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psyche / ψυχή / psyché / psykhé / ψύχω / psycho / ψῦχος / anima / animus / ἄψυχον / apsychon / psyche kosmou / ψυχὴ κόσμου / psychè kósmou / anima mundi / hole psyche / ὅλη ψυχή / hē hólē psukhḗ / hóle psyche / pasa psyche / psychikos
Se traduzirmos a palavra grega ψυχή por “alma”, então não poderemos pensar com esse termo nem o anímico no sentido de vivências, nem tampouco aquilo que sabemos estar na “consciência” do ego cogito, nem ainda o “inconsciente”. Ψυχή visa em Aristóteles ao princípio das criaturas viventes como tais, aquilo que faz com que um vivente seja um vivente e que o transpassa de maneira dominante em sua essência. O tratado citado discute a essência da vida e os estágios do vivente. O tratado não contém nenhuma psicologia, nem tampouco uma biologia. Ele é uma metafísica do vivente, à qual o homem também pertence. O vivente é um ente que movimenta a si mesmo. Movimento não visa, aqui, apenas à alteração de lugar, mas também a todo modo de comportamento e de autotransformação. O estágio mais elevado do vivente é o homem; a espécie fundamental de seu automovimento é o agir: πρᾶξις. [GA6 ]
Matérias
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Patocka (2002:4) – quando há o princípio vital pode o ente mostrar-se
11 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
O problema da aparição do ente foi formulado tentativamente por Aristóteles, em Peri psyches, 431b 20 e sgs. Para que as coisas apareçam, quer [13] dizer, para que a sua forma surja e se mostre, é necessário um ente de natureza particular, a saber, a psique, o princípio vital [Lebendigkeit]. Apenas quando há o princípio vital pode o ente mostrar-se. O princípio vital é, porém, a disposição activa para a obra de um corpo orgânico [Leib] não produzido, o qual está dotado de todas as coisas com (…)
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Ernildo Stein (2012b:167-169) – A alma é de algum modo todas as coisas
16 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
A originalidade da intuição heideggeriana, quando introduz a compreensão do ser, consiste no fato de introduzir na Filosofia um terceiro nível de problematização nas questões da ontologia, por meio do ser-aí que tem um modo privilegiado de ser. Já em Aristóteles temos o nível do ser enquanto ser e o nível do ser do ente. Questões avulsas em Aristóteles apontam para um terceiro nível que também é de [168] caráter ontológico e que não é simplesmente empírico. Quando este filósofo observa que (…)
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Gadamer: Reflection and Self-consciousness
30 de abril de 2017, por Cardoso de Castro
Extract p. 277-279, translated by Peter Adamson and David Vessey, from Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000
Thus the structure of reflexivity returned to center stage in philosophy. “Reflection” and “reflexivity” are etymologically derived from the Latin expression reflexio, a familiar term in optics and mirroring. It could not have developed to its newer meaning, its natural meaning for us, before the emergence of the scholastic sciences. Originally it referred merely to the (…)
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Schuback (1998:35-38) – "Eras do mundo" [Weltalter]
22 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castro
A filosofia tardia de Schelling, a sua filosofia “positiva” ou da liberdade está, de certa forma, ancorada no escrito inacabado que ele denominou de Eras do mundo. Tendo sido planejadas três grandes seções — passado, presente e futuro — Schelling só redigiu, de fato, a primeira, “O passado”, em duas versões (1811 e 1813). A inconclusão desta obra “prometida” não se deve, todavia, à falta de sistematicidade que, segundo muitos, caracteriza a filosofia de Schelling e nem, tampouco, aos (…)
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Romano (2018) – "fazer eu" - modos de ser, modos de viver
1º de março de 2024, por Cardoso de Castro
destaque
Ao chamar à sua investigação "a história da subjetividade", Foucault parece ter lançado mais trevas do que luz sobre aquilo que constitui o seu objeto principal. Além disso, parece ter contrariado as suas próprias intenções, tal como formuladas nas suas conferências, uma vez que, numa passagem decisiva de A Coragem da Verdade que resume todo o seu projeto, sublinha a heterogeneidade dos dois grandes caminhos que atravessam a história do pensamento ocidental e que representam duas (…)
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Ernildo Stein (2008:169-174) – "a alma é de algum modo todas as coisas"
9 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Foi necessário que se processasse toda a história da Filosofia para que, no fim da metafísica, alguém perguntasse: qual é a compreensão que a alma (o Dasein) deve ter para poder ser de certo modo todas as coisas?
A originalidade da intuição heideggeriana, quando introduz a compreensão do ser, consiste no fato de introduzir na Filosofia um terceiro nível de problematização nas questões da ontologia, por meio do ser-aí que tem um modo privilegiado de ser. Já em Aristóteles temos o nível do (…)