[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 252-255]
As reflexões precedentes sobre a Filosofia do Espírito fornecem-nos a atitude correta para captar e tratar o nosso tema da Europa espiritual como um problema puro das Ciências do Espírito, desde logo, por conseguinte, histórico-espiritualmente. Tal como foi dito desde logo nas (…)
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Husserl / Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
HUSSERL, Edmund. Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie. Erstes Buch: Allgemeine Einführung in die reine Phänomenologie. (1976) / Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006
Matérias
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Husserl (CCEFT:252-255) – A ciência europeia pretende o infinito e a totalidade
12 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Montavont (1999:15-19) – vida
3 de novembro, por Cardoso de CastroA vida subjetiva, a vida intencional, a vida pura, a vida do eu, a vida na forma do tempo, a vida infinita, a vida universal, a concreção da vida, o presente da vida, a vida constituinte, o fluxo da vida, a gênese da vida, a vida da consciência, a vida desperta, a vida adormecida, a vida pulsional, a vida afetiva, o mundo da vida, etc. — poder-se-ia continuar essa lista de ocorrências da palavra “vida” na obra de Husserl. Contudo, Husserl nem sempre falou de vida. Nas Ideen I, o conceito não (…)
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Schérer (1971:86-96) – Examen de la théorie transcendantale
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroD’une manière plus générale, la constitution de l’autre par moi, en ouvrant la conscience à un seul monde objectif de communication, interdit de traiter comme deux domaines séparés dans le principe le monde objectif proprement dit, celui dans lequel nous vivons et nous rencontrons, celui de nos corps, et un monde des valeurs qui serait le champ propre de la communication ; car les deux sont également constitués, en tant qu’accessibles à la réflexion unifiante et rationalisante. C’est dans (…)
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Schnell (2004) – Fenômeno e construção
31 de outubro, por Cardoso de CastroPontos de convergência entre a filosofia de Fichte e a de Husserl, que permitirão delinear a perspectiva para a qual se orientarão as reflexões aqui desenvolvidas.
* #### Oposição Tradicional Fichte/Husserl e a Necessidade de Relativização
* A oposição (*doxa*) tradicional entre Fichte e Husserl é resumida por D. Wildenburg na oposição entre o que Fichte denuncia como "observação dos seres humanos" (*Menschenbeobachtung*) e o que Husserl nomeia "artifícios especulativos" (…) -
Barbaras (2013) – sujeito
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroIndiscutiblemente Heidegger se inscribe en la perspectiva abierta por el descubrimiento husserliano del a priori de la correlación, razón por la que pone de relieve la necesidad de interrogarse sobre el sentido del ser del sujeto. En efecto, escribe en Los problemas fundamentales de la fenomenología:
Con esto decimos de nuevo que, sin duda ninguna, en el énfasis puesto en el sujeto, que es habitual en la filosofía desde Descartes, se encuentra un impulso genuino del preguntar filosófico, (…) -
Lyotard (1954:40-44) – Fenomenologia: Husserl e Hegel
15 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO termo fenomenologia recebeu de Hegel plena e especial acepção, com a publicação em 1807 de Die Phänomenologie des Geistes. A fenomenologia é "ciência da consciência", "na medida em que a consciência é em geral o saber de um objeto, ou exterior ou interior". Hegel escreve no Prefácio Fenomenologia: "O estar-ali imediato do espírito, a consciência, possui os dois momentos: o do saber e o da objetividade que é o negativo em relação ao saber. Quando o espírito se desenvolve nesse elemento da (…)
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Gaboriau (1962:212-215) – Sobre a Fenomenologia segundo Edith Stein
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroMéthode « La déduction au sens traditionnel du terme n’est pas ce qui correspond à la méthode phénoménologique: Son processus est au contraire de « décel » (Aufweis) réflexif : d’abord, analyse régressive, qui part du monde tel qu’il nous est donné à nous dans la disposition de nature (in der naturlichen Einstellung); puis les actes et les complexes d’actes que l’on décrit, et dans lesquels le monde des choses se constitue pour la conscience; finalement le fleuve temporel (ou le flux, (…)
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Husserl (IFP1:63-64) – Positivismo
24 de março de 2018, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 63-64
Substituímos, pois, a experiência por algo mais geral, a “intuição” e, com isso, recusamos a identificação de ciência em geral com ciência empírica. Aliás, é fácil reconhecer que defender essa identificação e contestar a validez do pensar eidético puro leva a um ceticismo que, como ceticismo (…) -
Ernildo Stein (2012:30-33) – Lebenswelt e ser-no-mundo
5 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroA redução transcendental coloca entre parênteses a realidade em sua existência exterior reproduzindo-a nos polos (vividos) da consciência, noesis e noema (sujeito e objeto), vivendo-a numa espécie de universalidade e não na sua existência concreta.
Então, a palavra Lebenswelt ligava-se de alguma maneira com a questão da existência. Como a questão da existência, em Husserl, era menosprezada e como era necessário excluir a fé na existência ao praticar a redução fenomenológica, evidentemente (…) -
Richir (1992:103-109) – A ciência moderna procede da idealização
1º de junho de 2023, por Cardoso de CastroMarc Richir - « Science et phénoménologie », in Profils de Jan Patocka - Hommages et documents, H. Declève, Publications des Facultés Universitaires Saint-Louis, coll. Travaux et Recherches, Bruxelles, février 1992., pp. 103-109.
tradução parcial
A ciência moderna procede da idealização, quer dizer da determinação segundo a exatidão matemática, de tudo o que no mundo da vida, a Lebenswelt, permanece irredutivelmente imerso no flou eidético, na indeterminabilidade ao menos relativa mas (…) -
Husserl – Contingência da "tese" do mundo
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroToda a percepção imanente garante necessariamente a existência do seu objeto. Quando a reflexão se aplica ao meu vivido para o captar, captei um absoluto em si mesmo, cuja existência não pode por princípio ser negada; por outras palavras, a ideia de que a sua existência não seja é por princípio impossível; seria um absurdo julgar possível que um vivido dado desta maneira não exista verdadeiramente. O fluxo do vivido, que é o meu fluxo, o do sujeito pensante, pode ser, tanto quanto quisermos, (…)
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Greisch: « Savoir voir » : les «yeux de Husserl » ou l’entrée en phénoménologie
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExcertos das páginas 23-28, da edição PUF de 1994.
Deux auteurs dominent la nouvelle conception de la philosophie que Heidegger élabore pendant son temps de Privatdozent à Freiburg : Edmund Husserl et Wilhelm Dilthey. Nous examinerons ultérieurement de façon plus détaillée le rapport entre Heidegger et Husserl et les divergences croissantes entre ces deux génies antithétiques, précisément concernant leur conception différente de la phénoménologie. Cette divergence correspond au deuxième (…) -
Schérer (1971:12-16) – La solution psychologique du problème de la connaissance d’autrui et de la communication par l’Einfühlung
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroEn présence des phénomènes d’accès à une réalité psychique étrangère et dont le caractère descriptif était faussé par une reconstitution génétique, certains psychologues, à la fin du XIXe siècle, ont été amenés à franchir les limites imposées par l’analyse traditionnelle de la conscience individuelle. Quoiqu’il appartînt à la phénoménologie husserlienne de libérer la conscience psychologique de l’ « idole » de la conscience interne (Max Scheler), la notion d’Einfühlung avec ses (…)
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Marion (1989:12-14) – o ser fenomenalmente presente na categoria
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
[…] Num caso — Heidegger — Husserl alcança a intuição categorial do ser nas Investigações, especialmente na sexta, e rompe assim com a dissimulação neo-kantiana da metafísica finita para se abrir a uma dação do ser: "Para poder sequer desdobrar a questão do sentido do ser, o ser tinha de ser dado, para se poder questionar o seu sentido. O tour de force de Husserl consistiu precisamente em tornar o ser fenomenalmente presente na categoria. Através deste tour de force", acrescenta (…) -
Gaboriau (1962:298-299) – o verdadeiro cogito inicial
17 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroConcluamos com uma longa e luminosa citação, do que M. Merleau-Ponty considera “o verdadeiro Cogito inicial”, e também a “situação inicial, constante e final” da exploração filosófica:
O Cogito até agora desvalorizava a percepção dos outros, ensinava-me que o eu é acessível apenas a si mesmo, já que me definia pelo pensamento que tenho de mim mesmo e que sou obviamente o único a ter, pelo menos nesse sentido último. Para que o outro não seja uma palavra vazia, minha existência nunca deve (…) -
Jocelyn Benoist (2001:45-49) – dar-se (es gibt)
29 de março de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
O que considero interessante na noção de "dado", tal como é comumente utilizada pelas duas grandes tradições filosóficas do nosso século, é o fato de estar imediatamente aberta à crítica e ao criticismo. Atualmente, está sob ataques violentos, que não são, evidentemente, inteiramente novas. Este é, desde o início, um dos pontos, senão o ponto, criticado na fenomenologia, que, enquanto modo de pensar o "dado", é suspeita de uma certa forma de intuicionismo ingênuo, ou de (…) -
Husserl – A priori lógico e a priori do mundo da vida
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroSe o nosso interesse exclusivo se dirige para o “mundo da vida”, temos de perguntar: está, então, o mundo da vida, como tema científico universal, exposto já pela epoché relativa à ciência objetiva? Já temos, com isso, temas [112] para asserções científicas universalmente válidas, asserções sobre fatos passíveis de serem estabelecidos cientificamente? Temos o mundo da vida como um campo universal, a definir de antemão, de tais fatos estabelecíveis? Ele é o mundo espaço-tempor
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Ladrière (FPC) – A filosofia e o fundamento da ciência segundo Husserl
28 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLadrière, Jean. FILOSOFIA E PRÁXIS CIENTÍFICA. Org. Olinto Pegoraro. Tr. Maria José J. G. de Almeida. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978 O presente estudo sobre filosofia e ciência é o texto de uma conferência pronunciada diante do Philosophy Club da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, a 19 de abril de 1958. O texto foi originalmente escrito em francês e depois traduzido para o inglês. Foi o texto inglês que serviu de base à tradução em português que aqui se publica.
Mais (…) -
Richir (1994) – morte em Husserl
14 de março, por Cardoso de Castro(Richir1994)
Husserl commence par dire qu’en régime de réduction transcendantale, « la mort est l’élimination de l’ego transcendantal hors de l’auto-objectivation comme homme » (p. 390). Ce pourquoi personne ne peut l’éprouver en soi. Est-ce à dire que le lieu du transcendantal en soi, s’il a consistance, est « lieu de la mort » ? Efforçons-nous de reprendre les linéaments du texte dans leur tissu, qui va en se densifiant.
Le premier mouvement de Husserl est, tout compte fait, assez (…) -
Don Ihde (1991) – Qualidades, matematização e mundo da vida
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroDe acordo com Husserl, o que era “óbvio” para Galileu era uma longa tradição de relação e aplicação da geometria antiga em uma aparência platônica, de modo que o mundo empírico pudesse ser matematizado com certa intuitividade — mas apenas até certo ponto. As medidas e correspondências parciais eram conhecidas desde a antiguidade (e revividas no Renascimento [20]). Assim, sem especificar mais as origens, as proporções entre comprimentos de cordas e sons (harmônicos) e entre formas (…)
Notas
- Beaufret (1998:24-25) – Husserl e Heidegger
- Carman (2003:121-123) – O que é um mundo?
- Carman (2003:129-130) – regiões ontológicas
- Carman (2003:130n) – objetos matemáticos
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:190) – Crítica heideggeriana da estrutura do ego transcendental
- Caron (2005:190-191 nota) – fenomenologia inacabada
- Caron (2005:712-713) – constituição do si mesmo
- Drummond (Husserl) – fundador da fenomenologia moderna
- Edith Stein (1987:Nota) – sur les Méditations cartésiennes
- Ernildo Stein (2012:33-35) – Lebenswelt enquanto antepredicativo
- Ernildo Stein (2012:35) – Lebenswelt e Urverdrängung (recalque)
- Ernildo Stein (2012:35-38) – Lebenswelt e significância (Bedeutsamkeit)
- Ernildo Stein (2015:86) – absoluto
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- GA14: questionar a "coisa ela mesma"
- GA17:200 – intencionalidade (Intentionalität)
- GA27:13-15 – filosofia é uma ciência absoluta?
- Hebeche (2005:317) – solipsismo metodológico
- Henry (2002b) – Direto às coisas elas mesmas
- Henry (2002b) – Tanto aparência, tanto ser
- Husserl (1954:369-370) – horizonte e linguagem
- Husserl (Crise) – a racionalidade das ciências exactas
- Husserl (Ideias:§24) – princípio de todos os princípios
- Husserl – A constituição operada pela consciência
- Husserl – A filosofia, ciência rigorosa
- Husserl – A história como gênese do sentido
- Husserl – A intencionalidade da consciência
- Husserl – A redução e o resíduo fenomenológico
- Husserl – Evidência e verdade
- Husserl – existência intencional de um objeto
- Husserl – fenomenologia é idealismo transcendental
- Husserl – Irredutibilidade das leis lógicas
- Husserl – O empirismo assenta num preconceito
- Husserl – O ideal do radicalismo
- Husserl – O problema do mundo da vida e as ciências objetivas
- Husserl – O sentido da história e a filosofia moderna
- Husserl – Objeto intencional e conteúdo imanente
- Husserl – Objeto intencional e objeto real
- Husserl – Os limites da redução cartesiana
- Husserl – Reflexão natural e reflexão transcendental
- Husserl – Relatividade das verdades
- Krell (1982) – síntese de "Consciência íntima do Tempo"
- LDMH: Sorge - Cura - Souci
- Marion (1998:§1) – intuição dadora originária
- Marion (1998:§1) – Tão aparecer, quão ser/estar
- Marion (1998:§1nota) – privilégio da dação
- Monticelli (1997:167) – Binswanger, recorre a Husserl e Heidegger
- Monticelli (1997:170-172) – “Da” de “Dasein”
- Sallis (1993:xi-xii) – Terra em Husserl
- Schürmann (1982:78) – Husserl privilegia a visão
- Schürmann (1982:78-79) – conceito husserliano de consciência aponta para a Vorhandenheit
- Schürmann (1982:79-80) – subjetividade = substrato e mônada
- Schürmann (1982:80-81) – status intuitivo do ser em Husserl
- SZ:47-48 – atos são executados, pessoa é executor-de-atos