A medicina é o maior escândalo da atualidade.
Mas é também um dos pontos de partida para a reformulação da ciência atualmente em crise. A medicina é híbrida na qual os elementos científicos, técnicos e intuitivos são mal aglomerados. A razão disto é que o doente é simultaneamente sujeito (agente) e objeto (paciente), e que, enquanto objeto, é objeto extremamente complexo. O médico assume posição insustentável com relação ao doente. […] O escândalo da medicina não é tanto a situação nos (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Flusser (PH) – a medicina é o maior escândalo da atualidade
13 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro -
Carneiro Leão (2010:120-122) – O Lógos
10 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroCARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 120-122
O desafio é como fazê-lo e o que fazer para pensar, não de certo como Heráclito, mas com Heráclito o Lógos de tudo? – A primeira condição é desvencilhar-se da lógica e de seu contrário, o ilógico, do racional e de seu oposto, o irracional, do raciocínio e de seu contraste, o sentimento, da teoria e de seu êmulo, a prática. O período helenista reduziu o Lógos à lógica. Nos cálculos da razão e do (…) -
Henry (1985:77-78) – entendimento e vontade
10 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroEm todo caso, o próprio ver foi posto entre parênteses pela redução e não é enquanto fundados por ele, enquanto encontram nele o que faria deles modos do pensamento, que o sentido e a imaginação podem ser assimilados na segunda definição como modos absolutamente certos e que escapam da dita redução – muito menos, aliás, poderia o próprio intellectus se não estivesse sustentado, em seu fundo, pelo poder de um modo mais originário de aparecer, irredutível a esse poder e, além disso, (…)
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Safranski (Heidegger) – Husserl e Heidegger
6 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroSAFRANSKI, Rüdiger. Heidegger. Um mestre da Alemanha entre o bem e o mal. Tr. Lya Luft. São Paulo: Geração Editorial, 2000, Capítulo V.
Lia Luft
Quando Edmund Husserl foi a Freiburg em 1916, a fama da fenomenologia ainda não saíra do campo da filosofia especializada. Mas poucos anos depois, nos primeiros anos do pós-guerra, uma especialidade filosófica didática já é quase um portador de esperanças em nível de concepção de mundo. Hans-Georg Gadamer relata como no começo dos anos vinte, (…) -
Ferreira da Silva (2010:227-230) — apocalipse
6 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroPodemos traçar certas analogias entre essa estrutura da tragédia e a que se refere ao desenvolvimento histórico de um povo que se encaminha para o seu fim. Os fenômenos apocalípticos do fim de uma cultura são precedidos por uma metábase e pelo reconhecimento da existência de forças bárbaras e destruidoras no seio do corpo cultural. A criação dos regimes de massas, com suas formas próprias de atuação e pensamento, constitui um sinal do niilismo invasor. A existência, dentro de uma (…)
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Arendt (CH:§11) – produção
5 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroRoberto Raposo
À primeira vista, porém, é surpreendente que a era moderna – tendo invertido todas as tradições, tanto a posição tradicional da ação e da contemplação como a tradicional hierarquia dentro da vita activa, com sua glorificação do trabalho como fonte de todos os valores e sua elevação do animal laborans à posição tradicionalmente ocupada pelo animal rationale – não tenha engendrado uma única teoria que distinguisse claramente entre o animal laborans e o homo faber, entre “o (…) -
Eudoro de Sousa (MHM:344-347) – Grécia
2 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroDE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 344-347
Da Grécia, que é o privilegiado «lugar» em que historicamente se defrontam, pela primeira vez, a presença do presente e a presença do passado, há uma história tão densa e extensa, que o acontecido, então, houve que reparti-lo pelas suas projeções num sistema de coordenadas, cujos planos funcionais são constituídos por todas as disciplinas em que se repartem as nossas ciências humanas e por algumas (…) -
Sloterdijk (RPH) – o humano
30 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPeter Sloterdijk, «REGRAS DO PARQUE HUMANO»
Se há um fundamento filosófico para se falar da dignidade do ser humano, então é porque justamente o homem é chamado pelo próprio ser e - como Heidegger enquanto filósofo pastoral gosta de dizer - escolhido para sua guarda. Por isso os homens possuem a linguagem; mas a finalidade precípua dessa posse, segundo Heidegger, não é apenas entender-se e domesticar-se mutuamente nesses entendimentos.
A linguagem é antes a casa do ser; ao morar nela o (…) -
Sloterdijk (RPH) – o humano
30 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPeter Sloterdijk, «REGRAS DO PARQUE HUMANO»
Se há um fundamento filosófico para se falar da dignidade do ser humano, então é porque justamente o homem é chamado pelo próprio ser e - como Heidegger enquanto filósofo pastoral gosta de dizer - escolhido para sua guarda. Por isso os homens possuem a linguagem; mas a finalidade precípua dessa posse, segundo Heidegger, não é apenas entender-se e domesticar-se mutuamente nesses entendimentos.
A linguagem é antes a casa do ser; ao morar nela o (…) -
Flusser (2018:39-40) – linguagem
30 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroA preocupação com o pensamento, a consideração do intelecto é a disciplina da língua. Se o elemento do pensamento é a palavra, então o pensamento passa a ser uma organização linguística, e o intelecto passa a ser o campo no qual ocorrem organizações linguísticas.
Se descrevemos o pensamento como processo, podemos, já agora, precisar de que tipo de processo se trata: é a articulação de palavras. Essa articulação não necessita de órgãos ou instrumentos para se processar. Esses órgãos e (…)