Página inicial > Palavras-chave > Temas > lieb / Liebe / lieben / lieblich / Belieben
lieb / Liebe / lieben / lieblich / Belieben
Liebe / amour / amor / love / lieb / nice / Belieben / bon-plaisir / arbítrio / discretion
Toute la pensée de Heidegger, toute sa vie peut-être, est habitée par l’amour, en un sens qui n’est ni platement sentimental ni métaphysique, et dont il reste peut-être entièrement à prendre la mesure comme pouvoir de transfiguration de la vie humaine. Dans une lettre du 21 février 1925, Heidegger a pu écrire à Hannah Arendt
Arendt
Hannah Arendt
Johanna "Hannah" Cohn Arendt (1906-1975)
Condição Humana e Vida do Espírito, índice de excertos
que l’amour est « d’une richesse sans commune mesure avec d’autres possibilités accordées à l’être humain ». Ultérieurement, Hannah Arendt
Arendt
Hannah Arendt
Johanna "Hannah" Cohn Arendt (1906-1975)
Condição Humana e Vida do Espírito, índice de excertos
rédigera, sous la direction de Karl Jaspers
Jaspers
Karl Jaspers
KARL JASPERS (1883-1969)
, une thèse sur le concept d’amour chez saint Augustin
Augustin
Agostinho
Augustine
AURÉLIO AGOSTINHO DE HIPONA (354-430). Em Agostinho, H. encontra um respondente a suas preocupações relativas à existência, ou melhor, à ancoragem da reflexão filosófica na dimensão da existência como do mundo concreto no seio do qual o ser humano é levado a desdobrar seu ser, a viver. (LDMH)
. Le terme « amour » est certes ambigu, vu qu’en allemand (Liebe) comme en français il peut traduire deux mots grecs bien différents : erôs et agapè, à savoir l’« amour » dont il est question dans le Banquet de Platon
Platon
Plato
Platão
Platón
O pensamento de Heidegger é um diálogo a todo instante com aquele de Platão. Presente em todos os escritos de Heidegger desde Ser e Tempo, Platão é o pivô a partir do qual o pensamento de Heidegger se engaja prospectivamente a entrar em correspondência com outros Matinais. (LDMH)
, que les Grecs rattachaient à Aphrodite, et l’amour du prochain ou charité dont parle le Nouveau Testament, que le latin appelle dilectio, amor, ou encore caritas. Ce problème n’avait évidemment pas échappé à Heidegger, auquel il arrive de le souligner avec une citation d’Erwin Rohde (le philologue et ami de Nietzsche
Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
) à l’appui (De l’essence de la vérité, GA34
GA34
GA XXXIV
GA34TS
GA34AB
GA34AC
Vom Wesen der Wahrheit. Zu Platons Höhlengleichnis und Theätet (WS 1931-1932) [1988] — Da Essência da Verdade.
, 216). Dans une note du § 29 d’Être et temps, deux citations assez voisines d’esprit, de Pascal
Pascal
Blaise Pascal (1623-1662)
et de saint Augustin
Augustin
Agostinho
Augustine
AURÉLIO AGOSTINHO DE HIPONA (354-430). Em Agostinho, H. encontra um respondente a suas preocupações relativas à existência, ou melhor, à ancoragem da reflexão filosófica na dimensão da existência como do mundo concreto no seio do qual o ser humano é levado a desdobrar seu ser, a viver. (LDMH)
, font de l’amour, au second sens du terme, le porche de la vérité. Comme Max Scheler
Scheler
Max Scheler
MAX SCHELER (1874-1928)
, très présent dans ces parages et auquel Heidegger n’a pas marchandé son admiration pour sa phénoménologie de la « vie affective » et de la « sympathie », notre auteur nous dit en quelque sorte que, loin de « rendre aveugle » comme on le dit proverbialement, l’amour ouvre les yeux. [LDMH
LDMH
ARJAKOVSKY, P., FÉDIER F. et FRANCE-LANORD, H., Le Dictionnaire Martin Heidegger. Paris: CERF, 2013.
]
Matérias
-
Être et temps : § 44. Dasein, ouverture et vérité
5 de setembro de 2011, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
De tous temps, la philosophie a rapproché vérité et être. La première découverte de l’être de l’étant chez Parménide « identifie » l’être avec la compréhension ac-cueillante de l’être : to gar auto noein estin te kai einai. Dans son esquisse de l’histoire de la découverte des archai, (…)
-
Caron (2005:1725-1727) – si mesmo, Ereignis, Amor
1º de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
O si mesmo é, de fato, o local de uma luta, o distrito da manifestação de uma vacuidade; mas essa vacuidade, ele o é, e sua própria viabilidade nos descobre sua vocação. Para o pensamento, a luta se torna o próprio ser-aí da paz. Seu ser é guardar o mistério da dádiva. Por meio do surgimento dessa lacuna, o ser se manifesta como ser e se entrega ao pensamento. Dessa forma, o abismo é a manifestação do ser, e o si é um elemento necessário em qualquer aparição como tal. O que o si experimenta (…)
-
Ortega Amor
12 de dezembro de 2024, por Cardoso de Castro
Pero esta es una de las distinciones más importantes que necesitamos hacer para evitar que se nos escape entre los dedos lo específico, lo esencial del amor. Nada hay tan fecundo en nuestra vida íntima como el sentimiento amoroso; tanto, que viene a ser el símbolo de toda fertilidade - fecundidad. Del amor nacen, pues, en el sujeto muchas cosas: desejos - deseos, logismos - pensamientos, querença - voliciones, atos - actos; pero todo esto que del amor nace como la semente - cosecha de una (…)
-
Agamben (2015:275-277) – paixão, como potência passiva e mögen
12 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Para compreender o problema que é aqui evocado, é necessário aproximá-lo do tema da liberdade tal como é exposto nas últimas páginas de Vom Wesen des Grundes [GA9]. Mais uma vez, a dimensão da facticidade (isto é, da facticidade original ou transcendental) é aqui essencial:
Existir significa sempre: no meio do ente, ser em relação com o ente — com aquele que não é no modo do Dasein, consigo mesmo e com seu semelhante — e isso de tal modo que na própria relação emotivamente situada, aquilo (…)
-
Descombes (2014:Apêndices) – O que é o eu?
11 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
O que é o eu?
Se um homem fica em uma janela para olhar os transeuntes, posso dizer que ele ficou ali para olhar para mim? Não, porque ele não está pensando em mim em particular. Mas se você ama alguém por causa de sua beleza, você o ama? Não, porque a varíola, que mata a beleza sem matar a pessoa, significa que ele não a amará mais.
E se me amam por meu discernimento, por minha memória, será que me amam? Não, pois posso perder essas qualidades sem perder a mim mesmo. Onde está esse eu, (…)
-
Scheler (1923) – A relação de amor e companheirismo
25 de outubro, por Cardoso de Castro
* O Erro Central da Escola Britânica de Moralistas ao Derivar o Amor e o Ódio do Sentimento de Companhia e o Posicionamento Equivocado da Benevolência: Um dos erros mais graves de quase toda a escola de moralistas britânicos reside no afastamento da ética grega e cristã ao buscar derivar os fatos do amor e do ódio do sentimento de companhia, colocando a simpatia em primeiro plano e substituindo o amor pela benevolência (frequentemente denominada «benevolência desinteressada»), um conceito (…)
-
Fink (1994:129-145) – mundo e história
27 de outubro, por Cardoso de Castro
I. A problematização da relação entre os termos "mundo" e "história" e a necessidade de superar as discussões metodológicas tradicionais para formular a questão simples, porém não ingênua, sobre a essência do histórico. - A indeterminação conceitual do termo "o histórico" e a recusa de uma definição precipitada, abrindo espaço para uma investigação fenomenológica. - O questionamento sobre o que constitui o modelo para a pergunta pelo "histórico", interrogando se se trata de uma (…)
-
Monticelli (1997:150-152) – a desordem do amor
20 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Por trás dessa fenomenologia, talvez já possamos ver o novo ganho filosófico — em relação ao mundo clássico — que a sustenta. Qualquer desordem do espírito, seja no registro do peso ou no da leveza, é, antes de tudo, uma desordem do amor — da atitude afetiva fundamental em relação à vida, que não pode ser dissociada da tendência inerradicável de toda criatura de se preservar, de continuar vivendo.
Também encontramos a fórmula adotada por Scheler no contexto de sua ética das vocações, que (…)
-
Krell (1991:174-176) – amor e morte
13 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castro
destaque
Segundo Aristóteles, homens e mulheres partilham o destino de habitar no cosmos inferior, abaixo do círculo da lua, sob a eclítica do sol. Por isso estão sujeitos a períodos de fertilidade e de frigidez, de genesis e de phthora, os arrebatamentos do tempo finito. Considerados como indivíduos, homens e mulheres não duram para sempre. Só quando são vistos como um "genus" que "gera" uma semelhança de si próprio é que o homem e a mulher participam na perenidade. O fato de serem (…)
-
Monticelli (1997:152-154) – a perversão do amor
20 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro
Ao contrário dos animais, que não podem enlouquecer — pelo menos não no sentido em que usamos o termo até agora, o que implica a presença de uma vida espiritual, embora anormal —, o homem não pode viver a qualquer preço.
Diz-se que o homem quer ser “bom”. Concordo: mas, no fim das contas, não é a satisfação do desejo de bem-estar, ou felicidade, que é a condição para aceitar a vida: caso contrário, quase ninguém a aceitaria. Ao invés, é a interpretação desse desejo. Em que consiste estar (…)
-
Scheler (2012:3-6) – Ordo amoris (II)
17 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castro
“Quem possui o ordo amoris de um homem possui o homem“. Possui, relativamente a ele enquanto sujeito moral, o que a fórmula cristalina é para o cristal. Perscruta o homem até onde é possível indagar um homem. Diante de si, por trás de toda a diversidade e complicação empíricas, sempre as simples linhas fundamentais do seu ânimo que, mais do que o conhecimento e a vontade, merece chamar-se o cerne do homem enquanto ser espiritual. Possui num esquema espiritual a fonte originária que alimenta (…)
-
Marion (2004:§4) – o mundo segundo a vaidade
22 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castro
destaque
O mundo só pode ser fenomenalizado entregando-se a mim e fazendo-me seu doado. Não há nada de injusto, tirânico ou odioso no meu lugar ao sol — no sol erótico que me garante ser amado ou odiado: reivindicá-lo é o meu primeiro dever.
Por outro lado, há outra objeção que me pode impedir. Substituir o ego como pensador pelo ego como amado ou odiado poderia de fato enfraquecê-lo, e por duas razões. Em primeiro lugar, porque depende do ego cogitans para se pensar sozinho e, portanto, (…)
-
Dastur (2015:81-86) – Binswanger e Heidegger
7 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castro
Binswanger, a despeito de algumas afirmações imprudentes, não desconhece a diferença entre o nível ontológico das análises heideggerianas e o nível propriamente antropológico onde ele situa as suas. Sua oposição fundamental a Heidegger advém, como ele mesmo explica, do fato de que ele fala “não do Dasein enquanto a cada vez meu, teu ou seu, mas do Dasein humano em geral, ou do Dasein como “humanidade”. Eis aí o núcleo da questão. É exatamente isso que Binswanger considera como o ponto de (…)