste filósofo recentemente se formularam, e aí V. várias vezes toma partido com firmeza em pró de (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:166-167) – teoria dramática do conhecimento
7 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroEudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 166-167
5.a V. fala da necessidade de construir-se uma teoria dramática do conhecimento. Que o levou a senti-la? 7.a Haverá espaço para a filosofia fora do círculo definido pelo mito seu conatural, o «mito do Homem», como V. o chama?
5.a e 7.a Eu não falo na necessidade de construir-se uma teoria dramática do conhecimento. Ou, se falo, mais uma vez me apressei demasiadamente; só digo (…) -
Kiverstein (HCS:1-3) – limites do modelo original de IA
7 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroKIVERSTEIN, Julian & WHEELER, Michael (ed.). Heidegger and Cognitive Science. London: Palgrave Macmillan, 2012, p. 1-3.
Cognitive science was founded on the idea that intelligent human behaviour is caused by internal psychological processes that work in much the same way as a digital computer. Digital computers are physical devices that construct interpretable and combinable elements or symbols, and carry out operations on those elements, such as copying, combining, creating, erasing, (…) -
Janicaud (PR:134-140) – cibernética
7 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroJANICAUD, Dominique. La puissance du rationnel. Paris: Gallimard, 1985, p. 134-140
Du fait de l’universalisation technique au mythe de la transparence mondialement diffusée, la boucle n’est pas encore bouclée : il manque la considération du caractère proprement linguistique de la technique.
Ellul, tout en reconnaissant la « fraternité informulée » qui s’établit entre les techniciens, diagnostique une progression des incompréhensions, une dissociation des formes sociales et des cadres (…) -
Flusser (2018:11-14) – a dúvida da dúvida
6 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de FLUSSER, Vilém. Da dúvida. São Paulo: É Realizações, 2018, p. 11-14
A dúvida da dúvida é um estado de espírito fugaz. Embora possa ser experimentado, não pode ser mantido. Ele é sua própria negação. Vibra, indeciso, entre o extremo: “Tudo pode ser duvidado, inclusive a dúvida” e o extremo “Nada pode ser autenticamente duvidado”. Com o fito de superar o absurdo da dúvida, leva esse absurdo ao quadrado. Oscilando, como oscila, entre o ceticismo radical (do qual duvida) e um (…)