Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva.
[b]Prefácio à edição portuguesa (1)b]
Haverá um conhecimento objectivo de uma obra literária, conhecimento certo, a distinguir de opiniões subjectivas e erradas? Roman Ingarden faz a pergunta no § 61 deste livro. Alargando o problema, interrogamos: poder-se-á falar de obras objectivamente difíceis, isto é, de difícil acesso a todo e qualquer (…)
João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
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§ 8. Para uma estética de intuição
Escrevemos no início deste Prefácio que o presente livro de Ingarden nos dá, ao mesmo tempo, menos e mais do que o seu título promete. A obra literária é o objeto principal deste estudo. Mas, sem deixar de o ser, torna-se o fio condutor que o filósofo de Cracóvia manobra com (…) -
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§ 7. Estratos e funções da linguagem
Reúnam-se alguns fios que ficaram soltos nas páginas anteriores deste Prefácio.
Ingarden usa com frequência a palavra função no sentido de função da linguagem e relaciona, de modo pouco claro, estratos e (…) -
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§ 6. Percepção e significação
A.-J. Greimas escreve na Sémantique structurale que a percepção é «o lugar não linguístico onde se situa a apreensão da significação» [(Paris, Larousse, 1966), 8], que o significante designa «os elementos ou grupos de elementos que tornam possível a aparição da significação. ao nível da (…) -
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§ 5. A teoria husserliana do signo linguístico
Na última nota citada no parágrafo anterior Ingarden mistura dois problemas: o da função expressiva e o da expressão verbal. Vamos separá-los, deixando para o § 7 decidir se encontramos ou não (…) -
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§ 4. A teoria dos estratos
Impossível passar em silêncio, neste Prefácio, a famosa teoria dos estratos, que constitui o travejamento fundamental de A Obra de Arte Literária. Ainda aqui encontramos a influência de Husserl. Aliás, Pfänder, Ingarden, Hartmann, (…) -
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§ 3. Psicologismo, antipsicologismo, fenomenologia
A crise das ciências é um fenômeno bem conhecido que domina as últimas décadas do século passado e entra pelo século XX. Husserl é um dos que, ao lado de tantos outros, enfrentam esta (…) -
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[b]§ 2. O debate entre Realismo e Idealismob]
O contributo mais original de Ingarden em fenomenologia é talvez constituído pelas suas análises da obra de arte: literatura, para começar, mas também música, pintura, arquitectura. A sua obra fundamental, porém, diz respeito ao debate (…) -
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3. — OS GRAUS DE INTUIÇÃO E A EVIDÊNCIA APODÍCTICA
A intuição, como acabamos de considerar, é especificada pela diversidade do objeto; o seu grau de perfeição determina-se pela posse mais ou menos plena do mesmo. Após as considerações já desenvolvidas no decurso deste capítulo, facilmente podemos entender este problema de importância fundamental para a (…) -
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2.— ESPÉCIES DE INTUIÇÃO
A intuição adquire para Husserl diferentes modalidades a partir da diversidade dos objetos a que se refere, em relação aos quais se pode dizer fundamentalmente especificada: «A cada espécie fundamental de objetividades …. corresponde uma espécie fundamental de ’experiência’, de evidência». Temos, em primeiro lugar, duas grandes (…)